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Etiologia Equinos

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Por:   •  16/5/2013  •  3.311 Palavras (14 Páginas)  •  1.087 Visualizações

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Etologia dos Equinos

“introdução”

No Brasil vivem quase 6 milhões de eqüinos, além de 3 milhões de asininos e muares, mantidos com diferentes interesses, utilidades e vínculos com os seres humanos.

O grupo dos eqüídeos contempla os cavalos (Equus caballus), os asininos ou jumentos (Equus asinus) e os muares. Estes são híbridos, cruzamento de jumento com égua, originando a mula (fêmea) ou burro (macho) ou, ainda, cruzamentos de garanhão com jumenta, originando o bardoto. São animais sociáveis e de vida livre.. A denominação para as fêmeas é égua, para os machos não castrados, garanhão e para os filhotes, potro.

Usados como meio de transporte desde a antiguidade estes animais durante muito tempo tiveram um papel importante no transporte, seja para montaria, puxando carroças, ou em campos de batalha nas guerras. Na agricultura foram utilizados para puxar o arado. Até a carne do cavalo já foi utilizada na culinária e sua pele na fabricação de roupas.

No presente momento esses animais são mais utilizados para fins esportivos, em competições como corridas, saltos, entre outros. Em corridas, algumas raças podem atingir os 70 km/h.

Os equinos vivem uma relação clara e direta com seus sentidos, todos ao mesmo tempo, declarando tudo o que percebem, preparando-se e adequando-se milimetricamente em seus espaços e distâncias. Ao descrever sobre o bem-estar animal, mais especificamente, dos cavalos geralmente fala-se muitas vezes sob o ponto de vista humano.

Durante milhões de anos os equinos evoluíram e seus sentidos foram sendo apurados minuciosamente com o único intuito de garantir sua sobrevivência. A domesticação dos cavalos é um ato recente.

Os equinos dentre todas as espécies animais são os que possuem melhores e mais bem datados achados paleontológicos condizentes com a sua grande capacidade grupal adaptativa. Todas essas descobertas trazem luz à etologia do cavalo atual.

Comportamento Reprodutivo

O período de gestação é de 11 meses na égua e 12 meses na jumenta, com o nascimento geralmente de um animal. Partos gemelares podem ocorrer, porém não são comuns. O aleitamento materno dura, em média, 6 a 8 meses.

A puberdade ocorre por volta de um ano de vida, sendo que os animais não devem ser utilizados na reprodução antes dos 24 meses. Com 5 anos, quando da troca completa da dentição decídua pela permanente, atingem a maturidade fisiológica. O início da senilidade é variável, mas em geral ocorre por volta dos 18 anos. Dependendo da raça, manejo e ambiente, o cavalo tem uma expectativa de vida de 23 a 30 anos.

A idade indicada para a reprodução dos cavalos é a partir dos quatro anos, pois a fêmea pode parar de se desenvolver caso a gestação ocorra antes dessa idade.

Os proprietários dos cavalos, geralmente, levam o macho ao encontro das fêmeas na época fértil para que ocorra a inseminação. O recomendado é que após o parto a égua deve descansar por cerca de 5 dias e, nesse período, sua alimentação deve ser leve (cenouras e feno, por exemplo).

O potro começa a mamar, geralmente meia hora depois do parto. O leite da égua possui enzimas que o protegem contra doenças, além de nutrir o animal. Somente após alguns meses o potro para de mamar e começa a se alimentar de outros tipos de comida.

Relação homem x animal

Os cavalos contribuem com o bem-estar humano, sendo utilizados em diversas atividades como a prática de esportes, lazer, terapias mediadas por animais e, até, como simples objeto de status. A domesticação dos cavalos pelo homem aconteceu há uns seis mil anos. Isto significa que do prazo total de existência dos cavalos, apenas 0,01% do tempo foi passado como “servo e companheiro” do ser humano, ou ainda, que para cada ano de domesticação, a espécie eqüina tem um século de vida livre e selvagem a contabilizar.

Assim como no relacionamento entre os seres humanos, entre o homem e o cavalo, ele deve ser, antes de tudo, uma relação de companheirismo, cumplicidade e de amizade. Discute-se a necessidade do chicote (ou stick). É preciso que haja empatia entre o treinador e o animal para que para que o relacionamento seja harmonioso.

Muitas vezes, o proprietário do cavalo se desencanta ao perceber comportamentos não desejáveis em seu animal. Nesse caso, a melhor forma de superar essa dificuldade é seguir o bom senso e procurar entender as atitudes do animal. A paciência e a persistência são elementos fundamentais para se obter bom êxito.

Tal como os humanos, os cavalos vivem de acordo com as regras da teoria prazer/dor, ou da teoria de pressão/prêmio. Esta pressão pode ser física, emocional ou mental.

Basicamente, existem duas formas para ensinar um cavalo; uma baseia-se em castigar o que está errado e a outra em premiar o que está certo. Ambas funcionam como métodos de treino, mas o castigo é anti-ético. A preferência reside em premiar o bom comportamento.

Pode-se fazer a recompensa de várias formas, desde a festa, até a oferta de cenouras que associamos ao bom comportamento, e ainda, à companhia de outros cavalos, ao aliviá-lo do peso do cavaleiro, ao retorno a um exercício menos exigente – tudo o que, na realidade, permita que o animal fique numa situação mais confortável.

O importante não é só o que se faz, mas quando e como se faz. E é necessário que o cavalo perceba.Para que o castigo surta efeito, deve ser aplicado dentro de meio segundo para que o cavalo o associe ao que fez de errado.A recompensa pode limitar-se a um agrado, ou a uma palavra de elogio que podem ser ministradas, instantaneamente, mesmo em momentos cruciais.

É essencial que se “entre” na mente do cavalo e seja rápido ao decidir qual dos problemas provocou o comportamento indesejável, uma vez que compete ao cavaleiro perceber qual é a causa do incidente.

Se o mau comportamento surge repentinamente, acompanhado por sinais de tensão tais como narinas abertas, a cauda para baixo e o queixo tenso, então é mais provável que a causa seja medo ou dor. O cavaleiro pode não ser capaz de ver estes sinais, especialmente se está concentrado em manter o cavalo sob seu comando.

Alguns cavalos levam semanas e até meses para responder a ensinamentos positivos.

É frequente se utilizar uma determinada técnica para manter, sem conseguir, a atenção do cavalo, ou ele desvia a atenção, obrigando o treinador a reforçar a pressão para prendê-lo de novo. Às vezes, é preciso aumentar um pouco a pressão, mas evitar a todo o custo ultrapassar o ponto em que o cavalo começa a negar-se a colaborar.

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