Os Sementes Piratas
Por: Catrindall • 22/2/2023 • Relatório de pesquisa • 664 Palavras (3 Páginas) • 79 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
DISCIPLINA: AGR0217A – Tecnologia de Sementes
PROFESSOR: Lessandra Silva Rodrigues
ALUNOS: Camila Trindade Dall Agnol
SEMENTES PIRATAS: O BARATO QUE SAI CARO
Caxias do Sul, 05 de novembro de 2018.
Sementes piratas: O barato que sai caro
As chamadas sementes piratas ocupam as lavouras do Brasil. De acordo com a ABRASSEM (Associação Brasileira de Sementes e Mudas), a soja é uma das principais culturas afetadas pela pirataria, é estimado que cerca de 45% é oriunda de sementes sem certificação. Sabemos que, a boa produtividade esperada depende principalmente da qualidade das sementes plantadas.
O que a princípio é barato, acaba se tornando caro ao produtor com o uso de sementes ilegais. O impacto que pode trazer grandes prejuízos ao agricultor, como a queda de produtividade e proliferação de pragas e doenças nas lavouras. Outro fator significativo quando se comercializa sementes sem certificação é no investimento em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias.
A comercialização de semente sem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é crime. Infringir as Leis de Proteção de Cultivares e de Sementes e Mudas implica no pagamento de multas que podem chegar a 125% do valor do produto apreendido. Em 2008, o Mapa intensificou a fiscalização de sementes piratas no Brasil.
Uma forma de combater a pirataria na produção e comércio de sementes e mudas é fornecer ao usuário o máximo de informações que permitam identificar as cultivares (variedades de vegetais obtidas a partir de cultivo) que são aprovadas e liberadas oficialmente para plantio. No site do Mapa, o Registro Nacional de Cultivares (RNC) oferece um serviço de consulta ao cadastro de cultivares que estão habilitadas para a produção, comércio e emprego de sementes e mudas em todo o território nacional. O intuito do serviço disponibilizado é proteger o agricultor da venda de sementes e mudas não testadas ou validadas.
O RNC dá acesso, por exemplo, aos tipos de cultivares que podem ser registradas, quem pode solicitar o registro, e como fazer para utilizar-se dele. Para verificar se o produto a ser adquirido está inscrito no sistema, devesse acessar o site www.agricultura.gov.br/, e buscar em Cultivares Registradas. Também pode-se acompanhar, pela internet, a tramitação dos documentos e processos de proteção e registro de cultivares. Também é possível realizar pesquisas interativas no banco de dados de cultivares protegidas, no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) e inscritas no RNC.
Deve-se precaver sobre os riscos causados alertas sobre os riscos causados pela utilização de sementes piratas, especialmente nas grandes culturas, como a soja, as quais são recorrentes. O índice de comercialização de sementes sem certificação considerado alto surpreende, e notamos a importância valorizar as sementes escolhidas pelos produtores. A Associação Científica de Profissionais em Ciência e Tecnologia de Sementes faz um alerta para as perdas tecnológicas que a prática de pirataria representa para a agricultura nacional. Conforme a declaração do pesquisador da Embrapa Soja, Francisco Krzyzanowski, as sementes possuem características genéticas, fisiológicas e sanitárias, isso a diferencia de um simples grão que tenha potencial de germinação.
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