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ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Por:   •  13/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.919 Palavras (16 Páginas)  •  387 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE[pic 1]

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 

ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Discente: LUIS HENRIQUE DANTAS MENDES                Nº matrícula: 2013027480

ANTROPOMETRIA – CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO NUTRICIONAL

ESCOLA ESTADUAL PEDRO SEVERIANO BEZERRA – CAIC

Santa Cruz – RN

Agosto/Setembro – 2017

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        MÉTODOS        4

3.        RESULTADOS        6

4.        DISCUSSÃO        11

REFERÊNCIAS        13

SINTESE DOS DADOS COLETADOS        15


  1. INTRODUÇÃO

O Brasil nos últimos anos passa um evidente processo de transição nutricional, marcado por características e estágios bastante distintos, em que se observa um significativo aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade nas diferentes fases do ciclo da vida, sem que a desnutrição, entre outras deficiências nutricionais, tenha sido superada.1 

De acordo com dados divulgados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada em 2008-2009, o percentual de crianças com retardo de crescimento no Brasil é de 6,8%.2 O índice altura/idade é um dos indicadores que ajudam a detectar a desnutrição infantil por revelar atraso no crescimento linear da criança, fato que continua despertando a preocupação de autoridades sanitárias e pesquisadores da área da saúde infantil. De forma paradoxal, dados dessa mesma pesquisa revelaram que a prevalência de excesso de peso atinge 33,5% das crianças de cinco a nove anos e 21,7% e 19% dos adolescentes do sexo masculino e feminino, respectivamente.

Estudos epidemiológicos revelam que a prevalência de excesso de peso supera, em todas as faixas etárias, estratos demográficos e sociais, a de desnutrição. E isto representa um fator de risco a curto e longo prazo para o incremento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), cada vez mais frequentes e precoces na sociedade moderna.3,4 

Crianças e adolescentes são biologicamente mais vulneráveis a esses agravos, e, dessa forma, como grupo, são um bom indicador da presença de distúrbios nutricionais na população.5 Nesse contexto, entre as políticas públicas de prevenção e controles dos agravos nutricionais e de promoção da saúde de crianças e adolescentes, foi implantado o Programa Saúde na Escola (PSE), instituído por decreto presidencial e resultante de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Essa política visa à ampliação de ações em saúde aos estudantes da rede pública de ensino, bem como a avaliação das condições de saúde, promoção da saúde e prevenção de doenças.6

Para tal, a antropometria é largamente utilizada para avaliação do estado nutricional de crianças por se tratar de um método pouco invasivo, com procedimentos de fácil entendimento e baixo custo, sendo as medidas mais utilizadas peso e estatura, e as suas associações constituírem os índices antropométricos. Os índices utilizados para avaliação do estado nutricional infantil são: peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E), estatura/idade (E/I) e Índice de Massa Corporal (IMC)/idade.7

Sendo assim, a identificação do perfil antropométrico de alunos assistidos nas escolas constitui um importante fator para o desenvolvimento e reformulação de ações que objetivam a promoção do estado nutricional adequado e a saúde integral dos beneficiados pelas instituições de ensino.


  1. MÉTODOS

A avaliação antropométrica foi realizada na Escola Estadual Pedro Severiano Bezerra – CAIC, nos dias 31 de agosto e 05 de setembro de 2017. Os dias de coleta não foram em sequência, pois, houve parada na escola devido a comemorações para o “dia do folclore”.

A análise foi realizada com estudantes matriculados no turno matutino e vespertino, do sexo masculino e feminino, do ensino fundamental (1º ao 9º ano) e médio. A escola possui 250 alunos matriculados (de acordo com os registros acessados nos arquivos do local), porém, foram coletados dados de 117 alunos (46,8% dos alunos matriculados). De acordo com o diretor, o número de faltosos costuma ser considerável, e nos dias de coleta além da realização de pausas letivas ocorreram faltas não previstas por parte dos professores, o que ocasionou ausência dos alunos nas duas ocasiões.

Antes de iniciar a avaliação, a escola disponibilizou a lista de matrícula de cada turma e, assim, conseguiu-se os nomes e datas de nascimento de cada aluno matriculado, auxiliando também no recrutamento para a coleta.

A coleta foi realizada no refeitório da escola, antes dos alunos serem liberados para comer a merenda escolar. Os alunos foram recrutados com auxílio dos professores, onde eram chamadas duas turmas por vez.

Foram coletados o peso e a altura dos alunos. Portanto, foram utilizados apenas dois instrumentos.

 Para aferir o peso, foi utilizado uma balança portátil de piso, marca Líder Balanças (modelo P-200 M), possuindo capacidade máxima de 200 kg. Para mensuração do peso, foi orientado e conduzido cada aluno para que o procedimento ocorresse de maneira adequada (posicionando-se no centro da balança, com corpo relaxado, cabeça ereta e ausência de sapatos e adornos) (Figura 1).

Para mensurar a altura, foi utilizado o estadiômetro portátil modelo Personal Caprice Sanny. Para o procedimento, os alunos foram conduzidos para permanecer sem sapatos, adornos no cabelo, com o corpo ereto, braços estendidos e cabeça em plano de Frankfurt, estando as costas voltadas para a superfície vertical do equipamento (Figura 1).

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