A ÁGUA NOS GRÃOS
Por: liidelfino • 22/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.391 Palavras (6 Páginas) • 880 Visualizações
Universidade Estadual de Goiás
Campus de Santa Helena de Goiás
A ÁGUA NOS GRÃOS
Lívia Delfino de Melo
Santa Helena de Goiás
2016
• Introdução
Os grãos são constituídos por matéria seca e uma certa quantidade de água, desde a sua fecundação, passando pelo seu PMF (ponto de maturidade fisiológica), colheita, até finalmente a armazenagem. Essa Água nos Grãos é conhecida como, Teor de Agua ou Grau de Umidade, sendo mais conhecida e utilizada a primeira. A quantidade de água, é representada normalmente em porcentagem, sendo encontrada em três formas básicas: Absorvida, Adsorvida e Constituição.
O processo de maturação dos grãos é destacado por apresentar um alto grau de umidade, sendo ele de suma importância para essa fase do processo. Outro fator que o teor de agua nos grãos interfere positiva ou negativamente, é quanto à colheita, quando feita antes do PMF ou muito depois, o grau de umidade pode estar muito elevado ou muito abaixo do usado e pode vir a causar sérios danos nos grãos. A armazenagem é o último ponto de importância visado que o teor de água interfere, pelos mesmos motivos citados acima, se a colheita não for feita adequadamente e feita uma análise logo após essa colheita para a identificação do quanto de agua há no grão, para se saber se é necessária uma secagem ou não do mesmo, a armazenagem pode ser falha e acarretar grandes perdas para o produtor.
• Ponto de Maturidade Fisiológica (PMF)
O PMF indica o momento em que o grão se desliga fisiologicamente da planta-mãe, a partir desse estagio, a transferência de matéria seca da planta para o grão é interrompida. O PMF coincide com o máximo acumulo de matéria seca e o máximo de vigor, indicando que o grão está completamente formado, indicando que eles já podem ser colhidos.
Nessa fase, o grau de umidade nos grãos ainda é muito alta, e é indicado que a colheita seja manual, pois o maquinário é muito agressivo e nessa fase se feita a colheita mecânica, danos latentes e imediatos podem aparecer.
Além disso, se a colheita for feita nessa fase deve ser feita a secagem dos grãos o que acarretara mais gastos energéticos.
Portanto se é indicado, que a colheita seja feita logo após o PMF, onde o ciclo de enchimento dos grãos estará completa, e a produtividade não será reduzida, devido a isso, apresentaram alta armazenabilidade.
• Mudanças no Tamanho do Grão
Logo após a fertilização, o tamanho dos grãos aumenta gradativamente, atingindo seu ponto máximo em um curto período de tempo em relação a sua maturação, quando esse tamanho é o máximo, o grau de umidade é relativamente alto e o crescimento é devido à multiplicação e desenvolvimento das células e do eixo embrionário e do tecido de reserva. Após atingir esse valor máximo, o tamanho do mesmo é reduzido a devido à perda de agua e essa redução é variável e depende da espécie, sendo mais evidente nas leguminosas.
• Determinação da Umidade nos Grãos
Existem alguns métodos comuns no dia a dia do armazenamento, que utilizam a variação de características como a dureza, som e massa específica para estimar a umidade dos grãos. Porém, apesar de serem práticos, esses métodos até o momento não apresentam qualquer precisão. Os principais métodos de determinação de umidade utilizados são divididos em métodos diretos e indiretos.
Os diretos quantificam o teor de agua retirando toda agua da amostra. Alguns destes métodos são utilizados como padrão, porem são mais demorados. Os principais diretos são: estufa, infravermelho e destilação.
Os indiretos quantificam o teor de agua por meio de propriedades físicas que variam em função da quantidade de agua no material. Esses métodos ainda não são muito precisos, mais em função da rapidez e facilidade com que são executados, atingiram uma grande popularidade. Incluem principalmente, os métodos elétricos.
Existem duas formas para expressar a umidade nos grãos: Base úmida e base seca. Base úmida: relaciona a massa de agua com a massa total, é mais utilizada diariamente na armazenagem e na comercialização. Base seca: relaciona a massa da agua com a massa da matéria seca, é mais comum no meio cientifico e estudos teóricos.
• Colheita de Grãos
O principal objetivo da colheita é fazer a retirada dos grãos produzidos em sua melhor condição de armazenagem posteriormente. É uma fase importante pois pode causar alterações na estrutura do grão, afetando a qualidade e consequentemente sua armazenagem. Essas alterações podem ser muito graves chegando a alterar a aplicação do grão, um exemplo é de grãos de sorgo que teriam como finalidade produção de sementes, quando apresentados danos mecânicos e baixa germinação podem ser enviados para a produção de ração.
Nessa etapa, podem ocorrer os danos latentes como, esmagamento do grão que em casos de colheita no PMF ocorre muitas vezes, ou imediatos que são as trincas ou quebras dos grãos ficando expostos a contaminações por microrganismos e impurezas que contribuem para a deterioração do grão durante o armazenamento.
Tem-se em vista dois tipos de colheita: manual e mecanizada. A manual é realizada para as espécies que ainda não possuem maquinário adaptados para tal finalidade ou em situações que não justifiquem a colheita mecanizada. As vantagens dela é que permite em muitos casos antecipar a colheita por ser possível a retirada da produção com alto teor de agua, não provoca muitos danos, entre outros. E suas limitações são, o
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