A ADUBAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO E A LANÇO NA CULTURA DA SOJA (Glycine max)
Por: João Antonio Pires • 4/4/2021 • Artigo • 6.903 Palavras (28 Páginas) • 602 Visualizações
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE UNAÍ – FACTU[pic 1]
Associação de Ensino e Pesquisa de Unaí – AEPU
Curso de Agronomia
ADUBAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO E A LANÇO NA CULTURA DA SOJA (Glycine max)
PIRES, João Antonio
ARAUJO, Vitor Hugo da Cruz
MACHADO, Cláudia Aparecida
FERREIRA, Francilene Lima
RESUMO: A cultura da soja tem um grande destaque em território nacional, e com o grande avanço das tecnologias de cultivo há um grande aumento da sua área plantada. O presente artigo tem como objetivo verificar qual método de aplicação de adubação (no sulco e a lanço), tem-se o melhor aproveitamento pela cultura cultivada. O presente trabalho justifica-se pela importância de se saber qual método tem maior aproveitamento pelas plantas. REFERENCIAL TEÓRICO Para tanto, o trabalho é divido em 02 (duas) partes. Na primeira parte, analisa-se o referencial teórico do trabalho que consistiu conceituar e explicar diferenças. Vantagens desvantagens de cada método de adubação, relacionando a teoria com a prática em experimentos já feitos, como também com os trabalhos a campo feito por produtores, agrônomos e técnicos que estão na área trabalhando o método ao qual o mesmo descreveu. Na segunda parte, METODOLOGIA realizou-se a pesquisa empírica que possibilitou relacionar artigos científicos com a prática em campo em grandes e pequenas propriedades em regiões distintas, DISCUSSÃO DOS RESULTADOS seguindo as entrevistas de acordo com o que foi levantado em entrevistas e conversas, o resultado é notório e satisfatório em ambos métodos de adubação, onde equivale o financeiro e planejamento de cada propriedade, no que cada um se sente a vontade e ache melhor. CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluindo que, hoje o meio ao qual define se a adubação é a lanço ou no sulco depende do tamanho da propriedade e distribuição dos talhões, como também o trajeto a ser feito pelo maquinário, onde áreas são maiores e planas, há o plantio com adubação a lanço, bem como que quando as áreas não são tão planas e nem muito grandes, utiliza-se uma semeadora menor, porém com a adubadora integrada.
PALAVRAS CHAVE: Adubação no sulco de plantio; adubação a lanço; métodos de aplicação de adubação; adubação fosfatada.
1 INTRODUÇÃO
Entre as leguminosas produtoras de grãos, a soja é a mais importante em termos de produção mundial e de comércio internacional, A semente de soja é a única em relação à acumulação de altos níveis tanto de óleo quanto de proteína. Em média, uma semente de soja contém, em relação ao seu peso, 20% de óleo e 40% de proteína. Ademais, a fração proteica é completa para a nutrição animal e humana, pois contém todos os oito aminoácidos essenciais.
Qual método deve-se usar? Essas qualidades de plantas altamente produtivas, necessitam de bom manejo para mostrar seu potencial, estudar e identificar um sistema de qualidade de adubação é essencial que traga bons resultados, há se uma necessidade de uma adubação que traga resultado na planta, e a escolha do manejo do fertilizante fosfatado (no sulco e a lanço) a ser aplicado no solo exerce grande influência na disponibilização de nutrientes as plantas, sendo este capaz de interferir diretamente nas reações que ocorrem entre o fertilizante e o solo (CERETTA & FRIES, 1997). Identificar e estudar o melhor método de adubação, suas condições, vantagens e desvantagens, como também o modo de começar a aplicar o sistema na propriedade. Desta forma estudar o modo de aplicação poderia alterar a velocidade e a capacidade do fertilizante em reagir no solo, como consequente solubilidade e disponibilização de P na solução do solo, determinado o grau de eficiência de adubação fosfatada (BREVILIERI, 2012).
Bem com este sentido, o artigo veio com objetivo de mostrar a eficiência de cada manejo de aplicação de adubação (no sulco e a lanço).
2- REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Os métodos de adubação, suas vantagens e desvantagens
As vantagens são muitas, mas como tudo e qualquer coisa se tem pontos positivos e negativos, com os métodos de adubação não é diferente, adubação normalmente é realizada aplicando-se parte dos fertilizantes no sulco de plantio e parte em cobertura (BERNARDI et al, 2009). Os fertilizantes fosfatados e potássicos, a aplicação é realizada na linha de semeadura, ao mesmo tempo que o plantio, baseado no princípio de localização do fertilizante próximo do sistema radicular da planta, diminuindo a adsorção do fósforo (P) e a perda do potássio (K) na lixiviação. Segundo Rosolem e Marcello (1998), o aumento nas doses do fertilizante fosfatado resulta em aumentos dos níveis de P disponível, diminuindo a capacidade de adsorção no solo. Por isso, a forma ao qual se aplica o fertilizante depende de fatores, destacando-se o comportamento do nutriente a ser fornecido, se ele é móvel ou não no solo.
Deve-se preferir a adubação no sulco quando as doses são baixas de potássio, já para doses altas, segundo Bernardi et al (2009), a aplicação no sulco deve ser evitada, devido ao efeito salino do cloreto de potássio e, em algumas situações, devido às perdas por lixiviação. De acordo com Otto et al (2010), o K aplicado em doses altas e de uma única vez pode provocar salinização da região que o recebe, podendo causar toxidez às raízes das plantas. Foloni e Rosolem (2008) sugerem fazer a antecipação da adubação potássica da lavoura comercial no cultivo em sistema de plantio direto.
A distribuição da adubação durante o plantio envolve uma série de operações de logística que vão do seu transporte do local de armazenamento até a área de cultivo, e o abastecimento da semeadora. Todas essas operações demandam mão-de-obra, planejamento e tempo. No entanto, existe a possibilidade de antecipação da adubação, ao invés da adubação realizada, simultaneamente, à semeadura (BERNARDI et al, 2009). De acordo com Foloni e Rosolem (2008), as vantagens são maiores em adubação a lanço do que a de adubos no sulco de semeadura. No entanto, Carmona et al (2009) relatam que está prática aumenta o custo de produção, devido ao maior número de operações.
O método de adubação da soja pode ser influenciado por diversos fatores, entre eles as condições climáticas, o teor de nutrientes no solo e os tratos culturais. O clima quente e úmido aumenta a absorção de fósforo (P) e potássio (K) pelas plantas, se comparado com o cultivo em clima temperado (MALAVOLTA, 1981). A difusão é o principal mecanismo de mobilidade de P e K no solo, e quanto maior a umidade do solo maior a difusão, ou seja, maior sera sua perda para o ambiente (BARBER, 1995). Outros nutrientes importantes para a soja, como cálcio (Ca) e magnésio (Mg), têm menor custo e são adicionados por meio da calagem para elevar o pH do solo, ou por meio da adubação via foliar. O nitrogênio (N) é suprido por meio da inoculação das sementes e rotação de culturas.
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