A CLASSIFICAÇÃO DO SOLO

A atrazina (2-cloro-4-etilamino-6-isopropilamino-s-triazina) é um herbicida seletivo pré e pós-emergência usado para controlar ervas daninhas em cultivos, incluindo milho, sorgo, cana-de-açúcar e abacaxi, bem como em paisagismo ( Nwani et al., 2010 , Solomon et al., 1996 ). Esse pesticida atua no organismo-alvo inibindo a fotossíntese, com bloqueio do transporte de elétrons no fotossistema II ( Forney e Davis, 1981 ). O bloqueio ocorre porque a atrazina se liga ao sítio de ligação da plastoquinona Q B (aceptor de elétrons), consequentemente interrompendo o fluxo de elétrons entre os fotossistemas ( Fig. 1 ) ( Marchi et al., 2008) Com esta inibição, os elétrons não são convertidos em energia química (adenosina trifosfato (ATP) e nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADPH)) e impõem uma alta carga de energia nas moléculas de clorofila, levando à peroxidação lipídica nas membranas, destruição da clorofila da folha, inibição da síntese de carboidratos, redução do estoque de carbono e acúmulo de dióxido de carbono nas células vegetais ( Marchi et al., 2008 , Shabana, 1987 ).

No caso da aplicação em pré-emergência, a atrazina é absorvida pelas plantas através das raízes, sendo posteriormente transportada no xilema até as folhas, onde sua ação causa clorose, necrose e morte. Na aplicação em pós-emergência, o produto químico é absorvido pelas folhas ( fig. 1 ) ( Souza et al., 2012 ).

A atrazina é considerada um herbicida seletivo, possibilitando seu uso em diversas safras. Devido às diferentes vias metabólicas e taxas de metabolização do produto químico em ervas daninhas e culturas, as espécies que são resistentes convertem rapidamente o herbicida em metabólitos não tóxicos ( Ebert e Dumford, 1976 , Forney e Davis, 1981 , Roman et al., 2007 )