Ciclos de Vida e Aspectos Biopsicossociais

Ciclos de Vida e Aspectos Biopsicossociais

INFLUÊNCIA DA MIDIA NA ALIMENTAÇÃO

Conhecimento não é aquilo que você sabe, mas o que você faz com aquilo que você sabe. (Aldous Huxley)

Jesse Mandian Araújo¹

Patrícia de Araújo Castro2

Silvana Gonçalves Pacheco3

Camila Bernardi Manzano

        

S U M Á R I O

1 INTRODUÇÃO

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3 METODOLOGIA

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5 CONCLUSÃO

6 REFERÊNCIAS

7 ANEXOS

1 INTRODUÇÃO

Nossa pesquisa sobre a influência da mídia na alimentação teve como ponto de partida as seguintes questões: A mídia pode desempenhar um papel importante na formação dos hábitos alimentares das pessoas? As mensagens veiculadas pela mídia, como anúncios de alimentos e programas de culinária, podem influenciar as escolhas alimentares na hora da compra ou nos comportamentos relacionados à alimentação?

Com base nestas questões optamos por pesquisar se os anunciantes de produtos alimentícios, independentemente de serem produtos saudáveis ou pouco saudáveis, ricos ou não em gordura, com excesso ou pouco açúcar e sal, podem levar influenciar as pessoas a fazerem escolhas alimentares mais ou menos saudáveis pelas mensagens, informações, propagandas divulgadas por elas nas mídias. Além disso, se a exposição constante a imagens, divulgações, publicidade de produtos alimentícios pode normalizar hábitos alimentares aumentando a predisposição à consumi-los independentes de avaliarmos se são ou não saudáveis.

Por ser um tema amplo e com extensa literatura focamos a pesquisa sobre aspectos mais objetivos sobre qual a influência que a mídia pode ter sobre nossos hábitos de compra e consumo através das informações, conhecimentos e orientações propagadas dos produtos divulgados.

Assim como se a influencia da mídia contribui de modo positivo ou negativo sobre nossas escolhas, quando da aquisição dos produtos alimentícios somente pelo que é mostrado por ela em detrimento de outros aspectos dos produtos como qualidade, informações nutricionais, etc.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“A alimentação é uma das necessidades mais importantes para o desenvolvimento do ser humano não somente no aspecto biológico, como também por envolver os aspectos sociais, psicológicos e econômicos. O alimento se faz presente em todas as etapas de nossa vida, contudo, é na infância e na adolescência que ele se torna mais.” (KART; HUBSCHER; MURA, 2007).

         “Com a profusão de alimentos industrializados nos mercados em nível mundial, criou-se ambiente competitivo, em que o marketing se torna essencial para o sucesso das companhias produtoras desses alimentos” (Mayhew, 2016).

Conforme o entendimento de SILVA(2021):

É grande o consumo de refrescos e refrigerantes com alto teor energético e baixo valor nutricional entre os adolescentes, bebidas que contribuem para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas. Esses produtos, junto aos alimentos ultraprocessados, são apresentados às crianças por meio da publicidade, induzindo o seu consumo desde muito cedo, o que pode afetar negativamente a sua vida adulta.

“A publicidade está presente em diversos momentos do nosso dia a dia, pois somos impactados continuamente, durante toda a vida, por anúncios de produtos e serviços que podem ser capazes de satisfazer nossas necessidades e mexer com os nossos desejos” (ALMEIDA, 2016).

O hábito de assistir à televisão faz com que crianças e adolescentes adotem um padrão alimentar não saudável, pois são expostos a inúmeros anúncios que podem influenciar as preferências alimentares e o consumo em curto prazo. Além disso, produtos industrializados contêm elevado teor de sódio, açúcares e gorduras (LUCCHINI; ENES, 2014).

A publicidade pode promover alimentos processados, fast food e bebidas açucaradas como opções fáceis e convenientes, podendo nos levar a fazer escolhas alimentares menos saudáveis. Programas de TV e filmes também podem retratar hábitos alimentares pouco saudáveis e comportamentos alimentares problemáticos, o que pode normalizar esses comportamentos e levar as pessoas a adotá-los.

A mídia também pode influenciar positivamente os hábitos alimentares das pessoas, por meio de programas de culinária que incentivam a preparação de refeições saudáveis e balanceadas. Esses programas podem fornecer informações úteis sobre ingredientes saudáveis, formas de preparo e dicas de nutrição.

É importante destacar que a influência da mídia nos hábitos alimentares varia de acordo com a idade, gênero, cultura e nível socioeconômico das pessoas. Portanto, é fundamental que a mídia desempenhe um papel responsável e consciente na promoção de hábitos alimentares saudáveis, levando em consideração a diversidade dos públicos e a importância de incentivar escolhas alimentares saudáveis e equilibradas.

A programação diária da mídia, principalmente a televisiva está repleta de comerciais de alimentos, expondo o telespectador a uma enorme quantidade de mensagens, as quais tem como intuito persuadi-lo à aquisição de um produto, sem muita preocupação com a saúde dos consumidores mas sim com o lucro. Soma-se a isso o fato de que grande parte dessas propagandas tentam exercerem influência negativa nas escolhas e hábitos em relação à escolha do alimento principalmente de parte das crianças (SILVA, 2021; SANTANA, 2015).

“A mídia e as propagandas de alimentos representam hoje importantes estratégias para diferenciação, promoção e venda de produtos pelas indústrias. Dessa forma, estas podem exercer forte influência sobre o comportamento de compra e consumo do consumidor.” (CARVALHO, 2019)

Pelo fato da mídia desempenhar papel significativo na formação dos hábitos alimentares das pessoas, as mensagens e imagens divulgadas na mídia podem influenciar a maneira como as pessoas pensam sobre alimentos e sua dieta. Por exemplo, se a mídia promover principalmente alimentos não saudáveis, isso pode levar as pessoas a fazer escolhas alimentares pouco saudáveis. Por outro lado, se a mídia promove alimentos saudáveis e hábitos alimentares conscientes, isso pode ajudar as pessoas a tomar decisões alimentares mais saudáveis.