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Síndrome Do Navicular Em Equinos

Por:   •  22/5/2024  •  Artigo  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  39 Visualizações

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SÍNDROME DO NAVICULAR EM EQUINOS - REVISÃO DE LITERATURA

Pablo Jhonsony de Moura Sousa

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Piauí, Bom Jesus, Piauí, Brasil.

*Email: pjhonsony@gmail.com

RESUMO - A  síndrome do navicular é uma doença degenerativa que afeta o osso sesamóide distal (navicular) em cavalos. É uma das causas mais comuns de claudicação  progressiva, crônica, unilateral ou bilateral dos membros anteriores, que pode ocorrer de forma repentina (na maioria das vezes) ou de forma aguda. Normalmente a síndrome é bilateral, mas a claudicação pode ocorrer unilateralmente. Alguns tratamentos são concebidos para reduzir ou parar a degeneração progressiva do escafóide ou para proporcionar alívio paliativo da dor. O tratamento normalmente inclui vários períodos  de descanso, cuidados com os cascos, colocação e uso adequado dos sapatos, medicamentos para melhorar a circulação, medicamentos antiinflamatórios, medicamentos específicos para  artrite e cirurgia.

Palavras chaves: Sindrome do navicular, osso sesamóide distal, equinos.

INTRODUÇÃO

A claudicação é uma das principais causas da redução do desempenho esportivo e pode levar à perda ou até mesmo à cessação do esporte equestre (JACKMAN, 2004; STASHAK, 2006). Uma das principais claudicações em cavalos de esporte é a síndrome do navicular, devido à dificuldade de resolução da causa e à prevalência de claudicação intermitente dos membros torácicos dos cavalos (TRAVASSOS, 2019).

A maior parte da claudicação que afeta cavalos afeta o esterno, com aproximadamente 95% originando-se distalmente aos ossos do carpo, geralmente envolvendo o aparelho troclear do pé, que inclui o osso sesamóide distal (osso navicular) e o sesamóide ligamentar (LSDI), o flexor dos dedos do os dedos dos pés. profundo (TFDP) e os tendões da bursa do pé. As doenças do mecanismo troclear torácico são causadas pelo fato desses membros suportarem 60-65% do peso corporal do animal, enquanto o peso dos membros posteriores é reduzido porque desempenham o papel de hélices (L.P. Souza, Z. Bortolini, T.R. Muller). e outros. 2017).

O diagnóstico é baseado em todas as informações coletadas durante a anamnese e exames realizados com pinça em ferradura, ultrassonografia, radiografias, ressonância magnética e obstrução do saco perineural e escafoide. O tratamento inclui algema de casco, administração de medicamentos anti-inflamatórios, penetração do saco navicular e abate do animal (SILVA et al., 2020). O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre o tema mencionado acima.

METODOLOGIA

O sesamoide distal é fusiforme e localiza-se na região palmar na junção das falanges média e distal (GETTY, 1986). O  sesamóide distal possui duas superfícies (flexora e articular), duas extremidades (proximal e distal) e duas extremidades (medial e lateral), e se soma à superfície articular distal da articulação do casco (DYCE; SACK; WENSING, 2004). É necessário compreender o funcionamento do escafóide em animais normais de diferentes idades, bem como em animais com sinais clínicos da síndrome. Como esta síndrome é geralmente bilateral, recomenda-se o exame de ambos os membros, pois  pode orientar a observação das alterações estruturais iniciais antes do aparecimento dos sintomas clínicos. A função do osso navicular é trazer a  superfície de deslizamento para uma posição onde o TFDP (tendão flexor profundo dos dedos) mude de ângulo (MACEDO, 2015).  A doença do escafóide é usada para indicar uma síndrome crônica progressiva. A origem exata da dor na claudicação do escafoide não é completamente compreendida. A doença afeta todas as raças e tipos de cavalos, mas raramente é observada em pôneis, árabes e  raças pesadas, e não é observada em burros e mulas. Ele não tem orientação sexual. Normalmente, a doença aparece entre as idades de 3 e 12 anos  e não há  evidências suficientes de que seja um distúrbio genético. (Macedo, 2015)

HISTÓRICO E SINAIS CLÍNICOS

Os cavalos afectados por esta síndrome apresentam uma claudicação crónica progressiva que  pode ser intermitente nas fases iniciais da patologia, mas que melhora num curto período, particularmente após repouso. Trote ou caminhada desorganizada e claudicação também são sintomas comuns nesses casos. Quando é aplicada pressão na área dolorida, o animal toca o solo primeiro com as patas e depois com os calcanhares, o que é o oposto do aspecto físico da pisada. Como resultado, o comprimento da passada pode ser encurtado e pode haver tendência a tropeçar. Outra tendência patológica comum é a sensibilidade na parte superior das solas dos pés. Em casos graves, o animal pode forçar-se a andar sobre os calcanhares, condição semelhante à observada na laminite.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da síndrome do escafóide baseia-se em: história médica; resultados do exame físico; diagnóstico radiográfico; Não há características para identificar a  síndrome do navicular. Caso haja suspeita,  devem ser obtidas radiografias de ambos os membros (TRHALL, 2010).  O bloqueio do nervo digital da mão é utilizado como  exame complementar porque alivia a dor, mas o animal pode continuar mancando por se tratar de um distúrbio mecânico que o bloqueio do nervo não consegue modificar (FLORINDO, 2010). Esta é a projeção palmar oblíqua dorsal proximal-distal; da projeção oblíqua palmar proximal-distal; Além do exame radiográfico, existem outros exames que podem auxiliar no diagnóstico da síndrome do escafoide, como: ultrassonografia; ressonância magnética (FLORINDO, 2010). O diagnóstico diferencial deve incluir pinçamento do calcanhar, fraturas da parede do casco, fissuras da parede posterior do casco, fraturas da falange navicular ou  distal, osteíte do pé, alterações plantares e artropatia da articulação do casco (SMITH, 2006).

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