Reportagem Nendigo Morre em Frente ao Hospital em SP
Por: Kamilla Soares • 27/9/2020 • Dissertação • 382 Palavras (2 Páginas) • 197 Visualizações
Nutrição em Saúde Coletiva
A reportagem mostra um morador de rua deitado na calçada do lado de fora de um hospital em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), agonizando de febre enquanto profissionais da saúde se negam a prestar atendimento hospitalar e remédios. O homem foi levado para outra unidade hospitalar com ajuda de outros moradores de rua, mas não resistiu e morreu. A negligência no atendimento do hospital público fere os princípios do SUS, onde a saúde é um direito de todos e dever do Estado.
Os princípios éticos doutrinários garantem:
Universalidade: Todo cidadão tem direito a todos os serviços públicos de saúde. E o Governo tem o dever de prover a assistência à saúde igualitária para todos.
Integralidade: Todas as pessoas devem ser atendidas desde as necessidades básicas, de forma integral. A integralidade trabalha em todo o ciclo vital do ser humano, do nascimento até a morte. Esse princípio foca na prevenção e reabilitação da saúde. É preciso ter ações preventivas antes do ser humano adquirir a doença.
Equidade: Toda pessoa é igual perante o Sistema Único de Saúde. Porém esse princípio não significa prover os mesmos serviços para todos, pois o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um. É influenciada pelas características, particularidades, perfil epidemiológico, agravantes de saúde de cada região. Os municípios, Estados e/ou Governo Federal devem trabalhar de acordo as necessidades de cada região, para que seja contemplada com os serviços de saúde que realmente precisa.
O SUS foi projetado no final da década de 80 e se tornou vigente no início dos anos 90. O modelo foi inspirado nos serviços de saúde utilizados em países europeus que são compartilhados com a população de forma igualitária. Já no Brasil, apesar do nosso Sistema Único de Saúde ter como base a equidade, através da reportagem abordada, concluímos que na prática nem todos os cidadãos têm acesso ao serviço de forma eficiente.
Muitas cidades e grandes metrópoles sofrem com escândalos envolvendo corrupção, hospitais com infraestrutura precária, profissionais negligentes e ausência de materiais e equipamentos. Com todo esse descaso das autoridades brasileiras e má distribuição do serviço, temos como resultado ineficiência, um serviço com modelo exemplar, mas que apresenta falta de planejamento e organização na sua prática, confirmando que ainda estamos longe de desfrutar de um sistema competente de saúde.
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