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LEUCENA “Uma alternativa viável como fonte protéica para os rebanhos nordestinos”

Por:   •  10/3/2018  •  Artigo  •  2.737 Palavras (11 Páginas)  •  339 Visualizações

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APOSTILA 1

LEUCENA

“Uma alternativa viável como fonte protéica para os rebanhos nordestinos”

Nome Comum: Leucena

Nome Científico: Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.

Família: Leguminosae

Sub Família: Mimosoideae

Origem: México, espalhando-se na América Central e ao redor do Golfo do México e ilhas do Caribe.  

Classificação e Tipos:

1. HAVAIANO: Porte baixo e denso, floresce e frutifica o ano todo, com baixa produção de biomassa e boa produção de sementes (altura 5,0 metros).

2. SALVADOR: Porte alto, poucos ramos na base e florescimento tardio, alta produção de forragem e lenha, boa para carvão (altura 20,0 metros).

3. PERU:        Bastante ramificada na base com maior produção de folhas do que galhos, florescimento tardio a variedade Cunningham atinge altura de 15,0 metros.

Descrição Botânica

1. FOLHAS:        O comprimento das folhas varia de 15 a 20 cm, bipinadas, apresentando 4 a 10 pares de pina e possui 5 a 20 pares de folíolos.

2. INFLORESCÊNCIA:        Globosa e solitária, medindo 2 a 2,5 cm com numerosas flores brancas, com cinco sépalas, cinco pétalas e 10 estames.         

3. FRUTOS:        Vagens firmes achatadas medindo 12 a 18 cm de comprimento, com 1,2 a 2,0 cm de largura contendo 5 a 25 sementes.

4. SEMENTES: Elípticas, compridas, cor marrom brilhante 3 a 4 mm de largura por 6 a mm de comprimento, com 2 mm de espessura.

                 

Exigências:

1. Temperatura ótima entre 22°C a 30°C (Planta C3)

2. pH ótimo entre 6,5 a 8,3 (prefere solos alcalinos)

3. Fertilidade: Tolera solos de baixa fertilidade, cresce bem em vários tipos de solos, mas não tolera solos ácidos e encharcados. Prefere solos argilosos.

4. Precipitação: Mínimo de chuvas 525 mm/ano

        Máximo de chuvas 3.000 mm/ano

        Tolera estiagens até seis meses.

5. Altitude:         Desenvolve bem do nível do mar até 700 m (excepcionalmente até 1.500m).

6. Baixa tolerância ao fogo.

7. Mediana tolerância ao sombreamento e salinidade.

8. Requer bons níveis de fósforo no solo.

9. Não cresce em solos ácidos, latossolos com elevados teores de alumínio e deficientes em cálcio, zinco e molibdênio.

 Rendimentos:    

1. Produção de Matéria Seca: Cerrados = 11,0 t MS/ha/ano.

                                                 Sul (Santa Catarina) = 10,0 t MS/ha/ano.

                               Nordeste (Pernambuco) = 8,0 t MS/ha/ano.

2. Potencial produtivo da cultura, em condições ideais: 25,0 t MS/ha/ano.

3. Produção de Proteína Bruta = 3.450 kg PB/ha/ano.

4. Produção de Sementes = 300 a 800 kg/ha/ano.

5. Quantidade de Nitrogênio fixado = 300 a 800 kg/ha/ano.

6. Relação: Folha + Vagens = 21 a 23% PB

                   Hastes com diâmetro menor que 1,0 cm = 8 a 10% PB

                   Folha + Vagens + Haste = 14 a 17% PB.

7. O material foliar da leucena pode ser comparado com a alfafa (Medicago sativa), no que se refere a proteína e minerais.

8. Rendimento Animal: Elevado ganho de peso e produção de leite.

Forma de Manejo na Utilização:            

1.         Ramos frescos (com diâmetro menor que o lápis), triturado ou não.

2.         Feno de folíolos (pendurar os ramos em galpões ou qualquer áreas cobertas e  esperar que os folíolos se desprendam em mais ou menos três dias sendo armazenados em sacos.

3.         Feno de ramos triturados: ramos com diâmetro inferior a um lápis com as folhas, devem ser triturados em uma forrageira e espalhar para secar, revolvendo cerca de três vezes ao dia e armazenar.

4.         Pastejo direto nos bancos de proteína: colocar os animais 2 a 3 horas por dia ou 1 a 2 dias por semana.

5.         Pastejo de plântulas.

6.         Silagem em tambores: 1 ha = 2.000 kg de silagem com 15 a 20 tambores de 200 litros, com 25% PB e 65% digestibilidade.  O custo da mão-de-obra são 15 homens dia para enchimento dos 20 tambores.

7.         Forragem pura cortada e distribuída no campo sem desintegrar, em torno 2,5 kg/100 kg PV.

8.         Forragem associada com cana ou capim-elefante em torno de 2,5 kg/100 kg PV.

9.         Silagem: cortada de manhã e ensilada a tarde juntamente com o milho, o sorgo, o capim-elefante, na proporção de até 30%.

10.        Fenação: até 30% na mistura de concentrados.

11.        Após cinco meses do plantio, as plantas que atingiram 1,50 m de altura e estiverem bem vigorosas poderá ser feita a primeira poda.

12.        Altura de corte 40 a 50 cm  acima do solo.

13.         Freqüência de cortes, três ou mais vezes ao ano (quatro meses de intervalo), ou sempre que as plantas atingirem a altura de 1,50 m.

14.        Pastejo com animais: deve observar os intervalos para a rebrota das plantas (que dependerão do tipo de solo e umidade) senão estas sofrerão sérios danos (principalmente quando pastejadas por caprinos e ovinos).

15.        Área do banco de proteína: 10% da área do pasto nativo ou cultivado a ser suplementado (em uma área anexa).

Espaçamento

1.         Sistemas de Corte: Espaçamento de 1,0 a 2,0 m entre linhas, com 0,30 a 0,50 m entre plantas, quantidades de sementes necessárias 10 a 15 kg/ha.

2.        Sistema de Pastejo:  Espaçamento de 2,0 a 3,0 m entre linhas, com 0,50 a 1,00 m entre plantas, quantidades de sementes necessárias 5 a 10 kg/ha.

3.        Plantio com Culturas: A leucena pode ainda ser plantada em espaçamentos mais largos consorciada com diversas culturas alimentares para baixar os custos de implantação.

4.        Plantio em Faixas Consorciadas: Sistema que tem dupla finalidade tanto para forragem como para adubo verde. Os primeiros cortes são incorporados ao solo para beneficiar a cultura em consórcio (milho, feijão, sorgo, etc.).

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