Controle químico do cafeeiro

Manejo de doenças do cafeeiro

Fungicida: Pode-se definir fungicida como compostos químicos empregados no controle de  doenças causadas por fungos e bactérias. A agricultura moderna depende de determinados fatores de produção para o aumento da produtividade. Dentre estes fatores, os defensivos agrícolas têm sido grandemente utilizados pela agricultura brasileira nos últimos anos.

O uso adequado de defensivos para o controle de doenças de plantas requer o conhecimento de vários fatores dentre os quais se destacam:

- O agente causal envolvido e o seu potencial como patógeno;

- A espécie de planta envolvida; tipo de solo;

- Severidade de ataque do patógeno; importância econômica da cultura;

- Tipo de equipamento a ser utilizado na aplicação do produto; número de aplicações;

- Mão-de-obra disponível;

- Perda na produção devido à doença;

-Custos, além do comportamento do produto  no meio ambiente.  

Dos agroquímicos consumidos na agricultura , em média, 20% são fungicidas, 25% inseticida, 51% com herbicida e 4% outros.

Fungicidas – Formulação

• Fungicida: É composto do ingrediente ativo + ingrediente inerte (veículo)

                Ing. Ativo: (%)   g, L/kg.

                Ing. inerte: gesso, talco, caolinita, caulim.

• Outros componentes:

                Solventes ou diluentes líquidos e sólidos

                Coadjuvantes – molhantes, aderentes, estabilizantes, dispersantes etc.

 

Formulações

O tipo de formulação influencia nos depósitos do fungicida na superfície foliar, no efeito residualn a tenacidade e, conseqüentemente, na eficiência de controle da doença. Influencia também na escolha da máquina e do tipo de bico de aplicação do produto. Formulações líquidas deve-se agitar antes de usar, para que o princípio ativo fique em suspensão e não decantado. A água é o meio mais efetivo e barato para diluição dos fungicidas e, com poucas exceções, é o veículo mais usado nos programas de pulverização. De maneira geral, os fungicidas (protetores) apresentam baixa solubilidade em água. Por este motivo, muitas formulações requerem agentes dispersantes para impedir a floculação do fungicida e melhorar as propriedades de "molhabilidade" da formulação. Outros ingredientes que podem ser incorporados nas formulações são os denominados adjuvantes, que aumentam a retenção e a tenacidade e, consequentemente, a persistência do fungicida na superfície foliar.

Adjuvantes

São ingredientes inertes adicionados a uma formulação de agrotóxico ou ao tanque no preparo da calda para pulverização, visando melhorar a eficiência do fungicida. Muitas formulações  contém porcentagens pequenas de adjuvantes, mas em certas situações eles devem ser adicionados.

Exemplos:

Umectantes (agentes molhantes): Permitem que os pó molháveis se misturem com água e tenham boa aderência na superfície de plantas.

Emulsificantes: Favorecem a mistura de agrotóxicos na forma líquida, a base de óleos minerais que não se misturam com água.

Espalhante: Quebram a tensão superficial das gotas permitindo o seu espalhamento na superfície das plantas.

Adesivo ou aderente: Melhoram a aderência dos produtos à superfície vegetal.

Formulações de fungicidas

- Pó seco (PS) - Não sofre diluição para sua aplicação. Utilizado para polvilhamento das plantas, ou ainda, em mistura de solos ou semente. Geralmente contém apenas cerca de 10% do ingrediente ativo. Os fungicidas a base de enxofre são os mais comumente empregados como PS.

- Pó Molhável (P.M) – A maioria dos fungicidas é formulada como pó molhável. As partículas são finamente moídas e podem permanecer em suspensão sem serem dissolvidas. A aplicação é feita normalmente em pulverização. Geralmente contém 5 à 10% de ingrediente ativo. A formulação pó-molhável deve ser pré-misturada com água, necessitando agitação contínua; provoca maior desgaste nos bicos. Apresenta perigo do pó ser inalado durante o preparo da calda. Requerem alta concentração de um agente emulsificante solúvel em óleo.

- Pó-Solúvel (PS) - neste tipo de formulação o fungicida é totalmente solúvel em água, por isso mesmo não necessita de agitação constante, mas poucos são os casos conhecidos de fungicidas solúveis em água

- Granulados (G) - São produtos sob a forma de grânulos. Os granulados apresentam maior facilidade de aplicação e maior segurança ao usuário. Devido ao tamanho, as partículas não estão sujeitas à deriva observada nas formulações em pó. Outra vantagem é que podem ser formuladas de modo a liberar o ingrediente ativo parceladamente, numa taxa controlável;

- Concentrado Emulsionável ou Emulsão ou Emulsão concentrada  (C.E; E; E.C) - É uma formação líquida, concentrada, e sua aplicação requer uma diluição em água. Requerem alta concentração de um agente emulsificante solúvel em óleo. As formulações em concentrados emulsionáveis provocam menos desgaste nos bicos, proporciona mistura mais homogênea. Apresenta a vantagem de propiciar maior penetração do ingrediente ativo no interior do vegetal.

- Soluções especiais para UBV (ultra baixo volume) - São formulações do produto técnico puro ou dissolvido em óleo, nunca em água. São altamente concentradas, portanto podendo apresentar toxicidade muito elevada.

- Fumigantes - São encontrados sob a forma líquida ou sólida, dentro de embalagens hermeticamente fechadas. São usados em ambientes fechados, devido a exclusiva ação fumigante, em contato com o ar liberam gases. Ex.: fosfina, brometo de metila, e outros.

- Pasta - Forma pastosa, para ser utilizado sem diluição sob partes vegetais.

- Suspensão Concentrada (SC)  (“Flowable”) – Neste tipo de formulação o princípio ativo sólido é mantido suspenso em água. Neste tipo de formulação as micropartículas permanecem em suspensão, sendo de fácil dispersão e de grande estabilidade.