O PROJETO DE VIABILIDADE AMBIENTAL
Por: Fernanda Pimenta • 17/6/2019 • Projeto de pesquisa • 6.178 Palavras (25 Páginas) • 260 Visualizações
PROJETO DE VIABIIDADE AMBIENTAL DA INDÚSTRIA MADCOMP
1- Objetivo geral
O objetivo central deste Estudo de Viabilidade Ambiental é atestar a viabilidade ambiental do empreendimento MADCOMP, é Avaliar parâmetros de sustentabilidade ambiental que devem ser considerados pela indústria moveleira do DF em sua inserção no desenvolvimento sustentável.
2- Conteúdo do Estudo
Os estudos deverão ser elaborados, tendo como referência os aspectos ambientais da área do empreendimento e as inter-relações existentes.
3- INTRODUÇÃO
3.1 – Identificação do Empreendimento
A Indústria é uma microempresa composta por um conjunto de máquinas que processa madeira e painéis de madeira. A produção é toda por encomenda e os produtos fabricados são variados (armários, mesas, estantes, gaveteiros, racks, biombos, camas, etc.). As principais matérias-primas utilizadas são o MDF e a madeira maciça. O maquinário, na sua maioria, tem tempo de uso superior a 20 anos.
A empresa MADCOMP, será instalada na zona rural do município de Anápolis, estado de Goiás, mas precisamente na Fazenda Barra Bonita, região de mesma nomenclatura do município.
A Fazenda Barra Bonita, possui atualmente 52 (Cinquenta e dois) alqueires de área e está situada na região de mesma nomenclatura no município de Anápolis. Dentro desta área encontram-se 02 (Dois) afloramentos do lençol freático que compõem a montante do Córrego das Antas, afluente direto do Ribeirão João Leite.
Ao longo do desenvolvimento das civilizações, a madeira é um componente essencial na promoção do bem estar humano, a qual era utilizada como lenha, na fabricação de utensílios diversos, habitações, dentre outros. Com a sua utilização na forma serrada foram ampliadas as possibilidades de uso e com a inserção dos adesivos, novos produtos compostos de madeira puderam ser fabricados. Inicialmente, eram usados adesivos naturais feitos à base de proteínas animais, vegetais e amido. Na década de 30, vieram os primeiros adesivos sintéticos a base de uréia-formaldeído e fenol-formaldeído (REMADE, 2003).
O uso de madeira natural possui algumas limitações como as suas dimensões (largura e comprimento), que variam de acordo com o tipo de árvore, as propriedades mecânicas e alguns defeitos como nós e inclinação. Devido a estas limitações os adesivos tornaram-se importantes, por permitirem o uso de madeira em diferentes tamanhos e configurações na fabricação de diversos tipos de painéis. Com isso os painéis de madeira trouxeram três benefícios relevantes para a sociedade: i) aumento da oferta de produtos de madeira, com sua utilização racional e integral; ii) melhoria das propriedades dos produtos de madeira, permitindo uma grande gama de utilização; iii) servirem como produtos alternativos a madeira maciça, recursos metálicos e poliméricos na fabricação de bens de consumo (REMADE, 2003).
Os painéis de madeira podem ser utilizados pela indústria moveleira e também na construção civil (SILVA, 2012). Eles podem substituir a madeira maciça em uma infinidade de aplicações, como a fabricação de móveis, pisos e objetos decorativos, bem como em design de interiores (PIERKARSKI, 2013).
4- CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.
A área destinada ao empreendimento MADCOMP está localizada na mesorregião do Centro-Oeste Goiano, na microrregião metropolitana, a 45 km da capital Goiânia, na cidade de Anápolis, em perímetro rural, pertencente à Família Barros, com área parcial de 5 alqueires delimitadas por marcos de concreto, georreferenciados, no Sistema Geodésico Brasileiro, em uma propriedade de 9 alqueires, entre coordenadas geográficas - 16°27'10.6"S 49°00'54.3"W
4.1 MEIO FÍSICO
- GEOLOGIA
A vegetação predominante na área é composta por Mata Seca, e Mata de Galeria, Cerrado sentido restrito, Cerradão e Capoeira, além de algumas áreas degradadas ocupadas por pastagens., possuindo uma vegetação exuberante, caracterizando – se em quase sua totalidade por uma vegetação mista, com madeiras de lei, angico, cedro, Pata de vaca, Ipê de várias espécies, entre outras.
Anápolis está situada numa região chamada de "Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba", subunidade no Planalto Central brasileiro. Latossolos, isto é, solos minerais e homogêneos, predominam tanto nas regiões mais planas quanto onde o relevo é mais acidentado.
Em geral, o terreno do município é caracterizado por planos ligados por rampas, o que traz uma imagem relativamente ondulada e acidentada, com a altitude variando entre 1.000 e 1.200 metros, sendo a altitude média geralmente fixada em 1.017 metros. Predominam declividades entre 5% e 15%. A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas.
- RECURSOS HÍDRICOS
O município é bem regado de águas, que são potáveis e permanentes. Dentre outros citam-se os seguintes Ribeirão das Antas, Ribeirão Cachoeira e Ribeirão João Leite; estes últimos fazem limites com o município de Anápolis.
Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, nascentes na região do município de Anápolis levam águas para as bacias do Rio Paraná, Tocantins e Araguaia, com importância para a Platina e a Amazônica e do Rio São Francisco. São dezenas de córregos e ribeirões com pequeno volume e água, muita vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar, muito embora o volume de água que possuem seja pequeno.
- CLIMATOLOGIA
O clima do município está entre o tipo tropical com estação seca (Köppen Aw). Como Anápolis está em uma altitude elevada, as temperaturas são mais amenas.
A temperatura, ao longo do ano, oscila entre mínima média de 18 °C e máxima média de 28 °C. Existem duas estações distintas; a da seca, que coincide com o período de temperaturas menores, geralmente de abril a setembro, e a das chuvas, que coincide com o verão. Sendo assim, os meses de agosto e setembro são muito secos e costumam ser quentes, apesar do inverno e as primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano para o outro.
A umidade relativa do ar tem uma variação sazonal. A média mensal fica em torno de 50 a 60% nos meses mais secos (que pode chegar a meados de 20%), mas no período das chuvas ultrapassa a 80%.
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