A Classificação de Solo
Por: André Luiz Zaghi • 21/9/2018 • Ensaio • 1.871 Palavras (8 Páginas) • 375 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE AGRONOMIA
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS E GEORREFERENCIAMENTO
DA CHÁCARA NOSSA SENHORA APARECIDA
Ana Clara P. S. Vergínio Ra:100941
André Luiz Zaghi Ra:100944
Jackerson Conrrado M. Menequeli Ra:100957
Letícia Souza Demeis Ra: 90522
MARINGÁ
2017
A classificação de um solo é dada com base na avaliação de dados morfológicos químicos, físicos e mineralógicos apresentados no perfil. Os aspectos ambientais do local como clima, vegetação, relevo, condições hídricas, material de origem, características externas e as relações solo-paisagem também são levadas em consideração. Para classificá-lo é necessário realizar uma descrição morfológica do perfil, obtendo amostras que devem ser conduzidas para análises conforme critérios estabelecidos nos manuais (IBGE, 2005; LEMOS; SANTOS, 1996; SANTOS et al., 2005), observando criteriosamente cada horizonte ou camada e a paisagem que ele ocupa. São de grande importância anotações quanto às cores, altura, compactação, profundidade das raízes e atividade biológica ao longo do perfil e qualquer outra ocorrência percebida e a partir daí podemos estabelecer as diferentes classes nos diversos níveis categóricos.
Existem algumas características morfológicas que são indispensáveis para definir os horizontes diagnósticos como pede o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SIBCS). São elas as cores úmida e seca que é feita conforme a Carta de Munsell, textura, estrutura, cerosidade, consistência, transação de horizontes, nódulos ou concreções e outros. Que juntamente com a interpretação das análises laboratoriais são designados os horizontes e sufixos.
A chave de classificação é organizada em seis níveis categóricos, sendo que o 5º e 6º nível ainda se encontram em discussão. Atualmente o solo é classificado até o 4º nível categórico do sistema que engloba ordem, subordem, grande grupo e subgrupo.
Neste estudo também abordamos o georreferenciamento que é definir sua forma, dimensão e localização através de métodos de levantamento topográfico de acordo com a norma técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais segundo o INCRA. Devem conter coordenadas dos limites rurais georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desenvolvimento do Sistema Geodésico Brasileiro – SBG, composto por redes altimétricas, planimétricas e gravimétricas pode ser dividido em duas fases: uma anterior e uma pós-avanço tecnológico de observação de satélites artificiais expandindo as regiões a serem mapeadas. Na década de 70 os satélites eram observados do sistema TRANSIT. Já no fim da década de 80, o IBGE criou o projeto GPS usando a tecnologia NAVSTAR/GPS que evoluiu métodos de posicionamento geodésico e mostrou-se superior nos quesitos rapidez e economia.
O levantamento foi realizado na propriedade Chácara Nossa Senhora Aparecida, localizada no município de Mandaguaçu – PR. Para classificação no Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos foi-se necessário fazer a horizontalização do local com o uso do trato para identificar classes de solo (Figura 1), e foi observada a mesma classe em toda a propriedade, portanto, fez-se necessário a abertura de apenas uma trincheira ao longo do declive (Figura 2). Com a ajuda de uma maquina retro escavadeira, que foi cedida pela Prefeitura Municipal de Mandaguaçu, através do intermédio de João Aparecido Bioni Saes do Departamento de Agricultura e Pecuária (Figura 3) abrimos a trincheira respeitando o limite mínimo para classificação que é de perfil que é de dois metros de profundidade e em seguida identificamos os horizontes e realizamos a coleta de amostras que foram enviadas ao laboratório e amostras que foram usadas para determinar outros atributos que não pode-se determinar em campo (Figura 4).
A tabela a seguir refere-se às descrições encontradas em casa horizonte do perfil, juntamente com as matizes (Pode-se perceber a presença do horizonte A e horizonte B sendo que o B foi subdivido em B1, B2, B3).[pic 2]
Tabela 1 – correspondente as figuras anexadas 5, 6 7, 8 e 9.
Essas informações foram feitas com base nas análises químicas e laboratoriais que apresentaram as características descritas na tabela abaixo:[pic 3]
Tabela 2.
A partir dessas informações foi possível observar que este solo trata-se de um Latossolo Vermelho Distrófico Típico, que são solos constituídos de material mineral, apresentando horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer horizonte A, dentro de 200 cm da superfície do solo ou 300 cm se o horizonte A tiver mais que 150 cm de espessura. É distrófico, pois tem saturação por bases baixa (V < 50%) na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA) e típicos, por não se enquadrar em outras classes.
Segundo a classificação da Sociedade Brasileira de Ciências do Solo (2004), a classe textural dos solos encontrado na propriedade é Franco Argilo Arenosa, uma vez que a média da análise granulométrica demonstrou aproximadamente 25 % de areia grossa, 47 % de areia fina, 2 % de silte e 27 % de argila.
[pic 4]
Para classificar a capacidade uso das terras consideramos características e propriedades que podem depender uma da outra, tornando assim um conjunto que pode influir em importantes deduções (BELLINAZI et. al., 1983).
Em outras palavras é uma classificação técnica e interpretativa, que se preocupa com a conservação do solo, e se baseia nas capacidades e limitações das terras, levando em consideração fatores como clima, suscetibilidade à erosão, fatores referentes a falta ou excesso de água. Utiliza-se um sistema hierarquizado, onde existem quatro níveis categóricos (Grupo, classe, subclasse e unidade de uso). Dentro do grupo existem três subdivisões (A, B e C), que indicam o potencial de uso do solo, sendo o nível A propício para culturas, o nível B impróprio para culturas e o nível C inadequado para o uso agrícola. Dentro da categoria classe, existem oito subdivisões que expressam os graus de limitação do solo. Essas subdivisões são representadas em números romanos, e apresentam as seguintes limitações:
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