Resenha do Livro maracujá

POR TRÁZ DO MARACUJÁ

Pesquisa, informação e melhoramentos

A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, produtora do livro maracujá, possui muitas críticas positivas de muitos agricultores, principalmente, quanto ao apoio em suas produções. Contou com a colaboração de 34 autores, entre eles estão 29 engenheiros agrônomos, 02 biólogos, 01 engenheiro de alimento, 01 pesquisador autônomo e 01 historiador natural. De cunho cientifico a obra é dívida em cinco capítulos.

No primeiro capítulo, demandas para as pesquisas em recursos genéticos, traz logo de cara um ponto importante do livro, o germoplasma, unidades para conservação do material genéticos de uso imediato ou de potencial uso no futuro para o melhoramento da espécie. Contudo a Passiflora propriedade da planta do maracujá, ganha um enfoque, visto que há uma demanda pela sua ornamentação, seus aspectos medicinais, nutracêuticas, dentre outros. Desse modo os autores recomendam um intercâmbio entre as nações, quanto as unidades de germoplasma e bancos de dados com descrições, detalhamento e documentação com fotografias com as variedades dessa planta, acessado através da internet por meio de senha.

Outro fator tratado, foi a sua conservação, onde foi discutida várias formas de se fazer isso: in situ e on from essas duas maneiras devem ser conservadas em comunidades mantendo as espécies em seus ambientes naturais, nas roças. Já a ex situ acontecerá de forma que as plantas fiquem nas roças e as sementes em câmaras frias em temperaturas de (-20ºC) e a in vitro e criopreservação em nitrogênio líquido a (-190ºC).

Observando essas condições de preservação, nota-se toda uma preocupação, isso, em razão do armazenamento do material genético ser feito na própria planta, no campo, o que aumenta a sua fragilidade, portanto se faz necessário desenvolver uma metodologia para manutenção dos seus genes.

No segundo Capitulo, demandas para as pesquisas relacionadas ao melhoramento genético, contudo, essa parte, remete a Charles Darwin, responsável pela teoria da seleção natural. Diferente do que aconteceu nesses estudos, essa segregação acontece de maneira assistida e controla, observando fatores como a variedade genética, que quanto maior for, mais resistente será, uma vez que o fruto teria maior facilidade para adaptar a diferentes situações. Inclusive a ataques de microrganismos e doenças. Existe essa preocupação, devido a micro-organismo existentes no solo do Brasil que ataca os maracujazeiros conforme os autores mencionaram.

No entanto, o texto do livro, indica os porta-enxertos, o qual seria uma alternativa interessante, além da proteção no solo, traz também benefícios, com uma facilidade de crescimento, produtividade, longevidade e tolerância a seca. Outro ponto discutido foi a aplicação de técnicas biotecnológicas como ferramenta auxiliar, trazendo um melhoramento genético, tornando o processo mais rápido, preciso e eficiente, como, por exemplo, a seletividade dos progenitores, afim de melhores gerações.

Temos, no terceiro capitulo, demandas para pesquisas visando à exploração diversificada, uma abordagem voltada para o consumo, ornamentação e uso medicinal. A obra relata a pouca variedade de espécies conhecidas, e em sua maioria é destinado a alimentos, dentre os quais foram citados o maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa), o mais utilizado e em menor escala o maracujá-doce (Passiflora alata).

Apesar da predominância do uso do fruto na alimentação, também é usado, conhecido e vem despertando atenção, na área da medicina.

Já em outros países fora do Brasil, a ornamentação é bastante comum, isso devido, seu formato exótico e únicos, pela sua diversidade de cores e padrões de desenhos e também o seu aroma suave e marcante, e indica uma ser uma área de oportunidade para passifloras.

Contudo os autores, sugere um sistema de armazenamento e produção de dados de forma segura, visando oportunidades. Esse sistema, teria além de informações, fotografias, sobre seu uso, consumidores, produtores, mercados e grupos de pesquisas, de maneira que atestes as suas aplicações na área alimentícia, medicinal e ornamentações, de forma segura, e com a atenção voltada também para o empreendedorismo.