Importação Do Trigo E Exportação Da Soja
Casos: Importação Do Trigo E Exportação Da Soja. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Suellen • 14/10/2012 • 2.613 Palavras (11 Páginas) • 953 Visualizações
Exportação de Soja
A soja deu-se como espécie através do cruzamento de duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas na China.
No Brasil, seu primeiro registro de cultivo foi em 1914, porem foi a partir dos anos 40, que ela adquiriu sua importância econômica. Nos anos 50, 60 e 70 tiveram incentivos fiscais disponibilizados como os mesmos benefícios da produção de trigo, por exemplo, utilizando a mesma área de plantio assim como a mão de obra e maquinários.
A soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas últimas três décadas e corresponde cerca de 50% da área plantada em grãos do país.
Cultivada especialmente nas regiões Centro Oeste e Sul do país, a soja se firmou como um dos produtos mais destacados da agricultura nacional e na balança comercial.
O cultivo de soja no Brasil se orienta por um padrão ambientalmente responsável, ou seja, com o uso de práticas de agricultura sustentável, como o sistema integração-lavoura-pecuária e a utilização da técnica do plantio direto. São técnicas que permitem o uso intensivo da terra e com menor impacto ambiental, o que reduz a pressão pela abertura de novas áreas e contribui para a preservação do meio ambiente.
Os Estados Unidos até o ano passado, era o maior produtor de soja, porém com a entressafra, O Brasil tomou a dianteira mundial em exportações da oleaginosa.
Impactos
A revolução socioeconômica e tecnológica protagonizada pela soja no Brasil Moderno, pode ser comparada ao fenômeno ocorrido com a cana de açúcar, no Brasil Colônia e com o café, no Brasil Império/República, que, em épocas diferentes, comandou o comércio exterior do País. A soja responde (2003) por uma receita cambial direta para o Brasil de mais de sete bilhões de dólares anuais (superior a 11% do total das receitas cambias brasileiras) e cinco vezes esse valor, se considerada os benefícios que gera ao longo da sua extensa cadeia produtiva.
O explosivo crescimento da produção de soja no Brasil, de quase 260 vezes no transcorrer de apenas quatro décadas, determinou uma cadeia de mudanças sem precedentes na história do País. Foi a soja, inicialmente auxiliada pelo trigo, a grande responsável pelo surgimento da agricultura comercial no Brasil. Também, ela apoiou ou foi a grande responsável pela aceleração da mecanização das lavouras brasileiras, pela modernização do sistema de transportes, pela expansão da fronteira agrícola, pela profissionalização e pelo incremento do comércio internacional, pela modificação e pelo enriquecimento da dieta alimentar dos brasileiros, pela aceleração da urbanização do País, pela interiorização da população brasileira (excessivamente concentrada no sul, sudeste e litoral do Norte e Nordeste), pela tecnificação de outras culturas (destacadamente a do milho), bem como impulsionou e interiorizou a agro-indústria nacional, patrocinando a expansão da avicultura e da suinocultura brasileiras.
Perspectivas
Em realizando uma análise prospectiva sobre o dinâmico agronegócio da soja brasileira e tomando como referência a realidade atual, parece pertinente afirmar que:
* crescerá o consumo e conseqüentemente a demanda por soja no mundo, pois a população humana continuará aumentando;
* o poder aquisitivo dessa população continuará incrementando-se, destacadamente na Ásia, onde está o maior potencial de consumo da oleaginosa;
* o temor da doença da vaca louca manterá em alta o consumo de carne suína e de frango, cuja alimentação é feita com rações à base de farelo de soja, cuja demanda crescerá, também em razão da proibição, na Europa, do uso de farinha de carne nas rações para bovinos;
* os usos industriais não tradicionais da soja, como biodiesel, tintas, vernizes, entre outros, aumentarão a demanda do produto;
* o consumo interno de soja deverá crescer, estimulado por políticas oficiais destinadas a aproveitar o enorme potencial produtivo do País, que está excessivamente dependente do mercado externo;
* o protecionismo e os subsídios à soja, patrocinados pelos países ricos, tenderão a diminuir pela lógica e pressão dos mercados e da Organização Mundial do Comércio, aumentando, conseqüentemente, os preços internacionais, que estimularão a produção e as exportações brasileiras;
* a produção dos nossos principais concorrentes (EUA, Argentina, Índia e China) tenderá a estabilizar-se por falta de áreas disponíveis para expansão em seus territórios;
* a cadeia produtiva da soja brasileira tenderá a desonerar-se dos pesados tributos sobre ela incidentes, para incrementar a sua competitividade no mercado externo, de vez que o País precisa “exportar ou morrer”;
O governo precisa melhorar os meios de transportes, pois é indispensável para que o País possa reduzir a importância desse item na composição dos custos totais da tonelada de produto brasileiro que chega aos mercados internacionais. O custo médio do transporte rodoviário é muito mais alto que o ferroviário e este mais alto que o hidroviário. Apenas para ilustrar, 16% da soja americana é transportada por rodovias, contra 67% da brasileira. Em contrapartida, 61% da soja americana viaja por hidrovias, contra 5% da brasileira.
Produção e Exportação da Soja
No final dos anos 90 o próprio direcionamento do processo de modernização trouxe alguns vieses que orientaram o tipo de tecnologia que deveria ser utilizada e o processo de modernização foi moldado à estrutura rural existente buscando a aceleração do emprego de técnicas mais modernas visando à competitividade, beneficiando não só os produtores, mas também todo complexo agroindustrial devido ao aumento de produção e exportação. No começo de 2000, apoiado pelos serviços nacionais de pesquisa, ensino e extensão, o Brasil ocupa lugar de destaque no cenário do agronegócio mundial do complexo soja, como grande produtor e exportador tendo características de grandes propriedades constituindo-se na maior cultura nacional em termos
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