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Capítulo I do Livro Agroecologia: Bases científica para uma agricultura sustentável

Por:   •  1/6/2019  •  Resenha  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  318 Visualizações

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JUCIENE DA SILVA DE SOUZA

AGRONOMIA 2016

RESUMO

Capítulo I do livro Agroecologia: bases científica para uma agricultura sustentável


CAPÍTULO I

        O autor chama a atenção aos grandes impactos que a agricultura industrial vem causando à biodiversidade de modo geral, em especial, ás espécies destinadas a alimentação humana, onde muitas espécies vem desaparecendo com o surgimento de novas variedades melhoradas. Este novo modelo de produção simplificada vem expandindo-se por meio da devastação de florestas, substituindo a diversidade natural por um número reduzido de plantas cultivadas e animais domesticados. Este ecossistema artificial requerer constante intervenção humana, sendo necessário o uso de insumos agroquímicos para obter elevada produtividade.

        A pequena parcela de variedades como culturas principais são extremamente vulneráveis, estando sujeitas a perdas drástica decorrente da infestação de doenças e pragas, que é ocasionada pela falta da biodiversidade que, por sua vez, tem como papel prestar os serviços ecológicos fundamentais para garantir a proteção das culturas por meio da provisão de habitat e recursos para inimigos naturais de pragas. No entanto, para proteger as culturas, grandes quantidades de agrotóxicos cada vez menos eficazes e seletivos são jogados na biosfera acarretando custos ambientais e humanos consideráveis. Para isso, se faz necessário buscar alternativas baseadas em princípios ecológicos e sustentáveis.

        Na América do Norte a expansão da monocultura é fomentada pela força político e interesse econômico, pois este sistema é recompensado pela economia de escala, dando a capacidade de produtores nacionais atenderem aos mercados internacionais. Tecnologias são massivamente desenvolvidas visando cada vez mais o aumento da produtividade, como, a mecanização, melhoramento genético e desenvolvimento de agroquímicos. Com os incentivos do governo cada vez mais as propriedades estão se especializando e melhorando sua infraestrutura.

        Essa especialização por sua vez, do ponto de vista ecológico, tem como consequências o isolamento das unidades de produção, ou mesmo uma baixa interação entre eles, ou seja, os ciclos de nutrientes, energia, água e resíduos se tornam mais abertos. Outra consequência dos monocultivos é a maior suscetibilidade à pragas, maior uso de agroquímicos e maior redução de insetos benéficos. Além disso, a agricultura moderna fica dependente de um fornecimento contínuo de novas cultivares.

        CIÊNCIA MODERNA, REVOLUÇÃO VERDE E DIVERSIDADE DOS CULTIVOS CAMPONESES

        Os meios científicos e do desenvolvimento encaram a associação entre diversidade e genética e agricultura tradicional como negativo, ligado ao subdesenvolvimento, à baixa produtividade e à pobreza. A Revolução Verde, difundia a visão de que o progresso e desenvolvimento exigiriam inevitavelmente a substituição das variedades locais por melhoradas, e a introdução da tecnologia promoveria maiores produção, renda e bem estar.

        Por outro lado, a Revolução verde gerou muitos impactos negativos, como a venda de pacotes tecnológicos inacessíveis economicamente para grande parte dos produtores. Quem adotava o pacote, estimulado pelos programas governamentais de extensão e crédito rural, teve grandes consequências na sua saúde e meio ambiente devido ao uso excessivo de agrotóxicos necessário na produção dos híbridos e variedades melhoradas.

        Além do mais, a uniformidade de cultivos gerava maior risco ao produtor, e as culturas eram mais suscetíveis a pragas e doenças e com baixo desempenho em áreas marginais. A simplificação dos agroecossistemas tradicionais afetou a diversidade da dieta alimentar e aumentou as preocupações nutricionais.

A PRIMEIRA ONDA DE PROBLEMAS

        A visão de que a agricultura é um milagre moderno de produção de alimento, passa a ter outro olhar a partir das consequências que esse modelo gera. Um grande número de doenças ecológicas começa a surgir, associadas a intensificação da produção de alimentos, como, doenças do ecotópo (erosão, perda da fertilidade do solo, esgotamento das reservas de nutrientes, salinização e alcalinização, poluição das águas, etc.) e  doenças da biocenose (perdas de safras, plantas silvestres e recursos genéticos animais, eliminação dos inimigos naturais, ressurgência de pragas e resistência a agrotóxicos, contaminação química e destruição dos mecanismos naturais de controle).

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