A IMPORTÂNCIA DA ESTETICISTA NO PÓS OPERÁTORIO DE ABDOMINOPLASTIA

A IMPORTÂNCIA DA ESTETICISTA NO PÓS OPERÁTORIO DE ABDOMINOPLASTIA

Fabrícia Ferreira dos Reis¹

                                                                                                         Ana Maria Rosalem Dazzi²

 

RESUMO:A abdominoplastia é uma das cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil. O ato cirúrgico consiste em uma agressão tecidual que pode lesar a funcionalidade de tais tecidos. Esta pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica para identificar a importância da atuação da esteticista no pós-operatório de abdominoplastia. A esteticista atua de forma satisfatória na diminuição do edema, da dor, tratando e evitando a formação de aderência cicatricial e equimose. Este trabalho tem como objetivo descrever os efeitos do tratamento com o Ultrassom, Radiofrequência e Drenagem Linfática Manual durante as diferentes fases de reparação tecidual.

 

PALAVRAS-CHAVE:  Abdominoplastia. Pós-operatório. Drenagem Linfática Manual. Radiofrequência. Ultrassom. Benefícios.

 

 

  

THE IMPORTANCE OF THE AESTHETICIAN IN THE OPERATING POST OF ABDOMINOPLASTY

ABSTRACT: Abdominoplasty is one of the most accomplished aesthetic plastic surgeries in Brazil. The surgical act consists of a tissue aggression that can impair the functionality of such tissues. This research was performed through a literature review to emphasize the importance of beautician follow - up in postoperative abdominoplasty. The behavior of the beautician in the postoperative aims to decrease edema, pain, treat and avoid formation of scarring and bruising. This study aims to describe the effects of treatment with ultrasound, radiofrequency and manual lymphatic drainage during the different phases of tissue repair.

KEYWORDS: Abdominoplasty. Postoperative. Manual lymphatic drainage. Radio frequency. Ultrasound. Benefits. 

             

 

 

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¹ Acadêmica do Curso de Estética e Cosmética da Faculdade Novo Milênio

² Professora Orientadora

INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje a incansável busca pela beleza e por um padrão de corpo perfeito vem aumentando expressivamente. A procura por um corpo perfeito, estruturalmente bem formado, tem levado cada dia mais pessoas a procurarem procedimentos estéticos e cirúrgicos, a fim de alcançar o corpo dos sonhos. Tais procedimentos são indicados para melhorarem a autoestima, bem-estar e corrigir possíveis cicatrizes e sequelas muitas vezes consequência de cirurgias anteriores (GUIRRO, 2004).

O descontentamento com o próprio corpo e a vontade de recuperar a autoestima tornou a cirurgia plástica à solução. Uma boa intervenção cirúrgica e os cuidados estéticos, pré e pós-operatórios, são aspectos preventivos de possíveis complicações e realização de um resultado satisfatório.

A palavra abdominoplastia corresponde a um conjunto de técnicas cirúrgicas para o reparo de alterações da região abdominal. A abdominoplastia se destina a remoção de gordura localizada no abdômen, bem como a flacidez de pele (MAUAD, 2001).

O acompanhamento estético no pós-operatório de abdominoplastia se faz necessário para a obtenção de um resultado satisfatório da cirurgia, os principais recursos utilizados são: ultrassom, radiofrequência e drenagem linfática manual, eles são utilizados na prevenção de complicações e na recuperação do paciente. Esse acompanhamento tem por objetivo, a diminuição do edema e do quadro álgico, a estimulação local e a obtenção de um bom processo de cicatrização, reduzindo assim o tempo de recuperação do paciente (BORGES, 2010).

O objetivo deste trabalho é analisar por meio de revisão bibliográfica a importância da esteticista no pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia plástica de abdominoplastia, abordando os tipos de abdominoplastia, as possíveis complicações e como a esteticista pode ajudar no pós-operatório.

1 ABDOMINOPLASTIA

Segundo Mauad (2001), a palavra abdominoplastia ou dermolipectomia equivale a um conjunto de técnicas cirúrgicas para o reparo de alterações da região abdominal. É importante para a esteticista o conhecimento da anatomia da região abdominal e das técnicas aplicadas na abdominoplastia clássica. Pois assim terá mais segurança em atuar no pós-operatório.

Segundo Mauad (2001) é importante que a esteticista tenha conhecimento das estruturas anatômicas da parede abdominal anterior, tendo em vista que as cirurgias plásticas de abdomem ocorrem comumente nesta região.

1.1 ASPECTO ANATÔMICO

Mauad (2001) apresenta três definições importantes para o conhecimento da esteticista sobre os aspectos anatômicos do abdome, são eles: limites, regiões e os músculos da parede abdominal anterior.

O limite da parede abdominal anterior acima é pelo “[...] apêndice xifoide do esterno e pelas cartilagens costais da sétima e da decima costela. Abaixo apresenta as cristas ilíacas bilateralmente, como a espinha do púbis e a sínfise púbica” (MAUAD, 2001, p.16).

Segundo Mauad (2001), podemos delimitar as regiões utilizando dois planos horizontais e dois verticais, e então temos: a região epigástrica e hipocôndrios direito e esquerdos; região umbilical e flancos direito e esquerdo; zona hipogastro, ou suprapúbica, e fossas ilíacas direita e esquerda.

Os músculos da parede abdominal anterior estão situados abaixo da pele e do panículo adiposo. A parede abdominal é constituída por quatro músculos principais, sendo eles: oblíquo menor, obliquo maior, transverso e reto do abdome. Esses músculos são essenciais, pois são responsáveis por estabelecer a tonicidade da parede abdominal, além também de ser indispensável por manter a postura, a locomoção e a função intestinal (MAUAD, 2001).

1.2 TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Segundo Guirro (2004) existem inúmeras técnicas de cirurgia plástica que abrangem a abdominoplastia, sendo a mais comum dentre elas a incisão infraumbilical com transposição do umbigo.

Segundo Mauad (2001) a cirurgia inicia-se com a marcação das incisões, depois disso é feito o descolamento da pele e tecido gorduroso da porção anterior dos músculos abdominais. O umbigo é mantido em sua posição natural, junto à aponeurose. Após o completo descolamento do tecido gorduroso, os músculos abdominais são aproximados por meio de uma sutura (correção de diástase).