GH Hormônio do Crescimento

GH Hormônio do Crescimento

O hormônio de crescimento - GH (do inglês growth hormone), também conhecido como somatotropina ou hormônio somatotrófico, é um polipeptídio sintetizado pela glândula hipófise (hipófise anterior).

Promove crescimento de todo o corpo através da sua intervenção na formação proteica, multiplicação celular e diferenciação celular.

É pulsátil, ou seja, sua concentração pode variar em até 290 vezes em poucos minutos.

Em geral, adultos saudáveis apresentam um ritmo circadiano de liberação do GH (~ 0,5 mg/dia), que é lento e estável, seguido de abruptas secreções de pico (15-20 µg/L). Contudo, mulheres apresentam maior e mais frequente liberação de GH, tanto em estado de repouso quanto sob estresse.

No decorrer do desenvolvimento humano, as concentrações máximas de GH ocorrem nos períodos de crescimento, principalmente na adolescência. Depois disso, tanto a frequência como a amplitude ou intensidade da secreção reduzem-se.

Fatores que podem influenciar a secreção do GH são: o estado nutricional, a quantidade de sono e de gordura corporal, o estresse e a prática da atividade física ou grau de treinamento.

Mecanismos de Ação

Anabólica: estimula o crescimento tecidual

Metabólica: altera o fluxo, a oxidação e o metabolismo de praticamente todos os nutrientes na circulação.

Metabolismo de carboidratos: promove o aumento da produção de glicose por parte do fígado e elevação dos níveis de secreção do hormônio, ou seja reduz a utilização dos carboidratos. É considerado hormônio “diabetogênico” por promover o aumento de glicose e insulina. Essa é a limitação do uso do GH, pois o uso crônico de altas doses de GH pode provocar hiperglicemia. A secreção excessiva pode produzir distúrbios metabólicos similares aos da diabetes tipo II.

Metabolismo de proteínas: aumento da síntese proteica e redução do catabolismo proteico e dos aminoácidos. Interfere positivamente na síntese proteica quando há infusão do mesmo a nível local da musculatura. Em contraposição, a infusão do GH a nível sistêmico não demonstra elevar os níveis da síntese de proteínas.

Metabolismo de lipídeos: aumenta a lipólise que, por consequência, eleva a concentração sanguínea de ácidos graxos. Também promove a conversão dos ácidos graxos em acetil-coezima A e, utilizada na produção de energia.

Efeito indireto na modulação da síntese do IGF-1, mediador dos efeitos anabólicos do GH. O fígado é o principal produtor de IGF-1 da circulação, sendo que sua síntese e liberação são influenciadas por diversos fatores, entre os quais: a concentração de GH, o estado nutricional, a composição corporal e a concentração de hormônios e metabólitos. O IGF-1 hepático age como hormônio, estimulando o crescimento de diversos tecidos, como o ósseo e o muscular.

Hiposecreção: nanismo em crianças.

Hipersecreção: gigantismo em crianças e acromegalia em adultos.

Indicação de uso

Todo indivíduo, independente da faixa etária, que apresente deficiência da produção de GH pela hipófise. Além do nanismo hipofisário, pode ser benéfico em meninas com Síndrome de Turner, em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional, nos portadores da Síndrome de Prader-Willi, em crianças com insuficiência renal crônica, entre outros.

Fonte: http://www.endocrino.org.br/tirando-duvidas-sobre-uso-de-gh/

A Anvisa determinou a suspensão da importação, fabricação, distribuição, comercialização, manipulação e uso do insumo farmacêutico ativo Somatomedina C (IGF-I). A eficácia terapêutica não foi avaliada tampouco aprovada pela Anvisa. As empresas que produzem a substância devem promover o recolhimento dos produtos existentes no mercado.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2015/anvisa+suspende+a+manipulaao++do+insumo+somatomedina+c