O Ecossistema de Matas

Ecossistema de mata:

O sistema de mata foi o primeiro visto, nele se observou que o clima existente no local era o sub-úmido, a mata se apresentava com características de sucessão, onde houve desmatamento da área original e com o passar dos anos houve o crescimento de espécies vegetais, a partir de um “banco de sementes” existente no solo do local, formando uma nova vegetação com riquezas de espécies.

Como limites do sistema verificou-se estradas, áreas cultivadas com pastagens e construções aos arredores, os elementos apresentados foram os animais que frequentavam ou habitavam no local, as plantas que faziam parte da vegetação, e os fatores abióticos, como ventos, sol, chuvas, entre outros.

Para a formação da mata foi necessária a entrada de alguns elementos, como água decorrente das chuvas, animais que traziam nutrientes a partir de seus dejetos e sementes de outros locais e a radiação solar para o fornecimento de energia para o desenvolvimento plantas, além dos elementos que entraram houve também saídas, de animais que migraram para outras áreas, água por escoamento superficial ou por percolação, nutrientes existentes no solo pela lixiviação e sedimentos do solo.

O fluxo de energia existente no sistema se dá a partir da energia luminosa fornecida pelo sol, que é captada pelas plantas sendo posteriormente convertida em compostos orgânicos, os quais servirão de fonte de energia para os demais animais da cadeia trófica do local.

A serrapilheira do sistema é caracterizada pela existência de uma diversidade de espécies vegetais, porém não existindo abundância, desse modo o solo é coberto por folhas pertencentes a diferentes plantas e em diversos estágios de decomposição, formando uma camada de matéria orgânica, que é a principal fonte de fornecimento de nutrientes para a manutenção desse sistema, já que o solo da região é classificado como neosolo quartzareno, o qual é basicamente formado por partículas de areia, que é pobre em fornecimento e armazenamento de nutrientes, apresentando uma baixa fertilidade natural.

Ecossistema de capim marandu:

O sistema que utiliza o capim marandu possui como limites a existência de cercas, com arrame, sendo a área subdividida por piquetes como uma das formas de manejo. Os elementos que o compõe são os animais (caprinos) que irão pastejar, água (chuva e irrigação), insumos, radiação solar, ventos e as próprias plantas forrageiras.

Para a implantação e manutenção da área são necessárias as entradas e as saídas, como entradas se tem os insumos, adubos, água (chuvas e irrigação) e animais, como saídas se tem a produção dos animais, lixiviação e exportação de nutrientes pelo pastejo dos animais. O fluxo de energia do local se caracteriza pela fotossíntese do capim para a produção de biomassa e sua utilização para a alimentação dos animais.

Diferente do ecossistema presente na mata, que possui uma diversidade de espécies no local e da área de leucena, que possui um consórcio entre duas espécies forrageiras, a área de cultivo do capim marandu é caracterizada como um sistema de produção de monocultura, assim a serrapilheira dessa área é formada quase exclusivamente de folhas de capim marandu, com alguns vestígios de algumas plantas invasoras, possuindo um material de alta relação carbono/nitrogênio (C/N).

O solo da área possuía característica de solo arenoso, com a presença da serrapilheira apresentava presença de matéria orgânica e por ser uma gramínea, possuindo raízes fasciculadas, o solo nas camadas superficiais se encontrava mais agregado.