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Trauma de Le Fort

Artigo: Trauma de Le Fort. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/12/2014  •  Artigo  •  1.213 Palavras (5 Páginas)  •  355 Visualizações

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RESUMO: O trauma é uma importante causa de morbimortalidade em todo o mundo e, nesse contexto, o trauma de face é considerado uma das lesões mais devastadoras, devido às possíveis lesões encefálicas e às consequências emocionais relacionadas a deformidades estéticas. Os principais mecanismos de trauma envolvidos nessas lesões são acidentes automobilístico, seguido de agressões, queda de altura e acidentes esportivos. A tomografia computadorizada, amplamente utilizada no trauma, tornou-se o método de imagem de escolha na avaliação desses pacientes, sendo importante na identificação precisa das estruturas comprometidas, orientando a melhor abordagem terapêutica. As diversas formas de apresentação do trauma de face vêm se mostrando verdadeiros desafios na reconstrução funcional e estética desses pacientes, logo, a boa comunicação entre os diversos profissionais envolvidos no tratamento desses pacientes é essencial, especialmente entre radiologistas e cirurgiões. O objetivo deste trabalho é descrever os principais tipos de fraturas de face e dando mais ênfase as Fraturas de Le Fort III, e discorrer sobre os achados de imagem mais relevantes no seu tratamento.

INTRODUÇÃO

O trauma é uma importante causa de mor¬bimortalidade em todo o mundo e nesse contexto, o trauma de face é considerado uma das lesões mais devastadoras, devido às possíveis lesões encefáli¬cas e às consequências emocionais relacionadas a deformidade estética. Os principais mecanismos de trauma envolvidos são acidentes automobilístico, seguido de agressões, queda de altura e acidentes esportivos. Sendo assim, o grupo de risco é com¬posto principalmente por homens na faixa etária laborativa, repercutindo tanto no sistema trabalhista nacional quanto no sistema de saúde, uma vez que parte desses pacientes necessita de intervenções multidisciplinares.

O traumatismo na região da face pode afetar desde a pele, planos gordurosos, musculares, neu¬rovasculares, ósseos e até estruturas encefálicas, dependendo da energia cinética envolvida no trauma. O exame clínico associado a estudos radiológicos possuem importância ímpar no manejo desses pa¬cientes. A avaliação por radiografia simples é feita essencialmente pelas incidências mento-naso (Wa¬ters) e fronto-naso (Caldwell), que muitas vezes já identificam traços de fratura e desalinhamentos. No entanto, a radiografia simples é limitada devido a in¬tensa interposição óssea e de partes moles, causada pelo edema e hemorragia secundários ao trauma. Neste contexto, a tomografia computadorizada (TC) vem se tornando o método de imagem preconizado na avaliação do paciente com fratura de face, sen¬do importante não apenas no diagnóstico, mas na avaliação da sua extensão tridimensional da fratura, otimizando a terapêutica.

Os estudos radiológicos devem responder as duas principais questões:

a) se as fraturas envolvem estruturas que afetam o funcionamento fisiológico dos seios paranasais, boca, órbita e nariz e;

b) se as fra¬turas resultam em deformidades visíveis. E para que essas perguntas sejam adequadamente respondidas é preciso avaliar: os ossos envolvidos, número de fragmentos, se há afundamento ou desalinhamento dos fragmentos ósseos, o grau de envolvimento de partes moles adjacentes, se há corpos estranhos e avaliar se há lesões encefálicas associadas.

Bom! O real objetivo deste trabalho é descrever os principais tipos de fraturas de face, incluindo, fraturas nasais, mandibulares, transfaciais (Le Fort), do complexo zigomaticomaxilar e orbitárias, bem como discorrer sobre os achados de imagem mais relevantes na terapêutica dessas fraturas.

Que o osso nasal requer menor energia cinética para ser fraturado. O exame clínico é o padrão-ouro para seu diagnóstico, onde se observa crepitação e dor à palpação, no entanto, a avaliação por imagem é im¬portante para determinar a complexidade da fratura e sua extensão, bem como o grau de comprometimento de partes moles adjacentes. Os principais achados que devem ser descritos no relatório são: a presença de fratura dos ossos nasais, do processo frontal da maxila e do septo nasal, bem como se as fraturas são simples ou cominutivas e se há desalinhamentos e suas direções. Fig-

FRATURA TRANSFACIAL (LE FORT)

René Le Fort descreveu os padrões clássicos de fraturas de acordo com seus experimentos realiza¬dos com os crânios de cadáveres submetidos a forças de diferentes amplitudes e direções. Estas fraturas envolvem a separação da maxila e da base do crânio, invariavelmente envolvendo as placas pterigóides. Existem três tipos predominantes.

 Le Fort I (fratura maxilar transversa ou horizontal): linha de fratura no plano transmaxilar, acima dos ápices dos dentes e abaixo da junção zigomaticomaxilar. Resulta num aspecto de “palato flutuante”

 Le Fort II (fratura piramidal): linha de fratu¬ra no plano subzigomático, a partir da ponte nasal, através do processo frontal da maxila, osso lacrimal e assoalho da órbita, estendendo-se inferiormente através da parede anterior do seio maxilar sob o zigoma. Resulta num aspecto de “maxila flutuante”

 Le Fort III (fratura transversal ou disjunção craniofacial): a linha de fratura percorre o processo nasofrontal,

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