A HIPOVITAMINOSE EM IDOSOS
Por: Jean Dornelles • 5/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.977 Palavras (8 Páginas) • 354 Visualizações
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ[pic 1]
CURSO DE ODONTOLOGIA
EDVAN ALOÍSIO SCHMITZ
JEAN DUVAL DORNELLES
JORGE ULISSES SCHNEIDER DA SILVA
MARLON GIBB BARRETO ZIMMER
PABLO ZUCHI
HIPOVITAMINOSE EM IDOSOS
Itajaí
2020
EDVAN ALOÍSIO SCHMITZ
JEAN DUVAL DORNELLES
JORGE ULISSES SCHNEIDER DA SILVA
MARLON GIBB BARRETO ZIMMER
PABLO ZUCHI
HIPOVITAMINOSE EM IDOSOS
Trabalho de apresentado como requisito parcial para obtenção da média M1 na disciplina de odontogeriatria do curso de Odontologia pela Universidade do Vale do Itajaí.
Prof.ª Luciane Campos Gislon.
Itajaí
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. REVISÃO DE LITERATURA 5
3. CONCLUSÃO 9
4. REFERÊNCIAS 10
INTRODUÇÃO
Progressivamente, diversos fatores têm contribuído para o aumento da população geriátrica no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2050 serão dois bilhões de idosos em todo o planeta, sendo que no Brasil, em 2020, a expectativa é de se ter mais de 26 milhões de pessoas acima dos 60 anos (Mendes et al 2005).
Neste contexto, fatores físicos, psicológicos, sociais, econômicos e geográficos interferem na qualidade de vida dessas pessoas. Dentre essas, uma causa de grande preocupação na geriatria é a necessidade desse grupo etário ingerir os nutrientes certos para a manutenção de sua saúde, já que idosos são mais suscetíveis à desnutrição protéica, calórica, mineral e de vitaminas (Mendes et al 2005).
As principais causas dessa desnutrição nos idosos seriam decorrentes da ingestão alimentar diminuída, má absorção em virtude da flora bacteriana anormal, balanço metabólico negativo, reserva diminuída de nutrientes, interação com drogas e a menor conversão de vitaminas para suas formas ativas. Da mesma forma, a prevalência de doenças crônicas tende a aumentar com o envelhecimento, agravada pelas condições socioeconômicas como a falta de recursos para comprar alimentos, a confusão mental, hábitos alimentares de pessoas solitárias, falta de informação e a falta de motivação para se alimentar adequadamente (Venturini et al 2015).
Em anos recentes, diversas doenças com grande prevalência em indivíduos idosos têm sido relacionadas com deficiências nutricionais. Por exemplo, a cardiopatia isquêmica tem sido relacionada com estados deficitários de vitaminas E, C e caroteno, e determinadas doenças neurológicas degenerativas têm sido relacionadas com a deficiência de vitamina E (Venturini et al 2015).
Portanto, é necessário avaliar as carências nutricionais mais acometidas aos idosos, de modo a poder realizar uma odontologia adaptada a este grupo etário em específico.
REVISÃO DE LITERATURA
O envelhecimento traz uma somatória de alterações pelo corpo, psicológicas e fisiológicas, diferenciando o agravo com o estilo de vida do idoso, como atrofia óssea, perda de massa muscular e aumento de tecido adiposo. Somando-se estas características, os idosos, além de não ter uma dieta específica para suas necessidades nutricionais, têm sérias deficiências nutricionais que, no caso específico de carência de vitaminas, é denominada hipovitaminose. Um dos agravantes a isso é por questões financeiras, onde o idoso sustenta-se apenas com sua aposentadoria, muitas vezes vivendo em isolamento social e solidão, deixando-se de se preocupar consigo, consumindo produtos mais baratos e, muitas vezes, de baixo teor nutricional (Magalhães et al 2011).
Um dos fatores que comprometem uma saúde nutricional adequada é a perda de elementos dentais, que são de extrema importância na ingestão de alimentos imprescindíveis para nossa saúde, como frutas e carnes. Essa perda de elementos dentários pode comprometer a ingestão de alimentos ricos em vitaminas A, B, C e D, e essa deficiência pode acarretar diversos problemas na cavidade oral e também de uma forma mais sistêmica com o tempo, caso o indivíduo não normalize os índices desses nutrientes no organismo, como resultado dessa deficiência podemos adquirir doenças periodontais, queilite angular e disfagia (Mesas et al 2012).
Pacientes com dificuldade de ingestão de determinadas vitaminas podem estar mais susceptíveis a infecções e inflamações, como é o caso em deficiência de vitamina A. Pacientes idosos, em alguns casos de perda de elementos dentários, podem apresentar perda de elementos e, com isso, ter pouco ou nenhum contato oclusal, o que resulta na deficiência de frutas e verduras, por exemplo, que contenham vitamina A, logo estão mais propícios, além de outros fatores, a serem acometidos por doenças infecciosas. A deficiência na ingestão de vitaminas C também tem envolvimento em um possível quadro de infecção e inflamação nos indivíduos que possuem uma má absorção de nutrientes, além de mobilidade dentária, hemorragia gengival e retardo na cicatrização (Mesas et al 2012). A vitamina C também age desacelerando o envelhecimento devido ao seu efeito antioxidante e desempenha importante papel na resistência a infecções.
Uma das vitaminas de grande importância para o nosso organismo é a B12 de extrema importância para nossas células sanguíneas sistema nervoso, como um dos resultados da deficiência dessa vitamina no organismo temos o mau hálito. Além da vitamina B12, a deficiência em vitamina B2 no organismo dos idosos pode acarretar em inflamação de língua e doenças gengivais, pois a presença dela auxilia no metabolismo. A hipovitaminose B12 causa anemia, depressão, demência, doença autoimune e diminuição geral da capacidade cognitiva.
Outra vitamina importante e que pode aparecer deficiente no idoso é a vitamina D, tendo função importante na manutenção do cálcio, imprescindível para o idoso, crianças e gestantes. Além de reconhecidamente importante para os ossos, o cálcio também é necessário para o bom funcionamento dos elementos da cavidade oral, sabendo que a deficiência desse mineral pode acarretar risco de doença periodontal e perda de elementos dentários. Não apenas isso, mas é importante para a manutenção da estrutura óssea, ainda mais que boa parte dos idosos sofrem de osteoporose, onde fraturas patológicas vertebrais e de quadril tornam-se freqüente causa de mortalidade (Magalhães et al 2011).
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