SISTEMA DE MANEJO NUTRICIONAL AUTOMÁTICO DE CONCENTRADO NO COMBATE À LAMINITE
Por: vanessaalbanez • 21/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.285 Palavras (10 Páginas) • 506 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE – UNIBH
SISTEMA DE MANEJO NUTRICIONAL AUTOMÁTICO DE CONCENTRADO NO COMBATE À LAMINITE
BELO HORIZONTE
JUNHO/2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE – UNIBH
SISTEMA DE MANEJO NUTRICIONAL AUTOMÁTICO DE CONCENTRADO NO COMBATE À LAMINITE
Trabalho Interdisciplinar de Graduação – TIG – do 4˚ período de medicina veterinária, apresentado à banca examinadora do curso durante o Circuito Acadêmico.
INTEGRANTES: Cláudia Geralda Inácia Ribeiro, Daniel Dornas, Júlia Vieira Miranda Sales, Larissa Venuto Pereira, Soraia Luisa Quirino, Tamires Eloah Vitor de Olieveira, Vanessa Barbosa Albanez.
BELO HORIZONTE
JUNHO/2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 04
2. OBJETIVO 05
2.1. Objetivo Geral 05
2.2. Objetivo Específico 05
3. METODOLOGIA 06
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 06
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 07
REFERÊNCIAS 08
- INTRODUÇÃO
A criação de cavalo é geralmente uma atividade lucrativa para o empreendedor e ele busca alcançar sucesso por meio do desempenho do animal no seu respectivo campo de atuação. Entretanto, é necessário que se tenha organização, ou seja, além de todos os objetivos econômicos, os criadores devem buscar planejamentos organizacionais eficientes, recursos e aparatos tecnológicos que possam por sua vez, beneficiar o animal ao meio no qual é exposto (ORSOLINI, 2015). Há diversas opções de recursos que podem ser implementadas visando não só o manejo eficiente, como também a melhoria de condição de vida do animal (DANCIERI, 2010).
Abrangente entre os bovinos, o uso de tecnologia que visa melhorar o manejo, é adotado em função de muitas variantes, como por exemplo, alto custo da mão de obra rural, detecção precoce de doenças, avaliação do consumo e comportamento alimentar, entre outros. Há criações que fazem uso das tecnologias para ter, além do benefício de um manejo padronizado, saída para o problema da mão de obra que está cada vez mais escassa e onerosa. (PAIVA, PEREIRA, TOMICH, POSSAS, 2015). No caso dos equinos, a introdução de sistemas automatizados também tem um papel importante na prevenção de doenças e agindo também como substituto de uma mão de obra cara e escassa.
Os herbívoros não ruminantes são fermentadores intestinais caudais, ou seja, apresentam uma digestão enzimática no intestino delgado (ID), seguindo- se de uma microbiana no intestino grosso (IG), a qual é a mais importante (ANDRIGUETTO, 2002). O alimento concentrado tem sua digestão no estômago e intestino delgado, e por apresentarem uma capacidade estomacal de apenas 9% do volume total do trato digestório, exige que a oferta desse alimento seja quantificada e que siga os horários estipulados. Já os volumosos são digeridos no ceco e cólon que têm uma capacidade de 70% do volume total do trato digestório e por serem fibrosos passam rapidamente pelo intestino, conferindo também o bom funcionamento do órgão digestivo.
Tendo em vista essas características, o alimento concentrado não pode ser ofertado juntamente com o volumoso, pois por ter passagem rápida pelo intestino, levará consigo o concentrado, diminuindo assim seu aproveitamento e sobrecarregando o intestino grosso. A ingestão abusiva de grãos torna o ID incapaz de digerir o amido por meio da digestão enzimática, que então passará para o IG e servirá de um substrato a mais para a fermentação (HOFFMAN, 2009). Com o aporte excessivo de grãos, a taxa de ácido lático liberado pela microbiota será maior e isso provocará um quadro de acidose que matará a microbiota local que por consequência liberará sua toxina. Simultaneamente haverá reações inflamatórias – edema e hemorragia, que aumentarão a permeabilidade na mucosa do ceco levando a absorção dessas toxinas pela corrente sanguínea gerando uma resposta inflamatória sistémica. Sendo assim, o manejo sistemático nutricional é de extrema importância para se garantir o padrão da oferta de concentrado e evitando a inflamação secundaria, a laminite.
A laminite é uma inflamação na região do casco que provoca a separações das lâminas dérmicas e epidérmicas, sendo essas responsáveis pela ligação entre a falange distal e a muralha do casco. É um distúrbio secundário a um problema iniciado no aparelho digestório pela ingestão excessiva de grão que atingirá a circulação sistêmica e consequentemente a irrigação periférica. A hipoperfusão, que é causada pela vasoconstrição, pelo edema e pela abertura de anastomoses causarão isquemia podendo evoluir para necrose das interdigitações laminares, provocando assim, deformidades permanentes. Assim, ocorrerão falhas mecânicas com a rotação e o afundamento da terceira falange (falange distal) (BUSCH, 2009).
A irrigação e a drenagem sanguínea do casco são feitas pela artéria e veia digital comum, respectivamente. A artéria digital comum é originária da artéria palmar medial. A complexa rede de vasos sanguíneos é auxiliada por movimentos de extensão e contração dos cascos, dessa forma, movimentos dos talões auxiliam no retorno venoso que durante a locomoção ajuda a circulação venosa. No momento de contração do casco, as cavidades venosas enchem-se de sangue e, durante a expansão, o sangue é forçado para fora das veias. (DALIA, 2014).
Tendo em vista a eficácia das tecnologias aplicadas nas criações de bovinos, será proposto o desenvolvimento de um tratador automático para equinos, no qual a quantidade ofertada de alimento concentrado e os horários programados serão assegurados para assim evitar a laminite. Isso contribuirá para a solução da mão de obra reduzida, que será requerida apenas uma vez ao dia para realizar a inspeção dos reservatórios.
- OBJETIVO
2.1- OBJETIVO GERAL
Propor a criação de um comedouro automático de alimento concentrado para equinos;
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