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Comparação de Técnicas Cirúrgicas: Revisão de Literatura

Por:   •  6/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  677 Visualizações

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Bichectomia – Comparação de Técnicas Cirúrgicas: Revisão de Literatura

Bichectomy - Comparison of Surgical Techniques: Literature Review

[pic 1]Chyuiene Rodrigues Pavão ¹

Fernanda Brasil de Almeida ¹[pic 2]

Isabella Luise da Silva Improta ¹

Luiza Tavares Cavalcanti de Oliveira ¹

[pic 3]

Instituição: Trabalho realizado na Universidade Unigranrio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Artigo submetido: 26/09/2016.

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¹  Estudantes de graduação da Universidade Unigranrio – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Introdução:

  Heister foi quem primeiro descreveu a Bola de Bichat em 1732, acreditando que essa estrutura era de natureza glandular. Através de estudos minuciosos realizados em cadáveres, em 1802, Bichat descobriu se tratar na verdade de uma bolsa de gordura, denominada desde então de Bola de Bichat. Por estar associada aos músculos da mastigação, sua função se destaca em crianças atuando na área de sucção em fase lactante.

[pic 5]

Figura I – Foto de Marie François Xavier Bichat, em 1802.[pic 6]

  Com o passar do tempo e o crescimento do indivíduo e de suas estruturas faciais subjacentes, a Bola de Bichat tende a diminuir relativamente de tamanho quando comparado à fase lactante.

  Bichectomia ou bichatectomia, que é o termo mais correto, ou simplesmente cirurgia de bochecha para os leigos, é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção da Bola de Bichat. Esta bolsa de gordura pode ser responsável por dar uma aparência de sobrepeso para o indivíduo, além de promover uma desarmonia no contorno facial. Desta forma, a retirada apropriada da Bola de Bichat de rostos muito redondos ou ovalados permite um contorno mais definido da região média e inferior da face. Além disso, esse procedimento estético é comumente procurado para alcançar uma aparência mais jovial.

  Devido à sua localização anatômica, a Bola de Bichat tem íntima relação com ramos do nervo facial, com o ducto parotídeo e a artéria e veia facial. Por isso, faz-se necessário um cirurgião experiente e conhecedor da anatomia facial para a correta retirada desta bolsa de gordura permitindo resultados estéticos surpreendentes do contorno facial e evitando complicações cirúrgicas.

  Essa cirurgia, sendo de pequeno porte, é bastante segura e pode ser realizada em consultório com ou sem sedação.

Figura II – Imagem anatomicamente ilustrativa da posição da Bola de Bichat.

  O objetivo do presente estudo é, além de esclarecer o tema bichectomia, descrever suas técnicas cirúrgicas comparando registros de diferentes autores, assim como, as possíveis complicações deste procedimento.

Metodologia:

  A metodologia atual se trata de uma revisão de literatura baseada em artigos originais de casos clínicos e de pesquisa, publicados na base de dados da Revista Folia Dermatológica Peruana - Vol. 8 Nº 1 - março de 1997, da Revista de Actualización Clínica Vol. 48 - ano de 2014 e do Diário Advances in Dentistry and Oral Health - agosto de 2015, nas línguas espanhola e inglesa. Também foram consultados livros relacionados à temática. Destes materiais foram extraídas informações sobre o procedimento cirúrgico de bichectomia, comparando as técnicas utilizadas durante o período cronológico entre as publicações. [pic 7]

Revisão de literatura:

  Para revisão de literatura utilizamos, como base, toda informação descrita no artigo “Extracción de la bola de Bichat: Una operación simple con sorprendentes resultados” (1997) de Nicolich F. e Montenegro C., no qual os autores descrevem a técnica cirúrgica utilizada para a realização da bichectomia.

  Portanto, segundo Nicolich F. e Montenegro C. existem dois caminhos para a extração da Bola de Bichat: uma abordagem extrabucal e outra intrabucal.

  A abordagem externa consiste na cirurgia de Lifting Facial, a qual é mais perigosa devido à proximidade do  nervo facial com a bolsa de gordura. Primeiro, realiza-se uma incisão horizontal de 1cm na borda anterior  do masseter, abaixo da comissura labial. Feito isso, divulsionam-se as fibras do músculo e a gordura aparece com uma tração muito suave.  

  Sobre a abordagem interna, Nicolich F. e Montenegro C. descrevem ser esta, a técnica mais indicada. Desta forma, realiza-se uma incisão à 5mm do sulco

Figura III – Imagem ilustrativa da incisão intra-oral defendida por Nicolich F. e Montenegro C.

gêngivo-labial superior na altura do 2º pré-molar, se estendendo 2cm, paralelo ao sulco. Em seguida, é feita a divulsão das fibras do músculo bucinador e com uma ligeira pressão na bochecha, a Bola de Bichat é exposta com uma cápsula delgada. Cada cavidade é tamponada com gaze seca, que é removida logo após a intervenção. Além disso, muitas vezes não requer sutura.

Figura IV - Foto do procedimento cirúrgico com a técnica intra-oral.

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Figura V – Bola de Bichat com o volume médio de 9,6ml e peso igual a 9,3g.

Discussão:

  As técnicas descritas por Nicolich F. e Montenegro C. foram publicadas no ano de 1997. Sendo assim, artigos mais recentes podem ser utilizados para comparar às técnicas mais atuais e averiguar a influência das diferenças de protocolo no resultado final.

  Segundo Quispe D. G. P. e Lupa C. L. (2014) a técnica cirúrgica para bichectomia pode ser feita com incisões de até 1 cm, evitando cicatrizes visíveis ao final do procedimento. Esta afirmativa se  contrapõe ao que foi dito por Nicolich F. e Montenegro C. (1997), os quais defendem uma incisão com extensão de 2cm. [pic 9]

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