ANOMALIAS CONGÊNITAS E MICROCEFALIA
Por: Emanuelle Medeiros • 26/6/2019 • Trabalho acadêmico • 5.404 Palavras (22 Páginas) • 293 Visualizações
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... | 6 |
2 METODOLOGIA .................................................................................. | 8 |
3 ANOMALIAS CONGÊNITAS .............................................................. | 9 |
4 MICROCEFALIA .................................................................................. | 12 |
4.1 ETIOLOGIA ....................................................................................... | 13 |
4.2 EPIDEMIOLOGIA .............................................................................. | 15 |
4.3 DIAGNÓSTICO ................................................................................. | 17 |
4.4 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................. | 18 |
4.5 TRATAMENTO ................................................................................. | 19 |
4.6 CONSEQUÊNCIAS NEUROLÓGICAS ............................................. | 19 |
4.7 IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL ...................................................... | 20 |
5 CONCLUSÃO ...................................................................................... | 22 |
REFERÊNCIAS ...................................................................................... | 23 |
Sumário
RESUMO
Este trabalho diz respeito à microcefalia e malformações congênitas. Tem como objetivo a descrição de conhecimentos sobre tais anormalidades. Encontra-se também o diagnóstico; formas de prevenção desses problemas, bem como tipos de tratamento que são recomendados para cada caso em específico. Além disso, é discutido também as consequências neurológicas e psicossociais no paciente e sua família, porque danos nessa área da saúde também são relevantes e tais tipos de problemas podem afetá-lá. A metodologia usada foram pesquisas bibliográficas com pesquisas em artigos de 2006 a 2019, portanto na atualidade. A Etiologia do Zika vírus também é abordada, sendo descritos dados sobre a descoberta do vírus no mundo e no Brasil, bem como seus sintomas quando em contato com o organismo humano. Além disso, a Epidemiologia da doença é bem esclarecedora sobre dados estatísticos de pacientes brasileiros que contraíram o problema, contendo uma tabela da distribuição de casos suspeitos de microcefalia decorrentes do vírus Zika notificados. Diversas classificações da microcefalia também são citadas e explicadas, pois há diversos tipos e variações dessa anomalia.
Palavras-chaves: Microcefalia. Anomalia congênita. Zika vírus. Recém-nascido. Diagnostic
1 INTRODUÇÃO
As anomalias congênitas têm etiologia complexa e pode ser acometida por vários fatores. Podem ser causadas por anomalias cromossômicas, exposição a fatores ambientais, doenças metabólicas (inclusive doenças maternas durante a gravidez). Pode ser classificada como primária ou secundária (MARINHO et al.; 2016).
De acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, classificam como microcefálicos quando os neonatos sofrem três desvios-padrões da média, de acordo com o sexo e idade gestacional. Neste caso, no sexo feminino a microcefalia é considerada entre 28,85 a 30,99cm e no sexo masculino, 29,12 a 31,52cm, com idade gestacional de 37 a 41 semanas. O diagnóstico de microcefalia se dá durante a gravidez, no pré-natal, onde o médico consegue observar o perímetro cefálico do feto, e também após o nascimento na hora de medir o perímetro cefálico. (MARINHO et al.; 2016).
No Brasil, entre os anos de 2000 até 2014, os casos de nascidos vivos com microcefalia apresentaram estabilidade. Entretanto, a partir de outubro de 2015 notou-se um aumento inesperado de casos (principalmente na região Nordeste). Após pesquisas e estudos, foi comprovada epidemia do vírus Zika (ZIKV) (MARINHO et al.; 2016). A média histórica de microcefalia, no Brasil é de dois casos a cada 10000 nascidos vivos. Porém, no ano de 2015 (em decorrência do ZIKV), observou-se a decorrência de 54,6 casos por 100 mil nascidos vivos (CABRAL, Cibelle Mendes et al. 2017).
A criança com microcefalia pode apresentar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (dificuldade em firmar a cabeça, sentar, engatinhar, andar, entre outras coisas). Também podem ter comprometimentos para o desenvolvimento de ações como agarrar, soltar, brincar e manuseio de objetos (COFFITO, 2016).
Quando nasce um bebê com anomalias, ocorre um grande impacto na vida dos pais. A família fica angustiada por medo de como será a vida da criança, seu futuro, desconhecimento de como cuidar; podendo acarretar em sentimento de culpa, dependência e impotência (FORMIGA; PEDRAZZANI; TUDELA, 2010).
O presente trabalho tem por objetivo estimular o conhecimento sobre casos de microcefalia. Tais como, diagnóstico precoce; formas de prevenção e tratamento; consequências neurológicas na vida da criança e da família; a associação da doença com fatores ambientais, genéticos e a presença do ZIKV.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo baseado na pesquisa bibliográfica, com pesquisa de publicações do período de 2006 a 2019. Baseado em artigos que abrangem a base de dados como Lilacs, Google Acadêmico e SciELO. Foram utilizados 30 artigos, e os critérios de inclusão foram artigos em português.
2 ANOMALIAS CONGÊNITAS
Podem ser definidas como todas as alterações funcionais ou estruturais do desenvolvimento do feto, onde a origem ocorre antes do nascimento, podendo possuir causas genéticas, ambientais ou desconhecidas, mesmo que essa anomalia se manifeste anos após o nascimento. Podem ser classificadas em maiores ou menores. As malformações maiores seriam graves alterações anatômicas, estéticas e funcionais podendo, até mesmo, levar à morte. Já as menores levam a fenótipos que se sobrepõem aos normais (MENDES et al., 2017).
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