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Uso e benefícios dos corantes naturais

Por:   •  21/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.478 Palavras (10 Páginas)  •  830 Visualizações

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Uso e benefícios dos corantes naturais

Débora Eloá Lima Santos, Mayane Santana Vieira Santos, Patrícia Nattiely de Oliveira

Resumo

Este trabalho teve como objetivo pesquisar dados sobre o uso de corantes naturais sobre os artificiais. Devido à toxidade, o uso de corantes artificiais vem sendo reduzido, abrindo espaço para novas pesquisas sobre os benefícios dos corantes naturais. Alguns corantes apresentam propriedades antioxidantes, atua na doença de Alzheimer e até mesmo na atividade carcinogênica.

Palavras-chave: corantes artificiais, corantes alimentos, alimentos

Abstract

This study aimed to search data on the use of natural food colouring for artificial. Due to toxicity, the use of food colouring artificial comes being reduced, making room to new research on the benefits of natural food colouring. Some food colouring have antioxidant properties, operates in Alzheimer's disease and even carcinogenic activity.

Key words: food colouring artificial , food colouring, food

Introdução

As cores influenciam diversos aspectos do dia a dia, a escolha de alimento é o maior exemplo disso. A aparência, segurança, características sensoriais e aceitabilidade dos alimentos são todas afetadas pela cor. [2]

 A cor afeta características sensoriais, o que influencia na aceitação do alimento. Os efeitos causados pelas cores são inerentes às características psicológicas, interferem e dificultam a quantificação do sabor. [2]

As civilizações antigas já coloriam seus alimentos, retirando substâncias da natureza. Egípcios adicionavam extratos naturais e vinhos para melhorar a aparência. [2]

Ao descobrir-se os corantes sintéticos nos séculos VIII e XIX, a influência da cor fez com que aumentasse o interesse das indústrias pelo uso de corantes artificiais. [2]

 Na Inglaterra, no início do século XIX, foram relatados casos do uso de sulfato de cobre para colorir de verde as conservas de picles, de chumbo negro em folhas de chá para parecerem novas e, para realçar a coloração alaranjada de alguns queijos, do chumbo vermelho. Em 1860 foi relatada a morte de duas pessoas que consumiram esses produtos. [2]

No final do século XIX mais de 90 corantes eram utilizados pela indústria alimentícia. Em 1906, apareceu nos Estados Unidos a primeira legislação relativa à utilização na indústria alimentícia. Desde essa época, pesquisas comprovaram que muitos corantes sintéticos são tóxicos e podem causar anomalias em recém-nascidos, distúrbios cardíacos ou cânceres. [2, 9]

A partir daí, nos Estados Unidos e Europa, mais de uma centena de corantes foram desenvolvidos e lançados no mercado sem qualquer controle ou monitoramento. Muitos alimentos foram coloridos indiscriminadamente, como ketchup, mostardas, geleias, e ainda outros, que mesmo sendo proibido, tiveram adição de corantes, como por exemplo, vinhos brancos de má qualidade que foram transformados em vinhos tintos, acrescentando-se a eles taninos e Bordeaux S. Já foram relatados acréscimos de corantes artificiais em cervejas, cidras e aperitivos. [2]

Os Estados Unidos, que chegou a ter no início do século XX mais de 700 substâncias com poder corantes, hoje reduziu a quantidade de corantes sintéticos permitidos em alimentos para nove, sendo dois de uso restrito. [9]

No Japão, segundo a legislação, permite-se o uso de 11 corantes sintéticos. [9]

Com a criação da União Europeia, houve uma harmonização das legislações dos países membros. Assim, foram elaboradas as diretrizes que controlam o uso de aditivos em alimentos, sendo as que englobam os corantes são as diretrizes 94/36/ EC e a 95/45/EC. Atualmente, 17 corantes artificiais são permitidos na União Europeia para uso em alimentos e bebidas. Alguns países, como a Noruega e a Suécia, proíbem o uso de corantes artificiais nos alimentos. [9]

No Brasil, A Portaria nº 02 DINAL/MS, de 28 de janeiro de 1987, excluiu da Tabela I do Decreto 55871/65, os corantes Amarelo Ácido ou Amarelo Sólido (13015), Azul de Indantreno ou Azul de Alizarina (69800), Laranja GGN (15980), Vermelho Sólido E (16045), e Escarlate GN (14815) para uso em alimentos. [9]

Pela legislação atual, através das Resoluções n° 382 a 388, de 9 de agosto de 1999, da ANVISA, são permitidos no Brasil para alimentos e bebidas o uso de apenas 11corantes artificiais sendo eles: Amaranto, Vermelho de Eritrosina, Vermelho 40, Ponceau 4R, Amarelo Crepúsculo, Amarelo Tartrazina, Azul de Indigotina, Azul Brilhante, Azorrubina, Verde Rápido e Azul Patente V. [9]

Os rótulos dos alimentos coloridos artificialmente devem conter os dizeres “colorido artificialmente” e ter sua relação nos ingredientes, além do nome completo do corante ou seu número de INS (International Numbering System). [12]

Dentre os corantes permitidos como aditivo na indústria de alimentos, o corante caramelo se destaca, sendo um dos aditivos mais antigos, usado para conseguir uma cor que varia da amarelo-palha à marrom escuro até quase negro.[9]

O número de corantes artificiais, comprovadamente inócuos à saúde, é pequeno e pode ser reduzido de acordo com os resultados de toxicidade que novas pesquisas possam revelar. [8]

Metodologia

Foram pesquisados durante o mês de novembro de 2015 artigos na plataforma da Scielo e revistas no Google, além de portarias da ANVISA, com o intuito de analisar a possibilidade de substituição de corantes artificiais por naturais.

No site da revista Aditivos e Ingrediente (http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/edicoes_materias.php) foram encontrados 5 artigos com o uso da palavra-chave corantes.

Na plataforma da Scielo, com o uso das palavras corantes naturais alimentos foram encontrados 9 artigos, dos quais 2 apresentaram informações relevantes para este artigo.

Ainda na plataforma da Scielo com o uso das palavras corante artificial alimentos, foram encontrados 3 artigos, dos quais 2 foram utilizados neste artigo.

Resultados

Devido às criticas dos consumidores e às restrições da Organização Mundial da Saúde (OMS) aos corantes sintéticos, houve um aumento considerável nas pesquisas sobre corantes naturais [4]

Diante da tendência em usar corantes naturais, têm se buscado novas fontes economicamente viáveis.[3]

Alguns corantes orgânicos naturais tolerados em alimentos:

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