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Tomografia

Por:   •  4/5/2015  •  Artigo  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  630 Visualizações

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Segredos da Tomografia (I)

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A Tomografia Computadorizada é um dos métodos de diagnóstico por imagem que mais evoluiu nos últimos anos. Com o advento do CT Helicoidal, aumento do número de detectores e evolução dos softwares acoplados no equipamento, a tomografia adquiriu novas possibilidades diagnósticas e evoluiu para apresentação tridimensional das imagens adquiridas com detalhamento de estruturas anatômicas, anteriormente não visibilizadas.

A partir desta semana o Radiology.com.br, dentro de um projeto de incremento de conteúdos científicos e atendendo solicitação de um grande número de leitores, passa a apresentar a seção/comunidade “Segredos da Tomografia”. Nesta seção esperamos abordar tópicos diversos, variados, encadeados, desde os preceitos básicos até as últimas novidades do setor.

Contamos com a sua leitura e participação!


Segredos da Tomografia I

Segundo o livro Tomografia Computadorizada de Dominique Doyon, um dos inventores da Tomografia o físico americano A. M Cormack demonstrara, desde 1963, que era possível determinar os coeficientes de absorção de uma estrutura plana e medir em certo número de direções, as variações de intensidade do feixe ou dos feixes transmitidos. Chegou a construir um modelo experimental, utilizando um estreito feixe de raios gama; com um contador de Geiger-Muller, ele mediu a intensidade do feixe transmitido, propondo que tais resultados seriam possíveis com o Raio X.

Foi em 1976 que G. M Hounsfield deu início às suas pesquisas acerca do reconhecimento das imagens e das técnicas de armazenamento de dados em computador. Na época, o engenheiro dirigia a seção Médica do Laboratório Central de Pesquisas da empresa EMI (Electrical Musical Instruments, que fizera fortuna com os discos dos Beatles...).

A hipótese de base do programa de pesquisa da EMI era que todas as medidas de transmissão dos raios X através de um corpo, a partir de todas as direções possíveis, continham todas as informações acerca dos constituintes desse corpo. Rapidamente compreendeu-se que apenas o computador seria capaz de efetuar o número de cálculos necessários para tanto.

Hounstein teve a idéia genial de detectar os raios X com um cristal que emitisse uma luz visível quando exposto aos raios X.

Foi em 1º de outubro de 1971 que foi realizada a primeira tomografia computadorizada do crânio em um hospital de Londres, com rápidos progressos. E desde 1973 os “tomógrafos” EMI espalham-se pelos Estados Unidos e pela Europa. Na França o primeiro aparelho foi instalado apenas em 1975, na cidade de Marselha.

O que é Tomografia Computadorizada

Trata-se de um método de diagnóstico por imagem, que se aplica à medicina, que utiliza raios X para formação de imagens seccionais do corpo humano. Dentre as várias definições de Tomografia Computadorizada possíveis podemos utilizar o conceito técnico: método de medida da densidade radiológica dos volumes elementares de um corte.

Fornece imagens de um corte do corpo, com estudo das densidades cuja precisão é superior a 100 vezes à obtida por uma imagem radiológica convencional.

A Tomografia Computadorizada (CT) estuda a atenuação de um feixe de raios X no curso de sua travessia, de um segmento do corpo.

O estudo da atenuação se faz em um feixe de raios X, estreito, definido por uma colimação que envolve, ao mesmo tempo, o feixe e o detector de raios X. Os detectores são feitos de cristais de cintilação ou de câmaras de ionização que permitem quantificar as medidas. A sensibilidade é consideravelmente maior que a de um filme radiológico.

Geradores e detectores de raios X são acoplados por meio de uma montagem rígida que define um plano de detecção. Estando o objeto a ser estudado situado no feixe, o dispositivo fornece então uma medida da atenuação da irradiação nesse plano.

Através dos detectores, obtemos uma série de medidas da atenuação resultantes da travessia de um segmento do corpo pelos raios X; uma única dessas projeções não é suficiente para reconstituir a estrutura do corte. Um movimento de rotação do conjunto em torno do grande eixo do objeto examinado permite então registrar uma série de projeções da atenuação (perfis) resultantes da travessia do mesmo corte segundo diferentes direções.

A utilização de métodos matemáticos complexos que requerem o emprego de computadores, por “retroprojeção” dos diferentes perfis, leva à construção da imagem da distribuição dos coeficientes de atenuação no nível da seção estudada.

O princípio de reconstrução da imagem numérica é análogo ao do cálculo dos números contidos em uma matriz, da qual conhecemos as somas, segundo diferentes eixos (colunas e linhas).

Ref: Tomografia Computadorizada D. Doyon, P. Halimi,E.A. Cabanis,B. Roger,J.Frija e F. Domengie Sacanner à Rayons X – Tomodensitomêtrie.

Nas próximas seções:

*Cálculo Matricial Efetuado Pelo Computador.
*Quem pode realizar o exame

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