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Fichamento Agroenergia: Panorama atual do atendimento energético da Amazônia rural brasileira: meio ambiente, floresta e ocupação humana

Por:   •  10/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  385 Visualizações

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Universidade Federal do Tocantins

Mestrado em Agroenergia

Campus Universitário de Palmas

Disciplina: AGRO I/2018.1

1) Panorama atual do atendimento energético da Amazônia rural brasileira: meio ambiente, floresta e ocupação humana, universalização da energia elétrica na Amazônia (p. 22 – 32). Capítulo 1.

Sugestões de ações governamentais para o atendimento energético rural sustentável na Amazônia: atendimento energético nas áreas degradas da Amazônia rural, sustentabilidade energética e ambiental onde prevalece a floresta amazônica, cuidados e recomendações a serem observados (p. 173-176). Capítulo 7.

Fonte: Di Lascio, M.A. & Barreto, E.J.F. Energia e desenvolvimento sustentável para a Amazônia rural brasileira : eletrificação de comunidades isoladas. Colaboração de: Daniel Pioch, Écio Rodriges e Ministério de Minas e Energia (2009).

 

2) A ocupação humana da região amazônica e seus efeitos degradantes no meio ambiente. A dificuldade da eletrificação nas comunidades isoladas em razão da extensão territorial e falta de investimento governamental. A produção de energia sustentável nas comunidades rurais.

3) Amazônia rural, eletrificação, desenvolvimento sustentável, energia sustentável, povoação da Amazônia.

4) Segundo os autores, a Amazônia apresenta baixa infraestrutura energética associada ao difícil acesso da região e pouco investimento pelo governo. A tentativa de povoação mal planejada ocasionou o aumento de comunidades isoladas e sem condições econômicas para utilizar corretamente os recursos naturais da região.

Pg.22

“Na Amazônia rural brasileira, mais de dois milhões de pessoas não têm acesso à energia elétrica. A iluminação noturna é realizada por lamparinas alimentadas com óleo diesel, que, além de precárias, ainda provocam doenças respiratórias, principalmente nas crianças. A locomoção dessas populações é igualmente deficitária, pois a maioria não possui, nem mesmo, uma simples canoa a remo [...]”

Pg.22

“O estudo desta grave situação energética, social e ambiental, apresentado neste capítulo, toma por base principal as informações disponíveis na literatura pertinente. Com o mesmo objetivo, são considerados os dados recolhidos por vários levantamentos de campo realizados por integrantes do “Projeto Equinócio” da UnB, com o apoio e/ou a participação de instituições governamentais, tais como CNPq, IBAMA, Aneel, PLpT/MME, BID, Governo do Estado do Acre, etc., e efetuados nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia, conforme Di Lascio (1996b, 1999), e Di Lascio, Pioch & Rodrigues (2006), entre outros.”

Pg.25

“Antes do seu descobrimento, a Amazônia era povoada por indígenas, que se localizavam ao longo dos cursos d’água, e mantinham um relacionamento equilibrado com a natureza, cujas limitações haviam aprendido a reconhecer durante alguns milênios de convivência com a floresta.[...]”

Pag. 25

“A partir de 1751, por ocasião do governo do marquês de Pombal, iniciou-se a emancipação política da Amazônia brasileira quando Belém foi promulgada como sede administrativa do Norte do Brasil. A nova administração substituiu as práticas antigas pelas lavouras de café, tabaco, algodão e arroz. Na mesma época, o cacau, que até então era extraído da floresta em estado natural, passou a ser cultivado. A pecuária também recebeu um grande impulso, com a criação de gado no vale do rio Branco. Em fins do século XIX, a região experimentou outra fase de grande prosperidade, com a volta do extrativismo, agora movido pela extração do látex das seringueiras, destinado à fabricação de borracha.”

Pag. 26

Nas últimas décadas, a perda de mercado e a queda de produtividade de alguns desses produtos, como a borracha nativa e a castanha do Pará, estão levando essas pessoas a praticar a agricultura e a pecuária, e, em consequência, elas estão provocando alterações irreversíveis na cobertura vegetal original. No estado do Pará, o conhecido Polígono dos Castanhais, na região de Marabá, já não pode receber esta denominação porque mais de 54% de sua superfície − grande parte da qual era dominada por castanhais − foi transformada em pastagens, roçados e capoeiras. O desmatamento é invariavelmente acompanhado pela queimada para limpar a área. [...]”

Pag. 28

“As áreas com inserção da agricultura e da pecuária foram definidas para atender às iniciativas de ocupação da Amazônia efetuadas pelos Governos Militares das décadas de 60 e 70, os chamados “Projetos de Colonização” . [...].Na época dos “Projetos de Assentamento”, a ótica ambiental foi ignorada pelo planejamento, pois as preocupações básicas do momento eram: a) integrar a Região ao resto do país para atender questões de soberania e de segurança nacionais; b) levantar as potencialidades de um território que se estimava imensamente rico; e c) ocupar as populações desempregadas pela mecanização da lavoura em outras partes do País. Como não foram realizados estudos prévios sobre o impacto desta ocupação nos ecossistemas locais, os danos ecológicos que ocorreram, e continuam acontecendo, são de grande envergadura. [...]”

Pag. 30

“A partir de 2003, o tema da universalização da energia elétrica vem recebendo um impulso importante do Governo Federal através do “Programa Luz para Todos”, que pretende universalizar com energia elétrica quinze milhões de brasileiros até 2010. Objetivo que inclui a região amazônica, embora ali as dificuldades a serem enfrentadas sejam bem maiores.”

Pg.32

“Desse modo, a implantação de infraestrutura para o suprimento de eletricidade na área rural da Amazônia apresenta duas regiões com aspectos distintos. As diferenças entre essas duas regiões estão descritas na Tabela-1.2. Na área da Planície Amazônica predomina uma população ribeirinha, onde os poucos atendimentos elétricos são efetuados de forma isolada por geração distribuída, e esta deverá ser a modalidade empregada para a expansão do serviço. Na região do Arco do Desmatamento, na qual está situada a maior parte dos “Projetos de Assentamento”, as novas ligações poderão ser realizadas estendendo as atuais redes convencionais distribuição.”

Pag. 175

“Na Planície Amazônica, em que predomina a floresta tropical úmida e em todos os locais que apresentam as mesmas características, existe a dificuldade de comunicação terrestre que isola os vilarejos, impede a extensão das redes de distribuição e obriga a existência de geração descentralizada. Nesses sítios em que a vegetação original está bastante preservada será essencial dar mais ênfase ao planejamento energético orientado para a conservação da natureza. A extração e o beneficiamento dos frutos oleaginosos originados na floresta nativa criarão um vínculo entre os moradores e a conservação da natureza a partir da geração de postos de trabalho e aumento da renda. O aproveitamento dos resíduos, para produzir energia elétrica, é um fator essencial na direção de garantir a eficiência econômica do conjunto.”

Pg. 176

“A identificação das cadeias produtivas adequadas à região e com potencial para reverter o quadro atual de pouca geração de renda e de postos de trabalho é objetivo para ser alcançado por outros programas de governo, que de preferência devem ser

implantados conjuntamente com a universalização dos serviços de energia. Mesmo porque a arrecadação correspondente ao valor do serviço de energia tem relação direta com a sustentabilidade econômica dos novos sistemas.”

Pg. 176

“O desenvolvimento com base na biomassa energética renovável, promovendo o beneficiamento de frutos oleaginosos para aumentar a renda local, deve ser objetivo de programas governamentais de desenvolvimento local. A idéia de clusters produtivos pode nortear a estratégia de programas de desenvolvimento sustentável locais.”

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