Caracterização de favas crioulas no Maciço de Baturité
Por: Evaniir • 22/2/2017 • Projeto de pesquisa • 3.210 Palavras (13 Páginas) • 503 Visualizações
Universidade da Integração internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB
Evanir Brasil Germano
Caracterização das plantas de Fava (Phaseolus lunatus L.) oriundas de sementes crioulas presentes no Maciço de Baturité.
Acarape-CE
2016
Evanir Brasil Germano
Caracterização das plantas de Fava (Phaseolus lunatus L.) oriundas de sementes crioulas presentes no Maciço de Baturité.
Projeto da disciplina de TCC1 do curso de Agronomia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira-UNILAB, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro(a) Agrônomo(a).
Orientador (a): Virna Braga Marques
Co-Orientador(a): Fred Denilson Barbosa da Silva
Acarape - CE
2016
Sumário
1. Resumo: 4
2. Introdução (Justificativa da proposta) 5
3. Objetivo: (Gerais e específicos): 7
3.1. GERAIS: 7
3.2. ESPECÍFICOS: 7
4. Metodologia: 7
4.1. Tipo de Pesquisa 7
4.2. Localização da Área 8
4.3. Matéria orgânica 8
4.4. Variáveis analisadas 8
4.5. Delineamento Experimental e Análise Estatística 9
5.1. Feijoeiro (modo geral) 10
5.2. O feijão-fava (Phaseolus lunatus L) 11
6. Resultados esperados/metas: 13
7. Cronograma: 14
8. Bibliografia: 15
1. Resumo:
O presente projeto será constituído por duas fases, uma em laboratório que será realizada a caracterização morfoagronômica das sementes de Fava (Phaseolus lunatus L.), oriundas do Maciço de Baturité. A primeira fase com o objetivo de fazer análises quantitativas. Na segunda fase de realização do projeto se usará o método experimental com o objetivo de caracterizar a morfologia e a fenologia das plantas de Fava (Phaseolus lunatus L.), que serão oriundas das sementes classificadas na primeira fase.
O objetivo desse trabalho será caracterizar as diferentes variedades de fava (Phaseoulos lunatus L.) cultivadas no maciço de Baturité. As análises de variância (ANOVA) serão realizadas pelo programa computacional Sistema para Análise de Variância – SISVAR. Aplicando-se o teste de Tukey a 5% de significância. Acredita-se que muitas das variedades de fava estão deixando de ser cultivadas pelos agricultores e em algumas cidades já não são mais encontradas. Busca-se identificar as diferenças morfológicas e fenológicas entre as variedades de fava encontradas no Maciço de Baturité.
Com isso espera-se definir as variedades precoces no mesmo período e sob as mesmas condições edafoclimáticas. Identificar as variedades de maior produção e detectar quais variedades sofrem mais com incidências de pragas e doenças na região no período de observação.
Introdução (Justificativa da proposta)
Na região do Maciço de Baturité é comum encontrar sementes crioulas, de interesse local e/ou regional, esses recursos naturais disponíveis podem aumentar a renda dos agricultores, pois não se precisa comprar se pode vender o excedente. A maioria dos agricultores praticam a agricultura de sequeiro no qual fazem o uso dessas sementes, com essas práticas favorecem a preservação das espécies.
As sementes crioulas são as que melhor se adaptam a cada região onde ocorrem, visto que elas se aperfeiçoaram por meio da seleção natural, na qual os indivíduos mais vigorosos permanecem. (TRINDADDE, 2006). Para o mesmo autor as comunidades tradicionais podem armazenar sementes de uma safra para outra, não precisando, dessa forma, comprar sementes comerciais, as quais geralmente são perecíveis de um ano para outro, mas sim usar as sementes de sua própria lavoura antecedente.
Por sua vez são mais resistentes e menos dependentes á fertilizantes químicos. Para Santos et al. (2015) as sementes crioulas são detentoras de características diversas, como boa adaptabilidade a diversos ambientes, diversidade genética, que contribuem para a boa formação da cultura. Dessa forma nos faz refletir que são fonte de biodiversidade dos sistemas de produção e de diversidade alimentar.
De acordo com Vasconcelos (2011) as sementes crioulas possuem ampla importância, pois, atendem a um dos princípios básicos da Agroecologia que é o de desenvolver plantas adaptadas às condições locais, capazes de tolerarem variações ambientais e ataque de organismos prejudiciais.
Hoje em dia só é possível termos sementes crioulas por causa da agricultura realizadas por alguns agricultores, tais como as populações indígenas e camponesas. Estes conseguiram conservá-las e selecioná-las, para garantir sua alimentação e sobrevivências das espécies cultivadas. Nelas reside uma ampla variedade genética que os camponeses têm se utilizado para enfrentar variações climáticas sazonais ou não, condições edáficas distintas, pragas, etc. (SARAVALLE, 2010).
Segundo Guimarães et al., (2007) no Brasil, apesar de cultivada em todos os Estados e de apresentar capacidade de adaptação mais ampla que o feijão- comum (Phaseolus vulgaris L.), o cultivo do feijão-fava ainda tem pouca relevância. Acredita-se que as principais razões para o cultivo relativamente limitado, sejam: a maior tradição de consumo do feijão-comum, o paladar do feijão fava e o seu tempo de cocção mais longo.
A importância econômica e social se deve principalmente à sua rusticidade em regiões semiáridas do Nordeste brasileiro, o que possibilita prolongar a colheita em período seco (Azevedo et al., citado por N.R.GUIMARÃES et al., 2006). Muitas dessas variedades estão deixando de ser cultivadas pelos agricultores e em algumas cidades já não são mais encontradas. Inúmeros fatores vêm contribuindo para essa modificação de comportamento.
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