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Testes Preliminares para Exame Andrológico

Por:   •  7/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.088 Palavras (13 Páginas)  •  353 Visualizações

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Testes Preliminares para Exame Andrológico

Teste preliminar 1

1.a) Como se proceder no exame clínico andrológico do touro?

Um exame clínico andrológico para ser completo e abrangente deve conter três partes:

Identificação

Exame clínico

Espermiograma

A identificação pode ser dividida em duas partes: A primeira parte consiste da identificação do proprietário, contendo dados pessoais (nome, endereço, telefone, etc.) e identificação da propriedade (localização, dados reprodutivos, sistema de produção, ect.) tal identificação visa facilitar a entrega dos resultados do exame e para outros contatos posteriores, além fornecer subsídios para a uma elaboração mais precisa de análises diversas. A segunda parte consiste da identificação dos animais a serem analisados: Deve conter informações tais como: nome, raça, idade, sistema de alimentação e criação, origem, regime de estação de monta. No exame clínico devemos considerar:

1. Histórico e anamnese - deve relatar sucintamente, não apenas o motivo da realização do exame, mas também, ocorrências relevantes sobre o animal e o rebanho ao qual pertence. Informações importantes a serem levantadas: Estado corporal e sanitário, tipo de utilização do reprodutor, relação touro/vaca, taxa de gestação, sistema de alimentação, aspecto dos descendentes, etc.

2. Geral - O animal deve ser avaliado mensurando seu peso vivo e observando a cobertura muscular, comparando-os com os padrões da raça e com sua idade. Devem ser avaliados também o sistema respiratório, circulatório, digestivo e locomotor do animal.

3. Sistema genital - Devem ser avaliados (inspeção e palpação) os cordões espermáticos, o escroto, os testículos, os epidídimos, o prepúcio, o pênis e a genitália interna.

Cordões espermáticos: devem ser verificadas as condições de distensão, inexistência de cistos ou formações varicocélicas, processos inflamatórios, etc.

Escroto: devem ser verificadas a espessura e integridade da pele, bem como, a presença de lesões irritadiças ou não. Testículos: Talvez os órgãos de maior significância para o exame do sistema genital masculino bovino, devem ser inicialmente visualizados e considerados com relação à sua simetria e proporcionalidade ao peso, desenvolvimento corporal e idade do animal, para depois serem aferidos quanto ao comprimento e largura individuais e a circunferência escrotal. De se ressaltar também as características de consistência e elasticidade que devem ser avaliadas, individualmente num escore de "1 - 5" e, para as quais, deve ser considerado o aspecto de homogeneidade ou não. Outras circunstâncias também devem ser relatadas, tais como mobilidade, posicionamento, sensibilidade, etc.

Epidídimos: as três porções: cabeça, corpo e cauda, devem ser examinadas e verificadas sua proporção relativa aos respectivos testículos. Na cabeça verificar, especialmente, o volume, a sensibilidade, a presença ou não de granulomas, de processos inflamatórios, etc. Todavia especial atenção deve ser dispensada á cauda do epidídimo, com relação ao seu delineamento, simetria e consistência.

Prepúcio: devem ser observados o tamanho e a forma, relativamente à espécie (considerando eventuais excessos), o ostio prepucial e nele, principalmente, a presença de alterações, como por exemplo, prolapso.

Pênis: deve ser verificado o perfeito deslizamento dentro do prepúcio ou a existência de alguma alteração como: bífido, infantil, torções, fraturas, papilomas, etc.

Genitália interna: compreende as vesículas seminais, as ampolas dos ductos deferentes, a próstata e as glândulas bulbo - uretrais, devem ser examinadas, através de palpação retal, principalmente, as vesículas seminais e as ampolas dos ductos deferentes, porquanto a próstata apresenta-se mais disseminada e as glândulas bulbo - uretrais quase ocultas pelo músculo bulbo esponjoso. Nessas estruturas facilmente palpáveis devem ser observados os aspectos de lobulação das vesículas, consistência, simetria, tamanho, sensibilidade, aderências e reação a estímulos de contato. Ao toque das vesículas seminais há exposição do pênis, enquanto que, das ampolas dos ductos deferentes há retração do testículo correspondente seguida de ejaculação, após persistência de massageamento.

4. Comportamento Sexual - Essa característica que, dependendo das condições de trabalho, pode anteceder ao contido no item três retro, envolve aspectos relativos à libido e habilidade sexual. Assim devem ser consideradas as manifestações de cortejo, ereção e protusão do pênis, monta, busca, introdução, ejaculação, desmonta e tranqüilização, com especial atenção à ereção e montas completas ou incompletas e à ejaculação rápida, profunda, potente e sem perda de líquidos (galeio). No espermiograma devem ser observadas, e minuciosamente correlacionadas aos exames anteriores, as características físicas e morfológicas do sêmen além de outros elementos eventuais, independentes do método de coleta utilizado (vagina artificial, eletro - ejaculação ou massagem das ampolas dos ductos diferentes).

Características físicas: o volume e coloração apresentados fornecem, a priori, indicativos sobre a qualidade do sêmen, baseados em padrões médios da espécie. Todavia, os aspectos mais relevantes são os de turbilhonamento, motilidade, vigor e concentração, os quais são avaliados ou computados através de microscopia ou de outros aparelhos. Como entre nós o meio mais acessível é o dia microscopia, usa - se avaliar o turbilhonamento numa escala de "0 - 5", em gota pendente sob aumento de 100 vezes a 37°C. Já a motilidade e o vigor são observados em gota sob aumento de 100 - 400 vezes a 37°C, sendo que, a motilidade é avaliada como a porcentagem de espermatozóides progressivamente móveis e o vigor dessa movimentação são avaliados numa escala de "0- 5". Para determinar a concentração utiliza - se o método da "Câmara de Neubauer", onde pode ser utilizada tanto a diluição de 1:200, quanto de 1:100 ou 1:50 de sêmen em formol- salina- tamponada, feita com a "Pipeta de Sahli" (0,02 ml), dependendo do indicativo da coloração do sêmen, quanto mais marmórea maior diluição deve ser feita para facilitar a contagem. O número de espermatozóides contados multiplicados pela constante da respectiva diluição determina

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