Pleuropneumonia Suína
Por: andreapicoli • 6/6/2018 • Trabalho acadêmico • 4.805 Palavras (20 Páginas) • 392 Visualizações
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CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
ANDRÉA CRISTINA PÍCOLI
MARCELLA GENEROSO
TAÍS TURATI PÍCOLI
PLEUROPNEUMONIA SUÍNA
Espírito Santo do Pinhal
2018
ANDRÉA CRISTINA PÍCOLI
MARCELLA GENEROSO
TAÍS TURATI PÍCOLI
PLEUROPNEUMONIA SUÍNA
Trabalho para avaliação da matéria de Zootecnia de Suínos.
Professor: Manoel de Castro Leite Netto
Curso: Medicina Veterinária.
Turma: 5ºano / 9ºnível
Espírito Santo do Pinhal
2018
LISTA DE ABREVIAÇÕES
APP – Actinobacillus pleuropneumonae
CAMP – Christie, Athkins e Munch-Petersen
CPS – Polissacarídeos capsulares
K- Cápsula
LPS – Lipossacarídeos
PPS – Pleuropneumonia suína
SUMARIO
1. INTODUÇÃO 05
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 06
2.1. Agente Etiológico 06
2.2. Aspectos Epidemiológicos 07
2.3. Fatores de Virulência 08
2.4. Fatores de Risco 09
2.5. Sinais Clínicos 10
2.6. Diagnóstico 11
2.7. Tratamento 13
2.8. Controle e Profilaxia 13
3. CONCLUSÃO 15
4. REFERÊNCIAS 16
1. INTRODUÇÃO
A suinocultura brasileira apresentou, nas duas últimas décadas, considerável evolução técnica, acompanhando as transformações do setor no mundo, passando de uma atividade complementar nas pequenas propriedades familiares para uma atividade tecnificada e empresarial (SCOLARI, TALAMINI, 2001).
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína, possui um plantel de aproximadamente 39 milhões de cabeças, aumentando a cada ano sua produção e ampliando as exportações no mercado internacional (RAPPA, 2014). E neste cenário de crescimento, a preocupação com a qualidade da carne suína vem se introduzindo, tendo-se vários focos prioritários para o alcance dessa característica, sendo um deles a questão da sanidade suína (JARDIM, 2017)
A boa situação sanitária da suinocultura brasileira é evidenciada pelos índices produtivos alcançados por seus rebanhos tecnifcados, que são semelhantes aos de outros países, onde a atividade também é desenvolvida (ZANELLA et al, 2016).
Desde os primórdios da criação suína sabe-se que a maioria das doenças pode ser evitada por simples práticas de manejo. As doenças mais frequentemente encontradas nessa espécie são controladas através do fornecimento de um bom alojamento e alimentação, e através de um programa que inclua simples práticas de manejo para a prevenção de doenças comuns (BRUM et al, 2013).
Dentre as diversas enfermidades que acometem a suinocultura, as doenças respiratórias dos suínos costumam se apresentar de forma enzoótica e estão difundidas na maioria das criações brasileiras, com elevados prejuízos econômicos (ZANELLA et al, 2016).
As perdas econômicas decorrentes dos problemas respiratórios são bastante sérias e recaem tanto sobre os produtores como sobre a indústria. Sobre os primeiros, em consequência dos gastos com medicamentos, redução do desenvolvimento corporal dos animais afetados e mortalidade, e sobre a indústria, pela condenação de carcaças (KRISTENSEN et al, 2004).
Agentes infecciosos associados a fatores de risco presentes nos rebanhos podem ocasionar quadros clínicos respiratórios complexos, fazendo parte desta lista de agentes patógenos o Actinobacillus pleuropneumoniae causador da pleuropneumonia suína (ZANELLA et al, 2016).
O presente trabalho aborda aspectos etiológicos, epidemiológicos, sinais clínicos, diagnósticos e tratamento da pleuropneumonia suína que acomete os rebanhos de suínos, sendo observadas frequentemente em abatedouros.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Agente etiológico
O trato respiratório dos suínos pode ser comumente colonizado por patógenos bacterianos e virais. As doenças respiratórias são as responsáveis por grandes perdas econômicas na suinocultura, com destaque para pleuropneumonia suína (NASCIMENTO et al, 2016). A sua importância deriva, não somente, do fato da pneumonia poder conduzir à morte, mas também da redução da produção, aumento do índice de conversão e custos associados à terapêutica e profilaxia (COELHO et al, 2004).
A pleuropneumonia suína é uma enfermidade infectocontagiosa causada pelo Actinobacillus pleuropneumoniae (APP), que afeta suínos de todas as idades, causando grave lesão no pulmão e na pleura, contudo, leitões em crescimento pertencentes a rebanhos cronicamente infectados são os mais vulneráveis e severamente afetados (VAZ, SILVA, 2004; SANTOS et al, 2013; RUIZ et al, 2005; BRITO et al, 2008, ZANELLA et al, 2016), podendo se apresentar na forma aguda, sub aguda e crônica (MACHADO et al, 2001; SOUZA et al, 2008).
A doença acomete, principalmente, propriedades onde a suinocultura é intensiva e confinada, o agente pode ser encontrado nos animais sem causar sintomatologia, sendo normalmente carreado por portadores assintomáticos ou portadores da forma crônica, na qual o Actinobacillus pleuropneumoniae se localiza em nódulos pulmonares, abcessos e/ou nas tonsilas (NASCIMENTO et al, 2016; RUIZ et al, 2005).
O agente etiológico da pleuropneumonia é o Actinobacillus pleuropneumoniae, pertencente à família Pasteurellaceae, é um cocobacilo, Gram-negativo, imóvel, anaeróbio facultativo, pleomórfico, produz betahemólise em ágar sangue e urease-positiva (NASCIMENTO et al, 2016).
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