Levantamento socioeconômico do uso múltiplo de florestas
Por: thalitaca • 23/4/2019 • Trabalho acadêmico • 7.781 Palavras (32 Páginas) • 307 Visualizações
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Universidade Federal de Viçosa – UFV
Centro de Ciências Agrárias - CCA
Departamento de Engenharia Florestal – DEF
Silvicultura Geral – ENF 339
Trabalho Prático
Levantamento socioeconômico do uso múltiplo de florestas
Eucalipto e pupunha
Carla Regina Santin
Matrícula: 58232
Viçosa
Novembro de 2010
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................03
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................04
2.1. O uso múltiplo da floresta, produção florestal e zoneamento ecológico .........................................................................................................04
2.2 Pupunha ..........................................................................................08
2.3 Eucalipto .........................................................................................13
2.4 Sustentabilidade da produção florestal e da pupunha ...............21
3. AVALIAÇÃO ECONÔMICA .........................................................................22
4. QUESTÕES ESPECÍFICAS .........................................................................23
4.1. .........................................................................................................23
4.2. .........................................................................................................23
4.3. .........................................................................................................24
4.4. .........................................................................................................25
4.5. .........................................................................................................25
4.6. .........................................................................................................25
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................26
6. ANEXOS .......................................................................................................27
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é o país com maior área de floresta tropical do mundo, com aproximadamente 65% do seu território (5,5 milhões de km2 ) ainda detendo algum tipo de cobertura florestal. Em nossas florestas encontra-se a maior biodiversidade de espécies e ecossistemas do planeta e, são elas que protegem a circulação de 20% de água doce disponível do mundo. Sendo também, onde se implantam uma das tecnologias mais avançadas para desenvolvimento de florestas plantadas e reflorestamento/recuperação de áreas degradadas.
Entretanto, boa parcela das florestas naturais tem sido utilizada para a expansão de fronteiras agrícolas e outras áreas exploradas para suprir matéria-prima às indústrias de produtos sólidos da madeira, ocasionando arrefecimento da cobertura vegetal, notadamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Por sua vez, os plantios florestais têm se isolado como principal meio de restaurar áreas desmatadas, alteradas e degradas. A utilização de madeiras plantadas, principalmente nas atividades de consumo energético e de processamento industrial contribui de maneira decisiva para reduzir a pressão sobre a floresta nativa.
Nesse trabalho será realizado um estudo sobre o uso múltiplo da floresta, produção florestal e zoneamento ecológico. Assim como uma análise sobre o cultivo da pupunha e do processo de implantação e condução do eucalipto, acompanhados de uma avaliação de viabilidade econômica (SBS).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O uso múltiplo da floresta, produção florestal e zoneamento ecológico.
A sustentabilidade pode ser definida como uma quantidade de consumo que se estende indefinidamente sem esgotar os estoques de capital natural, sendo a estrutura do solo e da atmosfera, a biomassa de plantas e animais, sendo que todos estes compõem a base de todos os ecossistemas. Esse tipo de capital faz utilização de insumos primários para gerar os serviços do ecossistema e os fluxos de recursos físicos naturais. Em um negócio o estoque de capital compreende os ativos de longo prazo, como imóveis e maquinários, que são usados como meios de produção. Tem-se, como exemplo, as florestas, as populações de peixes e os depósitos de petróleo. Os fluxos de produtos oriundos dos capitais naturais citados são as toras de madeira, peixes capturados e os petróleos crus bombeado, respectivamente. Podemos completar que o fator limitante do desenvolvimento não é o capital criado pelo homem, mas o capital natural restante. Sendo assim, o que limita a produção de madeira são as florestas que restaram, e não a capacidade das serrarias; a pesca é restringida pelas populações de peixe, e não pelos barcos pesqueiros; e os petróleos crus são limitados por seus depósitos, e não pela capacidade de perfuração e bombeamento (Costanza, 1994).
O uso da floresta pode ser abrangido como fator indutor do incremento rural, gerador de poupança e diversificador da produção nas propriedades rurais. Quando o produtor rural decide ser um silvicultor adquire vantagens como possibilidade do uso da Reserva Legal de áreas não agricultáveis, uma legislação favorável para o plantio de espécies florestais além da grande diversidade de alternativas (gêneros, espécies e clones) para o plantio, ocasionando uma diversidade de produtos finais para comercialização como madeira, óleos, resinas e sementes.
As várias funções ambientais da floresta, tanto a nativa como a plantada, abarcam a ocupação de áreas abandonadas, proteção das nascentes e cursos d’água, proteção e recuperação de solo e atração à biodiversidade. Devendo o silvicultor respeitar e seguir as diversas leis de proteção florestal.
Discute-se muito sobre a imprescindível preservação das florestas, inclusive criando-se mapas com áreas de importância para as biodiversidades destinadas a implantação de florestas e parques nacionais.
Em termos biológicos e ambientais é conhecido que as florestas propiciam sobretudo a conservação das condições de vida para milhões de formas de vida vegetal e animal; mantém a umidade necessária para a existência de um clima propício à vida e mantém a qualidade dos recursos hídricos tornando-as importantíssimas no sistema global ambiental e conseqüentemente beneficiam o ambiente humano. Entretanto, as florestas eram consideradas "empecilhos ao desenvolvimento", sendo derrubadas sem nenhum critério e não havia ambientes propício para vozes contrarias.
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