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O uso da soja para a nutrição

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Por:   •  9/4/2014  •  Artigo  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  288 Visualizações

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Existe todo um imaginário popular em torno das comidas “saudáveis”, mas é sempre difícil medir até onde vão esses benefícios. A sabedoria popular muda de pessoa para pessoa, ninguém consegue dizer o que faz bem e o que faz mal – todos os alimentos parecem ter contra-indicações. Estranhamente, nunca tinha visto alguém falar mal da soja.A heroína dos grãos é tida como o arauto da saúde, o algoz de todos os males da alimentação e, por isso, muitas vezes figura nas dietas e planos alimentares. Ao menos, essa era a minha percepção e de muitas com quem já conversei sobre o assunto. Até eu ler um artigo que mostra que a realidade não é bem assim.

O Dr. Alexandre Feldman é clínico geral e especialista em distúrbios como a enxaqueca, tendo algumas publicações na área. Esse artigo joga uma luz nessa febre que vemos hoje em dia, onde pessoas colocam soja onde podem, afirmando que “é uma ótima fonte de proteínas” ou então que “é uma sabedoria milenar oriental”, coisas do gênero.

Sim, de fato algumas culturas usam muita soja, mas geralmente a forma “saudável” dela: molhos (shoyu) e missô, derivados a partir de um processo de fermentação. O grão da soja é rico em substâncias que inibem a enzima tripsina, que se bem me lembro das aulas de Biologia do colégio, é essencial na digestão pois é responsável por quebrar as proteínas. Sem digerir bem as proteínas, o organismo fica vulnerável a doenças.

Além dessas substâncias, a soja contém hemaglutinina, que aumenta a viscosidade do sangue e a probabilidade de coagulação. Também encontramos fitatos ou ácidos fíticos (presentes em todas as sementes), que impedem a absorção de substâncias vitais como magésio, ferro, cálcio e zinco. Os problemas que podem surgir são vários: enxaquecas, osteoporose e anemia.

Tudo muito bom... ou não?

Aparentemente, o único modo de se livrar totalmente dessas substâncias é através da fermentação, de onde saem o shoyu e o missô. Nem o queijo mais hype das dietas, o tofu, está livre. No seu preparo, as substâncias nocivas não são retiradas por completo, e recomenda-se lavar bem a peça antes de comer.

O leite de soja, então, parece ser dos piores: o preparo destrói as proteínas, não elimina os antinutrientes e utiliza substâncias a base de petróleo, cancerígenas.

Não sou nem um pouco adepto de teorias conspiratórias, mas é interessante observar que a “febre da soja” e a estranha falta de discussão sobre seus males coincide com essa que é há anos a maior industria de agronegócio do Brasil. Sendo que 80% de sua produção se concentra na região sul.

Plantação de soja

Lembro de alguns anos atrás meu pai comentar “Pra que plantar tanta soja? Quem é que come soja?”. Pois é, pelo jeito muita gente come, e o perigo pode ser grande para aqueles que abusam do grão, seja para emagrecer, para basear uma dieta vegetariana ou simplesmente para ter uma alimentação mais saudável de acordo com a Capricho.

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