COMPOSTOS QUARTENÁRIOS DE AMÔNIA
Por: Iole Brandão • 20/10/2018 • Trabalho acadêmico • 686 Palavras (3 Páginas) • 402 Visualizações
CONTROLE QUÍMICI DO BIOFILME/ PLACA
COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA
Segundo Lascala (1997), a placa bacteriana é uma massa densa, não calcificada, constituída por microrganismos envolvidos numa matriz rica em polissacarídeos extracelulares bacterianos e glicoproteínas salivares, firmemente aderida aos dentes, cálculos e outras superfícies da cavidade bucal. Na maioria das vezes a placa se desenvolve sobre a película adquirida, que é um biofilme derivado da saliva que reveste toda a cavidade bucal.
A principal forma de prevenção das doenças gengivais, periodontais e dentárias é o Controle de Placa Bacteriana, que pode ser realizado de forma mecânica, química ou com a associação de ambas. Sahtler e Fischer (1996), sugerem a utilização de agentes químicos como coadjuvantes dos mecânicos incorporados em dentifrícios ou soluções para bochechos.
Existem pelo menos duas razões que justificam a utilização do método químico para o controle da placa, a primeira tem haver com o fato de que tanto a cárie quanto a doença periodontal são de origem bacteriana, e dessa maneira substâncias antibacterianas poderiam ser utilizadas para combatê-las; e a segunda é pelo fato de que há indivíduos que possuem dificuldades no controle mecânico de placa, e assim as substâncias antibacterianas compensariam a desmotivação para uma boa limpeza dos dentes. Existe ainda a possibilidade de se realizar o controle químico da placa através de agentes que atuam supra ou subgengivalmente.
Uma das substâncias químicas para controle da placa são os Compostos Quaternários de Amônia, que são agentes catiônicos tensoativos, o que favorece sua atração sobre as superfícies dos dentes e da placa e alterando a tensão superficial. Neste grupo estão incluídos o cloreto de cetilpiridino (Cepacol e Scope), o cloreto benzalcônico e o cloreto benzetônico. O cloreto de cetilpiridino é efetivo contra gram positivas, provocando o rompimento da parede celular bacteriana. Lascala (1997) relatou que este produto tem eficiência na redução de até 35% da placa e 21% da gengivite. Mendes et al. (1995) também fez afirmações em relação a este produto, onde na concentração de 0,5%, pode reduzir a formação de placa em 20 a 30%. Este produto é encontrado comercialmente sob a forma de soluções para bochechos em concentrações de 0,05% ou 0,1%. Algumas desvantagens em relação ao seu uso, são os efeitos colaterais, como manchas nos dentes, queimação e ulceração da mucosa, aumento da formação de cálculo e descoloração da língua.
REFERÊNCIAS
LASCALA, N. T. (1997). Promoção de saúde bucal. 1. ed. São Paulo: Editora Artes Médicas Ltda., p.120-185. Acesso em: 10 de Novembro de 2017
MENDES, M. M. S. G. et al. (1995). “Agentes químicos para controle de placa bacteriana.” Revista Periodontia, v.5, n.2, p.253-256, jul/dez. Acesso em: 10 de Novembro de 2017
SATHLER, L. W. L.; FISHER, R. G. (1996). “O efeito anti-placa do triclosan contido em dentifrícios.” Revista Periodontia, p.267-272, jan/jun. Acesso em: 10 de Novembro de 2017
GEBRAN, M. P.; GEBERT, A. P. O. Controle químico e mecânico de placa bacteriana. Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 26, FCBS 03, p. 45-58, Curitiba, jan. 2002. Acesso em: 10 de Novembro de 2017
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