Relatório Granulometria
Por: Júlia Ribeiro • 14/5/2024 • Trabalho acadêmico • 1.626 Palavras (7 Páginas) • 106 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CAMPUS GUANAMBI
DETERMINAÇÃO GRANULOMÉTRICA DE SOLOS
JÚLIA BRITO RIBEIRO
Relatório de aula prática do componente curricular Física do Solo do curso Bacharelado em Engenharia Agronômica, a ser avaliado e utilizado como nota composicional do conceito final da disciplina.
Guanambi, maio de 2022
INTRODUÇÃO
A importância da análise do tamanho de partícula reside na capacidade de compreender o solo e outras propriedades físicas e químicas importantes relacionadas ao solo. As partes mais importantes da agronomia são areia, silte e argila, e suas características, por sua vez, afetam muito o processo de controle da dinâmica do solo.
A análise granulométrica visa à quantificação da distribuição por tamanho das partículas individuais de minerais do solo. Entende-se por partículas individuais os grãos de minerais individualizados, fragmentos de rocha não alterada ou parcialmente alterada (podendo conter mais de um mineral), concreções, nódulos e materiais similares cimentados. (DONAGEMMA et. al., 2017, p. 95).
O ensaio granulométrico tradicional consiste de uma sequência de ensaios normatizados que visam determinar a distribuição granulométrica dos solos. Este ensaio consiste em dois processos, o peneiramento e a sedimentação, podendo ser feito apenas o peneiramento ou ambos dependendo do solo ensaiado. (MARTINS et. al., 2010, p. 1)
De acordo com Kitamura (2020), a textura do solo é uma propriedade na qual se relaciona com sua permeabilidade, assim como a sua capacidade de retenção de água e o preparo de um determinado solo. Além disso, outros aspectos como a infiltração e aeração sofrem influência da textura do solo (VIEIRA et al., 1988).
A amostragem do solo, é de grande importância, uma vez que, quando realizada incorretamente poderá ocasionar em danos financeiros e ao ambiente, deve-se sempre atentar a posição da paisagem (relevo), o histórico de manejo e demais características que não causem impacto quanto ao resultado final da análise. A análise do solo é realizada com a coleta de amostras de uma determinada área da propriedade na qual se deseja avaliar. Por isso, é de suma importância que amostras coletadas representem a maior parte da área localizada (BRASIL, 2007).
O objetivo do trabalho é analisar diferentes tipos de classes de textura e em diferentes profundidades da área de uma fazenda localizada no município de Luís Eduardo Magalhães no oeste Baiano, por meio da obtenção da porcentagem de areia, argila e silte do solo.
MATERIAL E MÉTODOS
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
De princípio foram coletadas no setor de agricultura do Instituto Federal Baiano- Campus Guanambi amostras deformadas e indeformadas, utilizou-se o trado holandês e extrator de
Uhland em diferentes níveis de profundidade, como de 0 – 10 cm e de 10 – 20 cm. Portanto, as amostras utilizadas para a análise foram coletadas no município de Luís Eduardo Magalhães no Oeste baiano. Logo após foram empacotadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório de física do solo no IF Baiano campus – Guanambi, onde foram submetidas ao processo de secagem natural ao ar, se transformando em TFSA (Terra Fina Seca ao Ar), após isso ela foi destorroada e peneirada em uma malha de 0,2 mm para se remover partículas indesejadas. Foram pesadas na balança analítica 40g de TFSA, diretamente transferidas em garrafas PET de 600 ml (Figura 1A), onde foi adicionado 100 mL de solução dispersante (10 g de Hexametafosfato de sódio + 4 g de Hidróxido de sódio / 1 L de água destilada) mais 250 ml de água destilada ou deionizada. Logo em seguida levou as garrafas devidamente fechadas para o agitador mecânico, a 120 rpm por 16 horas (Figura 1B).
Figura 1A: TFSA sendo colocada na garrafa. Figura 1B: Agitação mecânica.
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Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022. Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022.
Após a agitação, o conteúdo de cada recipiente foi transferido para uma proveta, com o auxílio de um funil, passando por uma peneira (malha 0, 053 mm) com objetivo de remoção da fração de areia, utilizando de jatos de água para uma boa separação, até completar o volume de 1000 mL da proveta (figura 2 e 3). Foi preparado também duas provetas sem amostra do solo (prova em branco) com 100 ml da solução dispersante completada com água deionizada até 1 litro).
Figura 2: Peneira de malha 0,053 mm.
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Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022.
Figura 3: Remoção da fração de areia na malha de 0,053 mm.
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Fonte: RIBEIRO, M. E. B. da S. 2022.
LEITURA DAS AMOSTRAS
Para a fração de areia, o conteúdo que estava retido na peneira foi transferido para uma lata com peso já conhecido, removendo o excesso de água, após a areia ter sedimentado (Figura 4A), e levado a estufa à 105°C por 24h. Depois desse período, as amostras foram retiradas com cuidado da estufa, levadas para esfriar em um dessecador por aproximadamente 20 minutos (Figura 4B) e novamente pesadas, para que fosse possível determinar o percentual de areia presente.
Figura 4A: Transferência da areia para a lata. Figura 4B: Amostras no dessecador.
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Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022. Fonte: RIBEIRO, J.B. 2022.
Para determinar a fração de argila, foi feito a agitação manual em cada proveta (Figura 5A), calculando o tempo final e inicial, além do tempo de sedimentação do silte a uma profundidade de 5 cm, a contar da superfície da solução contida na proveta. Foi utilizado cálculos perante a lei de Stokes, por meio da planilha eletrônica. Após a sedimentação da argila, foi coletado com o auxílio de um pipetador eletrônico 25 mL da suspensão de argila, sendo transferido para Becker de 50 mL com massa conhecida e devidamente identificados (Figura 5B), onde foram levados para estufa sendo submetidos a uma temperatura de 105°C por 24 horas.
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