Princípio ativo/ substância tóxica: Cristais de oxalato de cálcio, dumbcaína e Saponinas
Por: Jhenifer Eustaquio • 29/8/2018 • Trabalho acadêmico • 5.614 Palavras (23 Páginas) • 1.364 Visualizações
Dieffenbachia sp.
Família: Araceae.
Gênero: Dieffenbachia
Espécie: Dieffenbachia sp.
Nome popular: Comigo-ninguém-pode e Aningapara.
Princípio ativo/ substância tóxica: Cristais de oxalato de cálcio, dumbcaína e Saponinas.
Mecanismo de ação:
Essas plantas possuem células especializadas, idioblastos, que guardam uma grande quantidade de pequenos cristais de oxalato de cálcio em forma de agulhas, que recebem o nome de ráfides que está carregada de uma espécie de seiva que contém dumbcaína, que causa lise das membranas celulares. Quando a planta é mastigada, os idioblastos injetam as ráfides nos lábios e na língua, provocando intensa inflamação local e corrosão. Na intoxicação intradérmica ou ocular, as ráfides e os cristais são expulsos dos órgãos da planta e perfuram as camadas da pele ou dos olhos causando irritação local.
O único papel das saponinas é intensificar a ação dos cristais de oxalato de cálcio.
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Espécies acometidas: Canina, felina e, mais ocasionalmente, bovinos, equinos e ovinos.
Principais sintomas:
Edema de língua, lábios e da face, sialorréia, dificuldade de apreensão de alimentos obstrução das vias aéreas superiores, asfixia e até a morte, e necrose do epitélio da mucosa bucal. Lesão de córnea caso entre em contato com os olhos.
Achados necroscópicos:
Acentuada alteração necrótico-degenerativa do epitélio da língua, formação de grandes fendas entre o extrato basal e o extrato espinhoso, infiltrados polimorfonucleares e necrose coagulativa de fibras musculares adjacentes à mucosa.
Na intoxicação aguda que ocorre em bovinos e ovinos os achados necroscópicos são congestão e aumento de volume dos rins e nítida separação entre o córtex e a medula por uma linha branca, que resulta do acúmulo de sais de oxalato. Pode haver hemorragias e edema da parede do rúmen e derrames cavitários.
Na intoxicação crônica em equinos os achados de necropsia são osteodistrofia fibrosa, presença de cálculos renais, uretrais e na bexiga.
Philodendron
Família: Araceae.
Gênero: Philodendron
Espécie: Philodendron sp.
Nome popular: Imbé, Filodendro, Guaimbê, Manacá.
Princípio ativo/ substância tóxica: Cristais oxalato de cálcio.
Mecanismo de ação:
Os cristais apresentam extremidades cortantes que perfuram as mucosas, injetando nelas a seiva contendo proteína. Esta proteína provoca a lise das membranas celulares liberando histamina, serotonina e outras aminas, desencadeando um intenso processo alérgico responsável pela formação de edemas.
Parte tóxica: Todas as partes da planta.
Espécies acometidas: Bovina, equina, ovina, canina e felina.
Principais sintomas:
Irritação oral, dor intensa, eritrema, edema de glote, lábio, língua, palato e faringesialorreia, disfagia, asfixia, cólicas abdominais, náuseas, êmese e diarreias, prurido severo e dificuldade respiratória em casos mais graves, pode ocorrer alteração da função renal (nefrotóxica) e alterações neurológicas.
Caso entre em contato com os olhos poderá gerar irritação, intensa congestão, edema local, fotofobia e lacrimejamento.
Achados necroscópicos:
Edema e escoriação da língua, bochechas e glote, e, uma grande irritação em face.
Monstera deliciosa
Família: Araceae
Gênero: Monstera
Espécie: Monstera deliciosa
Nome popular: Costela de Adão.
Princípio ativo/ substância tóxica: Cristais de oxalato de cálcio e saponinas.
Mecanismo de ação:
Os cristais de oxalato de cálcio na forma de feixes de micro agulhas contidas numa cápsula de gelatina, causam lesão inflamatória na mucosa da orofaringe e liberação de histamina pelos mastócitos, desencadeando intenso processo alérgico, podendo levar ao edema de glote e o animal morrer por asfixia.
Parte tóxica: Caule, folhas e látex.
Espécies acometidas: Canina e felina.
Principais sintomas:
Náuseas, sialorreia intensa, prurido intenso na face, edema na região da face, êmese, paralisia de língua.
Contato com os olhos pode levar a lesão da córnea.
Achados necroscópicos:
Edema e infiltrado inflamatório em região de face, lábios, língua e orofaringe.
Anthurium sp.
Família: Araceae.
Gênero: Anthirium
Espécie: Anthurium sp.
Nome popular: Antúrio.
Princípio ativo/ substância tóxica: Cristais de oxalato de cálcio.
Mecanismo de ação:
Os cristais apresentam extremidades cortantes que perfuram as mucosas, injetando nelas a seiva contendo proteína. Esta proteína provoca a lise das membranas celulares liberando histamina, serotonina e outras aminas, desencadeando um intenso processo alérgico responsável pela formação de edemas.
Parte toxica: Todas as partes da planta.
Espécies acometidas: Canina e felina.
Principais sintomas:
Irritação e edema na mucosa da boca, faringe e laringe, prurido por toda face, em intoxicações mais graves pode causar náuseas, êmese, sensação de queimação, sialorreia abundante, disfagia e asfixia causada pelo edema desencadeado pela intensa reação inflamatória.
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