Tumores Mamarios Em Canideos
Ensaios: Tumores Mamarios Em Canideos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rafaelmoreiraaa • 2/10/2013 • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 672 Visualizações
Tumores mamários em canídeos
Os tumores mamários são as neoplasias mais comuns das cadelas, constituindo cerca de
50% do total de neoplasias desta espécie e afetando apenas um macho por cada noventa e nove fêmeas.
Um estudo levado a cabo no Reino Unido, sob uma amostra de 130.684 canídeos, reportou uma incidência anual de 205 casos por cada 100.000 animais. Mais recentemente, na Suécia, foi estudada uma amostra de 80.000 cadelas, tendo-se calculado uma incidência anual de 111 casos de tumores mamários por cada 10.000 animais. Estas variações na incidência de neoplasias mamárias parecem resultar, não só da esperança média de vida da população canina na região estudada, mas também, e principalmente, da prática da ovariohisterectomia (OVH) nas cadelas jovens e da frequência de utilização de contraceptivos para controlar o ciclo éstrico.
Salvaguardando a grande diversidade de estudos existentes, calcula-se que a percentagem
de neoplasias mamárias malignas represente 30% a 60% de todos os tumores deste tipo. A quantificação da incidência de tumores malignos é condicionada pelo facto de os animais com nódulos mamários indolentes e de pequenas dimensões tipicamente benignos serem poucas vezes levados à consulta por essa razão e raramente sujeitos a extirpação cirúrgica, aumentando, desse modo, a proporção de neoplasias malignas que chegam aos laboratórios histopatológicos.
Tal como na generalidade das neoplasias, a probabilidade de desenvolvimento de tumores
mamários aumenta com a idade do animal, situando-se a idade média de manifestação tumoral, nas cadelas, entre os 10 e os 11 anos.
A metastização neoplásica classifica-se como: 1 regional nos linfonodos regionais ou 2 à distância ocorrendo por via linfática ou sanguínea. A metastização à distância tem tendência a ocorrer primeiramente a nível pulmonar principalmente nos tumores nas 2 glândulas mamárias mais caudais, podendo depois surgir ao nível dos linfonodos pré-escapulares esternais ou inguinais profundos e a nível hepático, renal e, menos frequentemente, ósseo, cardíaco ou na pele.
Tumores mamários em felídeos
Os tumores mamários são a terceira neoplasia mais comum nos felídeos (10% a 12%), logo a seguir aos tumores hematopoiéticos e da pele, constituindo cerca de 17% das neoplasias das gatas. Os machos também são afetados mas em menor escala, compreendendo 1% a 5% do total dos tumores. A incidência desta patologia nas gatas, tal como referido já para as cadelas, é difícil de determinar.
Apesar da incidência desse tipo de tumor na espécie felina ser inferior a metade da incidência na espécie canina, a percentagem de neoplasias malignas é muito superior, estimando-se que cerca de 85% a 93% dos tumores mamários das gatas apresentem comportamento maligno. Por esta razão a metastização linfática é comum, tendo-se observado que mais de 80% das gatas com neoplasias mamárias malignas apresentam metástases em um ou mais dos seguintes órgãos: linfonodos, pulmões, pleura, fígado, diafragma, glândulas adrenais, rins e osso.
As neoplasias mamárias estão reportadas em felinos desde os 9 meses até aos 23 anos de
idade, sendo a idade média de primeira apresentação os 10-12 anos. No entanto, nos siameses, esta patologia parece ocorrer mais precocemente, verificando-se como idade média de aparecimento os 9 anos de vida.
Fatores
O tecido mamário normal contém receptores para estrogênio e receptores para progesterona, em concentrações relativamente altas, refletindo, deste modo, a sua dependência hormonal. Ao avaliar-se a presença destes receptores nos tecidos mamários tumorais verificou-se que as neoplasias benignas mantêm elevados níveis de receptores para estrogênios, enquanto nos tumores malignos existe uma diminuição considerável dos estrogênios, apresentando-se cerca de metade dos canídeos e mais de metade dos felídeos sem qualquer tipo de receptor. Os receptores para progesterona parecem estar diminuídos nas neoplasias malignas em ambas as espécies, mantendo os felídeos alguns destes
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