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As Doenças respiratórias são classificadas em Insuficiência Respiratória Aguda

Por:   •  21/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.029 Palavras (25 Páginas)  •  610 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE MEDICINA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

CASO CLÍNICO

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

UBERLÂNDIA-MG

2017

CASO CLÍNICO

 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

UBERLÂNDIA-MG

2017

        

INTRODUÇÃO

  • Contexto Geral da DPOC

      As doenças respiratórias são classificadas em Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) que é definida como a incapacidade do sistema respiratório, desenvolvida agudamente, em promover adequadamente as trocas gasosas e Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas que acometem as vias aéreas superiores e inferiores, sendo a asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as DRC mais comuns (DO VALLE PINEHIRO, 2015; BRASIL, 2010).

      As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) são determinadas como doenças de repercussão sistêmicas evitáveis e tratáveis. É ocasionada pela limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente progressiva, essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquio,         como destruição de parênquima (enfisema) (BRASIL, 2010). O enfisema é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares (BRASIL, 2010).  

      A DPOC vai além da obstrução do fluxo aéreo, podendo ocasionar também manifestações sistêmicas, tais como doenças cardiovasculares, osteoporose, desnutrição, anemia e depressão. Tais manifestações devem ser diagnosticadas e tratadas pois resulta na piora na capacidade funcional do exercício e da dispneia, na diminuição da qualidade de vida e aumento de mortalidade (CEZARE, 20015).

     Os principais fatores de risco são, tabagismo responsável por 80 a 90% das causas determináveis de DPOC, poluição ambiental (fumaça de lenha, querosene), exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais, infecções respiratórias recorrentes na infância, suscetibilidade individual, desnutrição na infância, deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1 antitripsina (BRASIL, 2010).

  • Epidemiologia Da DPOC

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    No Brasil, as doenças do aparelho respiratório ocupam o 4º lugar como causas de morte, sendo a doença pulmonar crônica (DPC) predominante no grupo, com grande impacto econômico, na morbidade e na mortalidade. Assim, a prevenção, o controle e o tratamento desses doentes, incluindo a elaboração de recomendações com grau de evidência científica, para ajudar no manejo dos mesmos, são fundamentais (DIRETRIZES 2001).

     Em 2003, a DPOC foi a quinta maior causa de internação do sistema público de Saúde do país, em maiores de 40 anos, com 196.698 internações e gasto financeiro de até 72 milhões de reais. Em relação às mortes, nos últimos 20 anos teve um aumento significativo no número de mortes por DPOC e continua aumentando gradativamente, estas mortes ocorreram em ambos os sexos, tendo uma taxa, registrada de 1990, de 19,04 mortes em cada 100.00 habitantes. A DPOC nos últimos anos vem ocupando da 4ª à 7ª posição entre as principais causas de morte no Brasil (FILHO, 2004).

  • Estado nutricional e DPOC

    No atual contexto, é muito conhecida a relação entre estado nutricional e a doença respiratória. Muitos estudos vêm mostrando que um estado nutricional comprometido pode interferir com o processo da doença pulmonar. Outros estudos revelam que, melhorando-se o estado nutricional, é possível contribuir com os outros aspectos terapêuticos.    

    O diafragma e outros músculos respiratórios são compostos por fibras musculares. Alguns trabalhos mostraram que a desnutrição pode afetar a quantidade e a capacidade de contração destas fibras e, portanto, o processo respiratório por alteração da estrutura do músculo respiratório. Além disso, a desnutrição pode colaborar com a diminuição da manobra ventilatória é das respostas imunológicas (DINIZ et al, 2006.)

  • Imunonutrientes na DPOC  

    A inclusão dos imunonutrientes na terapia nutricional faz-se necessária devido ao estado hipermetabólico e à desnutrição precedente, que produzem uma imunossupressão no paciente portador de DPOC. A utilização desses imunonutrientes visa ao aumento da produção dos mediadores inflamatórios menos potentes e redução daqueles altamente inflamatórios, bem como a minimização da produção de radicais livres e a modulação da resposta inflamatória generalizada. Desta forma, deve-se oferecer ao paciente uma dieta enriquecida com: lipídeos, como os ácidos graxos de cadeia curta, o ômega 3 e os ácidos gamalinolênico e eicosapentanóico; aminoácidos, como glutamina, glicina, cisteína e arginina; nucleotídeos e oligoelementos como cobre, zinco e selênio                                         (Vasconcelos, et al 2002; Gadek JE et al 1999).

 

5. Fisiopatologia (Enfisema Pulmonar)

     O enfisema pulmonar é caracterizado pelo aumento irreversível e gradual dos espaços aéreos, da parte distal ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares Normalmente o enfisema se deve ao tabagismo, podendo também ser causado por vapores químicos ou poluentes, por exemplo, ou ainda por deficiência de uma enzima protetora dos pulmões (alfa-1-antitripsina), nesse caso de causa genética (LYRA, 2016).

  • Enfisema Pulmonar e doença Renal

    O Enfisema pulmonar acarreta em alterações na perfusão e saturação de gases respiratórios, em decorrência disto ocorre uma alteração fisiológica nestes sistemas, sendo a função renal uma das funções vitais mais afetadas.

    A insuficiência Renal crônica (IRC) se dá em virtude da perda de função renal irreversível, a hemodiálise é um processo terapêutico capaz de remover catabólitos do organismo e corrigir as modificações do meio interno por meio da circulação do sangue em equipamento idealizado para este fim (DE SOUZA TERRA et al, 2010).

  • Identificação do Paciente

       M.T.R.A., 51 anos, sexo feminino, solteira, natural de Paracatu-MG, reside em Paracatu-MG. Possui ensino incompleto (até 3ª série), do lar.

     

  • História Clinica Nutricional

- Queixas principais

     A paciente relatou dor no peito, edema de membros inferiores, ingestão alimentar reduzida e dificuldade para respirar.

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