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Tipos de doenças e pragas das pastagens

Por:   •  23/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  300 Visualizações

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Tipos de doenças:

  • Mela das sementes: causada por um fungo chamado Claviceps sulcata  é uma das mais importantes no nosso País, pois acomete as espécies Brachiaria spp. e de Panicum maximum sendo o Brasil o maior produtor e exportador de sementes de brachiaria no mundo. Tal doença ocorre de modo que o patógeno se aloja no ovário das flores, o porejamento ou a transpiração de um líquido pegajoso provoca, na semente, um sintoma chamado de “honey dew”. Esse sintoma pode permanecer no cacho de sementes e dificultar a colheita da mesma. A planta pode ser contaminada com o fungo através do solo, a curta distância por insetos, gotas de chuva, maquinários, ferramentas infectadas ou o patógeno pode sobreviver por um longo tempo armazenado juntamente com as sementes e se disseminar nos galpões de armazenamento. A mela das sementes pode causar a queda na produtividade da exportação e além disso as sementes doentes podem causar um envenenamento chamado ergotismo nos animais que as ingerirem.

As indicações para prevenir a mela das sementes:

- Preferir sementes de boa qualidade (produzidas nas áreas que não possuem a doença e sanitarizadas de forma adequada)

- Usar sementes que sejam tratadas com fungicidas de amplo espectro;

- Plantar em áreas que possua menos frentes frias entre fevereiro e junho (quando de floresce o hospedeiro).

- Reduzir o trânsito de pessoas e de máquinas no campo após o florescimento das plantas.

  • Carvão da braquiária:  é causado pelo fungo Ustilago operta. Há indícios de que o fungo tenha vindo para o brasil através de sementes infectadas. Tal doença é identificada através da massa de um pó negro que pode invadir ou não o tegumento das sementes. Os restos da colheita e também as sementes contaminadas são fontes de introdução primária do carvão na planta as quais também podem ser infectadas pelo vento, correntes de água, gotas de chuva e/ou pela ação antrópica (do homem). Quando infectada pelo carvão a doença dificilmente é eliminada da área, pois ainda não foram encontrados meios de controle desta doença pois o carvão tem uma alta capacidade de sobrevivência. Estão sendo estudadas combinações de fungicidas para o controle da praga porém ainda não foram encontrados métodos eficientes comprovados.

  • Ferrugem da braquiária: é causada pelo fungo Puccinia levis var. panici-sanguinalis. O aumento da ocorrência da ferrugem tem reduzido a quantidade e a qualidade da forragem. Os primeiros sintomas observados são pontos cloróticos que crescem na base da planta, se expandem e surgem pústulas de coloração castanho-escuras. Em seguida as manchas e pústulas vão se espalhando para a área axial da planta, ocorrendo junção das lesões e causando a seca precoce da planta. Algumas espécies podem se ter um potencial de dano tão forte que podem suprimir a defesa da forrageira aumentando a intensidade da ferrugem. Para conter a ferrugem pode-se utilizar o cultivo de plantas geneticamente resistentes ou fazer o uso de fungicidas.
  • Mancha foliar de Bipolaris maydis: essa doença afeta Brachiaria sp., Paspalum sp. e Pennisetum sp., porém afetam com mais intensidade a espécie P. maximum as plantas acometidas apresentam como sintomas manchas pequenas, elípticas e castanhas que evoluem de tamanho, aparecem centros pardos com a extremidade marrom escuro nas folhas, posteriormente essas manchas necrosam e quando a doença é muito severa, as folhas tendem a ficar amarelas e secam precocemente reduzindo a produtividade e a qualidade dessa forragem e em consequência, das sementes.

 O fungo pode ser transmitido pelo solo, sementes ou hospedeiros alternativos, ela pode ocorrer em qualquer estágio da vida da planta. Podem ser dissipadas por correntes de ar, gotas de chuva ou pela própria semente. Para prevenção da doenças é indicado usar fungicidas e plantas resistentes advindas de sementes boas.

  • Cárie-do-sino do Panicum maximum: a mesma reduz consideravelmente a produção de sementes de P. maximum, é causada pelo fungo Tilletia ayresii. Quando a planta floresce que podemos observar os sintomas, ficam com as espiguetas abertas, inchadas e cheias de uma massa acinzentada de esporos, no lugar do embrião das sementes. As plantas infectadas não produzem sementes fecundas comprometendo a produção da forrageira. Quando sacodimos a planta sai um pó cinza dos esporos. A doença da cárie pode reduzir as exportações do brasil por dois motivos, primeiro reduz a quantidade disponível para exportação, segundo por barreiras fitossanitárias impostas por países importadores em razão do risco de infecção. Para o controle da doença é indicado o uso de plantas geneticamente resistentes ou o sementes tratadas com carboxin + tiram.
  • Antracnose do estilosantes: é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Esse fungo provoca dois tipos de sintomas, o primeiro (tipo A) tem lesões marrom claras a cinza, as margens escuras, normalmente nos caules, folhas e flores; o segundo (tipo B) são necroses que aparecem nos caules e nas folhas e as necroses não tem margens. Solo infectado com restos de plantas doentes ou a própria semente contaminada podem transmitir a doença ou também gotas de chuva e insetos. Uma das medidas indicadas para evitar a doença é o controle genético da planta, porém ainda possuem fungicidas sendo testados para realizar seu controle.
  • Mortalidade do capim-marandu: desde que foi lançado o capim-marandu (também conhecido como braquiarão) teve um destaque e foi o preferido dos pecuaristas e com isso surgiram grandes espaços de monocultivo resultando em um sistema produtivo frágil frente as inconstâncias abióticas e bióticas. Essa doença avança de forma rápida e irreversível. Os sintomas são espalhados de forma irregular pela pastagem normalmente deixando manchas nas plantas depois amarelando as folhas e levando à morte do capim, quando esse caim morre ele tem uma aparência a qual se aproxima do feno. Normalmente a doença acomete o pasto na época das chuvas ou em lugares e pastos com áreas de pouca infiltração ou escoação. Não se sabe sobre a origem correta dessa doença. Foram encontrados alguns agentes bióticos suspeitos de causar a doença e temos estudos que ressaltam que em solo úmido as plantas ficam mais susceptíveis a tais agentes. Estudos sobre tal doença ainda estão sendo desenvolvidos. A medida de resistência à doença é utilizar boas sementes e som boas qualidades sanitárias, escolher bem a área para formar o pasto (sem inundações ou pouco escoamento), e fazer um bom manejo dos pastos.
  • Doenças as quais não inferem grandes impactos econômicos: tivemos algumas doenças citadas, e além delas temos outras doenças, porém estas causam menores prejuízos monetários e físicos para a pastagem e consequentemente aos criadores, como exemplo, temos a brusone em Brachiaria spp., causada por Magnaporthe grisea; o mofo branco e a fusariose em Stylosanthes sp., causados, pelos mesmos fungos que são Sclerotinia sclerotiorum e Fusarium chlamydosporum 

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