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A PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG

Por:   •  27/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.568 Palavras (11 Páginas)  •  433 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ – UNOPAR

POLO: IJUÍ/RS

Curso de Nutrição – 3º Semestre

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG

Ângelo Fernandes Zanini

Gisnei Santos Paz

1º Semestre / 2020.


1 INTRODUÇÃO        3

2 DESENVOLVIMENTO        4

3 CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS        10

APENDICE:        11


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1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento da tecnologia transgênica e acesso dos meios produtivos e, por conseguinte da população a essas, houve uma apresentação de contaminações de produtos agrícolas e pecuários em uma escala nunca vista, fato que motivou a busca por produtos naturais que auxiliem a produção de imunidade nata.  

Dessa forma, vive-se uma época na qual essa procura por alimentos mais saudáveis, e, que conforme sua origem são chamados de orgânicos, tornou-se prioridade de muitas pessoas, embora seu custo seja maior. Tal questão relaciona-se com o uso dos defensivos agrícolas como forma de ampliação da rentabilidade e produtividade nas produções oriundas do campo e que, culminou em prejuízos para diversas espécies, em específico a humana. Nesse sentido, fortes indícios documentados através da literatura cientifica mundial, estabelecem os diversos transtornos causados por esses agentes químicos na capacidade imunitária, reprodutiva, neurológica, digestórias, entre outras dos seres humanos.

No intuito de evitar ou minimizar as referidas disfunções orgânicas em nossa formação como profissionais nutricionistas, torna-se indispensável lançar mão dos conhecimentos adquiridos no meio acadêmico, objetivando orientar, proteger e promover a disseminação de formas parasitas e nocivas que venham a causar patologias na população. Dentro dessas concepções, conforme dados disponibilizados na revista de neurociência, a cisticercose, por exemplo é a segunda causa de patologias neurológicas nos países da América Latina e África. No Brasil, para controle dessas situações, o Ministério da Saúde coloca a importância da conscientização das populações de zonas endêmicas para redução de casos parasitários, trazendo como alternativas e de obrigatoriedade as questões regulatórias, como as práticas da inspeção sanitária dos rebanhos, controle do abate, conservação, distribuição e transporte das carnes para o consumo da população.

Em complemento a situação exposta acima, outros dados do Ministério da Saúde divulgados em 2011, demonstram que houveram amostras em torno de 3% nas quais evidências de contaminação no rebanho bovino de tênia saginata foram localizadas, sendo essas na Região Sul e Sudeste. Já no rebanho suíno, nas mesmas regiões, as amostras apresentaram apenas 1% de contaminação, porém pela tênia solium. Na Região Norte e Nordeste os resultados apresentaram resultados de contaminação muito inferiores aos estabelecidos nas maiores regiões do país, acredita-se que pela não obrigatoriedade de notificação de casos e a fiscalização deficitária nos rebanhos, bem como na falta de recursos para a Rede Pública de Saúde.  

Neste trabalho buscou-se a utilização dos conhecimentos adquiridos ao longo deste semestre, visando a resolução de problema relacionado a temática introduzida acima, neste caso, a teníase/cisticercose.    

2 DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento deste estudo, realizou-se o acompanhamento da Senhora Vera, funcionária de uma cooperativa rural da região destes acadêmicos, que produz: verduras, hortaliças e carnes de animais como ovelhas, suínas e aves.      

Vera levou suas filhas, Ana de 9 anos e Mariana de 13 anos, para consulta com médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), motivada pelo fato de que as mesmas apresentaram sintomas como: a perda de peso; irritação; cansaço; enjoo; diarreia e dor abdominal, situação que culminou na preocupação da responsável.

Para a confirmação dos diagnósticos, o médico assistente que realizou o atendimento das meninas, após avaliação inicial, solicitou exames parasitológicos para as duas meninas. Enquanto aguardavam os resultados dos exames realizados, Mariana acabou sentido novos sintomas, quais sejam: dor de cabeça; confusão mental e convulsões, situação que incidiu mais suspeitas sobre o quadro motivador destes sintomas. Ao revelarem-se os resultados dos exames solicitados, confirmou-se pelo médico responsável o diagnóstico positivo para teníase/cisticercose.

Determinada a patologia que acometia as duas meninas, o médico prescreveu condutas diferentes para cada uma, sendo para Ana somente um vermífugo e para Mariana vermífugo e mais o uso de corticoides, com tratamento realizado em casa por 30 dias para posteriormente retornar para nova avaliação da evolução do quadro clínico. O médico também encaminhou as meninas para o Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), para uma avaliação nutricional e acompanhamento dietético por um nutricionista.

Com base no encaminhamento do médico e de suas considerações, bem como os apontamentos realizados pela mãe das meninas, o Nutricionista munido destas informações, realizou as seguintes análises: pesagem; índice de massa corporal; perímetro abdominal, analise dos resultados dos exames laboratoriais e, por fim, análise de imagem tomográfica cerebral de Mariana. Para realizar as orientações, profissional de nutrição orientou a mãe através da cartilha do Ministério da Saúde com relação a parasitoses, baseando-se que a causa etiológica das enfermidades pelas quais as meninas foram acometidas, apresenta 3 formas variantes de parasitas, que são: a tênia saginata presentes nas carnes bovinas; tênia solium; e asiática, presentes nas carnes suínas.

Sendo o ser humano o hospedeiro deste parasita, o mesmo se instala no intestino delgado na sua porção jejuno. Em sua forma benigna, o verme permanece na luz intestinal, requerendo cirurgia somente na incidência da apendicite, coledocistite ou infecção do ducto pancreático em razão do crescimento anormal do parasita nestas localizações.

As formas patológicas de teníase e cisticercose são formas distintas mórbidas causadas pela mesma espécie de cistódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A cisticercose é causada pela larva da tênia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática. Já a teníase é uma parasitose intestinal que pode causar: dores abdominais; náuseas; debilidade; perda de peso; flatulência; diarreia ou constipação e; ou pode ser um quadro assintomático.

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