ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA TERAPIA NUTRICIONAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Por: Cleuto Paixao • 19/6/2015 • Monografia • 2.724 Palavras (11 Páginas) • 1.267 Visualizações
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FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA
CURSO DE NUTRIÇÃO
Cleuto A. Paixão RA 460889614
ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA TERAPIA NUTRICIONAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Orientador(a): Nadia
Taguatinga
2015
Cleuto Paixão RA: 4608896147
ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA TERAPIA NUTRICIONAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Taguatinga
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
REVISÃO DA LITERATURA
Histórico
Epidemiologia
Fisiopatologia
Sintomas
Critérios diagnósticos da DA
Tratamento farmacológico
Terapia nutricionalT
OBJETIVOS
Geral
Objetivos específicos
METOLOGIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
A Doença de Alzheimer (DA) é atualmente considerada um problema de saúde pública em todo o mundo (RODRIGUES & GONTIJO, 2009), sendo uma das formas mais comuns de demência entre os idosos (MACHADO et al., 2009).
Cabe ressaltar que o envelhecimento da população brasileira vem crescendo progressivamente, lembrando que a população de idosos representava 11,3% em 2009, com tendência de 27% em 2040 (NOBRE et al., 2012). De acordo com NOBRE et al. (2012), o número de idosos com 60 anos ou mais vem crescendo com o decorrer dos anos, sendo previsto que de 759 milhões em 2010 aumente para 2 bilhões em 2050.
A doença de Alzheimer afeta não somente o idoso, mas também todos aqueles que o circundam, estima-se que em cada dez famílias americanas, um será afetado pela DA. No Brasil estudos epidemiológicos apontam prevalência de demência de 7,1% em idosos na comunidade, sendo 3% acometidos pela doença propriamente dita (MACHADO et al., 2009).
Um dos problemas mais comuns nesta população de idosos é a demência, doença marcada por um distúrbio acelerado da memória e degeneração cognitiva, comprometendo também a capacidade de desempenhar atividades da vida cotidiana e social (trabalho, lazer, aprendizado), impossibilitado de cuidar de si próprio, de se alimentar, do asseio pessoal e de se vestir, necessitando assim de um cuidador (FORLENZA, 2005).
As alterações cerebrais decorrentes da DA são as chamadas placas senis, resultantes do metabolismo anormal da proteína precursora do amilóide (APP), conduzindo à formação de agregados do peptídeo beta-amilóide. As alterações aparecem desde o início da patologia no hipocampo e no giro para-hipocampal, estruturas essenciais para os processos de memória. A doença evolui e se espalha para o neocórtex de associação, atingindo zonas do cérebro responsáveis pelos processos de cognição (FORLENZA, 2005).
Segundo MACHADO et al. (2009), desordens cognitivas e comportamentais podem gerar dificuldades para o paciente se alimentar, envolvendo mastigação, deglutição, problemas no deslocamento para preparar e realizar as refeições, tornando o idoso lento e distraído, comprometendo seus hábitos alimentares. Consequentemente, de acordo com os autores, a instalação do quadro de desequilíbrio nutricional pode levar a perda de peso e déficit nutricional (MACHADO et al., 2009).
Diante do contexto, o presente estudo tem como objetivo relacionar o papel do nutricionista na busca de uma abordagem nutricional, baseada em estudos científicos, que tenham ação de prevenção e controle da DA.
JUSTIFICATIVA
A DA responde por cerca de 60% da totalidade das demências, sendo que seu curso clínico apresenta-se com início insidioso e deterioração progressiva, conforme descrito a seguir. Nos estágios iniciais observam-se perda de memória episódica, dificuldades de cálculo, raciocínio e habilidades visuoespaciais. Na fase intermediária o paciente apresenta afasia e dificuldade para nomear objetos e expressar ideias. O estágio final da patologia envolve alterações do ciclo de sono-vigília, alterações comportamentais, irritabilidade, agressividade, sintomas psicóticos, dificuldades de deambulação, fala e realização de atividades pessoais (CARRETA & SCHERER, 2012).
Ainda, os idosos com demência podem apresentar perda de peso considerável devido a diversos fatores, a saber: atrofia do córtex temporal mediano e elevado gasto energético, levando a redução de massa muscular, perda da autonomia e dependência funcional. Ademais, envolve também risco de quedas, ulceras por pressão (UPP) e infecções (MACHADO et al., 2009).
Diante do contexto, sabe-se que a apropriada terapia nutricional direcionada a pacientes com DA é de difícil decisão, visto que o paciente pode apresentar quadro avançado da doença (BATTIROLA & SANTOS, 2010).
Há poucos trabalhos descritos na literatura sobre a temática da nutrição nos quadros de demências no País, especialmente da DA. Diante do cenário, este trabalho se justifica devido à importância de discutir os principais componentes envolvidos na etiologia, prevenção e tratamento da DA bem como as principais estratégias que atualmente vem sendo empregadas para a promoção da nutrição segura nos pacientes acometidos pela doença.
REVISÃO DA LITERATURA
Histórico
A doença de Alzheimer, que é uma desordem neurodegenerativa progressiva caracterizada por um progressivo declínio da função cognitiva, foi primeiramente descrita por Alois Alzheimer em 1907 ao acompanhar uma paciente de 51 anos de idade e observar suas condições neuropsicológicas. Desde então, a incidência da doença vem crescendo exponencialmente. É estimado que a incidência da doença de Alzheimer pode quadruplicar até o ano de 2050 (CARDOSO & COZZOLINO, 2009; GUIMARÃES & VIANNA, 2013).
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