O USO DO PÓ DE BASALTO COMO OPÇÃO DE FERTILIZANTE ECOLÓGICO E A SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA
Por: Tatiane Bonaldo • 30/8/2017 • Monografia • 2.001 Palavras (9 Páginas) • 654 Visualizações
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS DOIS VIZINHOS
TATIANE MARIA BONALDO
O USO DO PÓ DE BASALTO COMO OPÇÃO DE FERTILIZANTE ECOLÓGICO E A SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA
DOIS VIZINHOS - PR
2015
TATIANE MARIA BONALDO
O USO DO PÓ DE BASALTO COMO OPÇÃO DE FERTILIZANTE ECOLÓGICO E A SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA
Proposta de Projeto de Pesquisa de Pós Graduação na UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos, em Fertilidade do Solo - Modalidade: manejo ecológico da fertilidade do solo.
DOIS VIZINHOS – PR
2015
SUMÁRIO
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 3
2. OBJETIVOS E METAS 5
2.1 Objetivo Geral 5
2.2 Objetivos Específicos 5
3. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS 6
3.1 LOCAL DO EXPERIMENTO 6
3.2 SEMENTES UTILIZADAS NA SEMEADURA 6
3.3 CARACTERÍSTICAS DO EXPERIMENTO 6
3.4 TRATOS CULTURAIS 6
4. CRONOGRAMA 8
5. RESULTADOS ESPERADOS 9
6. RECURSOS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 10
7. RISCOS E DIFICULDADES 11
REFERÊNCIAIS 12
1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Andar por um caminho de produção agrícola sustentável, com a conservação adaptada de água e solo, a uso de tecnologias de baixa emissão de gases do efeito estufa, de técnicas da análise agropecuária para integração lavoura-pecuária--floresta, dão francos e positivos frutos da agricultura para a mitigação dos efeitos negativos da transformação climática global (MAPA, 2014). Diante de uma agricultura defasada pela própria ação humana, os agrominerais estão sendo cada vez mais indicados pelos especialistas em defesa do meio ambiente. O termo agrominerais, é visto como a forma de conseguir matéria-prima em forma de minerais (rochas, resíduos de mineração, garimpo e metalurgia) que podem ser utilizados na agricultura como forma de fertilizantes, condicionamento e correção do solo (PÁDUA, 2012).
Os solos brasileiros quase que por sua totalidade, são ácidos, empobrecidos e carentes. Para se obter produtividade no campo, é necessário que se faça um investimento com alto valor agregado em fertilizantes e corretivos. Assim então, é preciso a importação de boa parte dos fertilizantes ou matéria-prima, já que a produção nacional desses produtos é insuficiente (PÁDUA, 2012). A rochagem pode ser vista como uma importante forma de fertilização sustentável ao solo, como ocorre com o calcário.
Os basaltos são analisados rochas básicas, tidas como um admirável material de origem de solos, cooperando para sua fertilidade pelo predomínio de minerais naturalmente intemperizáveis e ricos em cátions (RESENDE et al., 2002 apud KNAPIK et al, 2004).
Uma grande vantagem da rochagem é possível citar o de fornecimento simultaneamente de diversos nutrientes, e isso feito de forma gradual (PÁDUA, 2012). A inclusão desses agrominerais na adubação do solo pode ser vista como uma estratégia para aumentar a produtividade, diminuindo a necessidade de fertilizantes solúveis convencionais e dos riscos ambientais que os mesmos trazem consigo.
Na concepção de Pádua (2012), a avalição dos agrominerais deve ser feita em um período mais alongado do que quando utilizados fertilizantes solúveis comuns, levando em consideração que os agrominerais têm uma solubilização mais lenta que os efeitos residuais. Para a agricultura o basalto é uma rocha respeitabilíssima, pois o produto de sua decomposição é uma argila de coloração avermelhada que origina solos férteis (KNAPIK et al, 2004). Uma escolha é a utilização de pó de basalto como substrato para preparação de mudas, o que restringiria o volume deste material evitando uma obrigação de grandes extensões de terra agricultável (SUGUINO et al, 2011).
A utilização do pó de basalto na agricultura traz várias indagações acerca dos impactos do solo após períodos de um a dois anos de aplicação deste resíduo (KNAPIK e ANGELO, 2007 apud SUGUINO et al, 2011). A granulometria fina do pó de basalto pode vir a dar um efeito cimentante a solo, o que para KÄMPF (2000) apud (SUGUINO et al, 2011), provoca o fechamento dos poros, originando uma maior compactação, influenciando na densidade, e na redução na desenvoltura das raízes de plantas.
A soja ganha cada vez mais seriedade na agricultura mundial devido a grande diversidade do uso da cultura e ao aumento da demanda por alimentos. A introdução da soja (Glycine max L. Merrill) no Brasil teve início em 1882, no entanto a cultura não obteve sucesso, até 1960 foram feitas várias tentativas de introdução dessa planta no Brasil, mas foi só nesta década quando superou um milhão de toneladas de produção em1969 (CONAB, 2008). Segundo Vitti e Trevisan (2000), estudando a produção de soja no Brasil, o potencial produtivo é ainda pouco utilizado pelos seus cultivadores, perante a produção que se verifica atualmente. O manejo químico do solo adjunto a fatores climáticos é ainda o que mais restringe a produtividade da cultivar.
Em estudo realizado em 2004 Kpanik (2004) com aplicação do basalto na cultura da soja como complemento de adubação descobre que para os valores de fósforo e potássio verificou-se que após a colheita, nos tratamentos onde foram aplicados pó de basalto, os valores passaram de alto para médio. Já na testemunha e no tratamento com NPK foram apenas encontrados valores considerados baixos. Isto mostra que o pó de basalto aprova a manutenção da fertilidade do solo, com esses elementos, por um período de tempo mais longo do que quando aplicada adubação NPK, e sugere ainda que novas pesquisas devem ser feitas para o aprimoramento dessas análises.
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