Alimentação Pré Escolar
Por: Carol Annunziata • 21/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.348 Palavras (18 Páginas) • 313 Visualizações
Introdução
Denomina-se pré- escolar a criança na faixa etária entre 1 e 6 anos. A fase pré- escolar caracteriza-se por um menor ritmo de crescimento com relação ao primeiro ano de vida,quando há um incremento de 50% no comprimento do lactente. Para se obter incremento similar a este são necessários mais 5 anos de vida (Nutrição em Obstetrícia e Pediatria,Accioly,Saunders e Lacerda,2009).
A formação dos hábitos alimentares inicia-se com a herança genética que interfere nas preferências alimentares, que sofre diversas influências do ambiente: o tipo de aleitamento recebido nos primeiros seis meses de vida; a forma como os alimentos complementares foram incluídos no primeiro ano de vida; experiências positivas e negativas quanto à alimentação ao longo da infância; hábitos familiares e condições sócio-econômicas, entre outros (RIGO et al.,2010).
A nutrição é um dos principais determinantes da saúde e do bem estar do ser humano. É de extrema importância nos primeiros anos de vida, devido ao rápido crescimento corporal e à formação dos principais hábitos alimentares, que se desenvolvem no período pré-escolar e são carregados durante toda a vida (EDUCAÇÃO NUTRICIONAL COM CRIANÇAS RESIDENTES EM UMA ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE ERECHIM,RS).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar, em seus princípios estruturantes, tem avançado em direção a consolidar o direito e o acesso à alimentação adequada e saudável no espaço escolar, promovendo e incentivando ações que se apresentam pautadas pelo pressuposto de que alimentação adequada não pode ser entendida e projetada a partir, somente, de seu entendimento estrito de adequação de alimentos por meio de sua composição nutricional informando recomendações mínimas de energia e nutrientes (Alimentação na escola e autonomia-desafios e possibilidades).
Metodologia
A metodologia deste trabalho consistiu de uma pesquisa bibliográfica na literatura existente, cuja a temática foi alimentação pré- escolar. A busca dos dados ocorreu em maio/junho de 2015.
A pesquisa bibliográfica foi dividida em etapas:
A primeira etapa foi referente às fontes: foi utilizado um livro de base, chamado de Nutrição em Obstetrícia e Pediatria, publicado em 2009. Utilizaram-se artigos científicos, com bases de pesquisa scielo e sites específicos.
A segunda etapa foi a coletas dos dados, onde, no primeiro momento, houve uma leitura rápida de todo o material selecionado e depois uma leitura mais aprofundada nas partes que se dirigia ao assunto do trabalho, registrando as informações extraídas das fontes.
E na última etapa, foi realização da análise dos resultados e a conclusão das informações obtidas para que atendesse a proposta do trabalho.
Aspectos fisiológicos
Na fase pré-escolar a criança tem o seu ritmo de crescimento menor em relação ao primeiro ano de vida e o crescimento de meninas se apresenta mais acelerado em relação ao dos meninos. No segundo ano de vida, o crescimento em estatura é em média 12 cm enquanto no terceiro ano o crescimento é de cerca de 8 a 9 cm diminuindo para 7 cm no período até os 5 anos.
Nesta fase a redução ou irregularidade do apetite ocorre por diversos fatores como a redução da necessidade energética devido a desaceleração do crescimento, a aceitação ou recusa dos alimentos devido um maior alcance neurológico que aumenta a vontade de explorar o mundo deixando a alimentação em segundo plano em relação à vida da criança.
É importante citar que mesmo com as alterações alimentares os pais devem evitar atitudes como forçar a criança a comer, o que pode acarretar em uma alimentação maior do que a necessidade da criança e problemas futuros como traumas. O melhor comportamento a ser adotado pelos pais é evitar os pratos monótonos tanto em qualidade, consistência e aparência tendo sempre em mente que na maioria dos casos as alterações não significam problemas na adequação da dieta.
De modo geral, mesmo com as alterações alimentares da criança geralmente é notado uma boa progressão do peso e da estatura da criança tendo em vista a importância do acompanhamento da curva de crescimento a fim de avaliar a adequação alimentar da criança.
É importante levar em consideração o desenvolvimento da cavidade oral da criança tendo em vista as alterações em relação à erupção dos dentes que irão totalizar de 14 a 16 dentes.
O controle intestinal normalmente precede o controle urinário onde cerca de 66% terão controle da defecação nos 2 anos e 90% aos 3 anos, em seguida ocorre o controle do fluxo urinário no período diurno onde 50% das crianças controlam aos 2 anos e de 85% controla aos 3 anos, em seguida ocorre o controle do fluxo urinário no período noturno.
Avaliação do crescimento
O crescimento de uma criança é definido pelo aumento do tamanho corporal, resultado da multiplicação celular nessa fase da vida. Enquanto que o desenvolvimento é a maturidade e aprendizagem entre o meio social e o potencial de cada indivíduo.
Esses dois itens, crescimento e desenvolvimento, podem sofrer influência de fatores ambientais, resultando no não alcance da criança em seu potencial genético.
Temos como medidas mais sensíveis do crescimento o peso e a estatura, que devem ser acompanhados através de aferição periódica e registrados. Com esses registros, são feitos gráficos em consultas, que devem seguir um calendário proposto pelo ministério da saúde, gráficos construídos com base na organização mundial da saúde (OMS).
O calendário deve ser iniciado após os doze (12) meses, aproximadamente aos dezoito (18) meses de idade e ser repetido com vinte e quatro meses (24), três (3
) anos, quatro (4) anos e cinco (5) anos.
Necessidades nutricionais
As crianças tem suas taxas de crescimento, a energia gasta em atividades, as necessidades metabólicas basais e a interação dos nutrientes baseadas nas necessidades nutricionais. E com base em estudos, temos como definição de teores mínimos aceitáveis de consumo para alguns nutrientes, pois a alimentação no pré-escolar refletirá de maneira definitiva na adolescência e na vida adulta.
Seguir as recomendações evitará transtornos alimentares, desnutrição, doenças crônicas não transmissíveis e obesidade.
No caso da desnutrição poderá implicar no desenvolvimento funcional e anatômico e alterações físicas.
Como as crianças estão crescendo e se desenvolvendo (ossos, dentes, músculos e sangue) elas precisam de alimentos em proporção ao seu tamanho, mais nutritivos do que adultos.
Energia
Para determinarmos a adequação do consumo energético de uma criança, devemos monitorar cuidadosamente, através do ganho de peso, circunferência cabeça e peso/estatura para a idade comparando os dados com a tabela da organização mundial da saúde (OMS). Outro fator importante é o grau de atividade da criança.
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