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Fisioterapia Dermato Funcional No Tratamento Das Estrias Corporais

Por:   •  23/12/2024  •  Projeto de pesquisa  •  5.828 Palavras (24 Páginas)  •  6 Visualizações

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FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS CORPORAIS

Nome Orientador – Flavia de Araujo Berrenguer de Santana

Nome do aluno – Liliane Ripardo Silva

Matricula - 01421669

RESUMO

A fisioterapia dermatofuncional tem se consolidado como uma abordagem eficaz no tratamento das estrias corporais, oferecendo soluções integradas que visam a melhoria estética e funcional da pele. O objetivo geral do presente estudo foi discorrer sobre os recursos mais utilizados no tratamento das estrias dentro da fisioterapia dermatofuncional. O presente estudo foi uma revisão de literatura de caráter descritivo e qualitativo. O local da busca bibliográfica foi em bases de dados online, sendo elas Periódicos Capes, BVS, PubMed e Google Acadêmico. O período da busca foi de 10 anos, sendo de 2014 a 2024. Através de técnicas avançadas como radiofrequência, laser, microagulhamento e massagens terapêuticas, essa especialidade estimula a regeneração do tecido e a produção de colágeno, promovendo a redução da visibilidade das estrias e a melhora da elasticidade da pele. Além das intervenções físicas, a fisioterapia dermatofuncional também enfatiza a importância da orientação ao paciente sobre cuidados com a pele e a adoção de hábitos saudáveis, potencializando os resultados dos tratamentos e contribuindo para um aumento significativo na autoestima e bem-estar geral.

Palavras-chave: Fisioterapia. Estrias. Tratamento. Dermatofuncional.

  1. INTRODUÇÃO

Atualmente, o contexto ideal do físico perfeito e as padronizações da beleza impostas pela sociedade têm provocado preocupações nas pessoas em relação à sua imagem corporal, resultando na busca por tratamentos estéticos para melhorar seus corpos e alcançar o tão desejado corpo perfeito (Souza, 2014). Devido a essa imposição, indivíduos com diversas alterações estéticas apresentam baixa autoestima por causa da aparência. Entre as várias afecções estéticas, destacam-se as estrias, cujo surgimento deixa os indivíduos insatisfeitos, motivando uma busca insaciável pela melhora de seu padrão de beleza (Dorneles et al., 2021).

As estrias são lesões atróficas de natureza estética, resultantes da destruição das fibras elásticas e colágenas. Inicialmente, apresentam-se avermelhadas, depois tornam-se esbranquiçadas e brilhantes (nacaradas). Há evidências de que seu aparecimento não se deve apenas a fatores mecânicos e endocrinológicos, mas também à predisposição familiar e genética, levando ao desequilíbrio das estruturas que compõem o tecido conjuntivo. As regiões mais afetadas são as coxas, glúteos e abdômen, áreas mais sensíveis ao estiramento exagerado da pele, afetando cerca de 15 a 20% da população (Borges; Scorza, 2016).

Embora as estrias não estejam diretamente ligadas a questões de saúde, causam desconforto e podem gerar problemas estéticos e até psicológicos. Isso explica o aumento na procura por tratamentos e técnicas cada vez mais modernas e eficazes para solucionar o problema (Rezende; Pinheiro; Mendonça, 2016). No que se refere às estrias, as lesões cutâneas, tanto na forma vermelha quanto na forma branca, quanto mais antigas, menor será a vascularização e, consequentemente, menor será a probabilidade de eficácia dos procedimentos estéticos escolhidos (Lima, 2016).

Na busca por tratamentos que minimizem as estrias, destaca-se o emprego de recursos pela fisioterapia dermatofuncional, que visam promover um intenso processo inflamatório nos tecidos afetados, buscando a regeneração dos mesmos e causando uma mudança na derme, com o intuito de recuperar a homeostase morfológica e histológica da área anatômica (Costa, 2016). A fisioterapia dermatofuncional oferece diversos recursos para o tratamento das estrias, como eletrolifting, carboxiterapia, laser de baixa potência, microdermoabrasão, galvanopuntura, além de tratamentos mais recentes como Luz Intensa Pulsada (IPL), Radiofrequência (RF), Dermotonia, Carboinfusão e Peeling Químico (Facundo, 2014).

Esses recursos estimulam a produção de novas fibras na pele, capazes de preencher os rompimentos causados pelas estrias. Eles provocam lesões que penetram nos gaps das estrias e, em alguns casos, utilizam corrente elétrica para aumentar o processo inflamatório, promovendo posterior reparo tecidual (cicatrização) e a formação de um novo tecido. Além disso, aumentam a circulação e a nutrição da área tratada, facilitando a produção de colágeno e a elasticidade da pele (Dorneles et al., 2021).

Mediante ao exposto, surgiu a seguinte questão norteadora: quais os recursos mais utilizados no tratamento das estrias dentro da fisioterapia dermatofuncional?

Para responder a problemática o objetivo geral do presente estudo foi discorrer sobre os recursos mais utilizados no tratamento das estrias dentro da fisioterapia dermatofuncional.

A justificativa do presente estudo reside na necessidade crescente de soluções eficazes para uma condição estética que afeta uma parcela significativa da população. As estrias, sendo lesões atróficas decorrentes da destruição de fibras elásticas e colágenas, causam não apenas desconforto físico, mas também impactam negativamente a autoestima e a saúde psicológica dos indivíduos. Este estudo se justifica ao explorar e validar técnicas inovadoras e tradicionais da fisioterapia dermatofuncional, como eletrolifting, carboxiterapia, laser de baixa potência e outros, promovendo uma abordagem científica para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

  1. Estrias

O conceito de estrias refere-se a lesões na derme, que são majoritariamente lineares e paralelas, apresentando um aspecto atrófico. Elas são caracterizadas pela cor que adquirem durante o processo inflamatório inicial: inicialmente aparecem avermelhadas devido à dilatação dos vasos sanguíneos, sendo classificadas como estrias rubras, e posteriormente tornam-se pálidas, visivelmente afundadas e geralmente enrugadas, conhecidas como estrias alba (Lopes; Vieira; Trajano, 2015).

Essas lesões diminuem a espessura da pele na região afetada, sendo atribuídas à modificação das fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela sustentação da pele. A alteração dessas fibras de suporte pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo aspectos genéticos, mecânicos e endócrinos, que levam à quebra das fibras e à depressão da pele. Embora as estrias afetem tanto homens quanto mulheres, elas são mais comuns em mulheres devido à sua maior sensibilidade às causas dessa disfunção, especialmente as altas variações hormonais que ocorrem durante a adolescência e a gravidez (Reis; Vieira, 2018).

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