Uso do pvc na área agrícola
Por: Daniel Rodrigo De Bastiani • 11/10/2017 • Trabalho acadêmico • 3.868 Palavras (16 Páginas) • 390 Visualizações
UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina
Celia M. Pedroso, Daniel Rodrigo De Bastiani, Deivid Kohl, Edivaldo Zancanaro e Letícia Bueno.
O Uso de Tubulações de PVC na Agricultura
Curso: Agronomia, 6ª período
Disciplina: Hidráulica I
Professor: Luiz Gustavo Fernandes Julião
XANXERÊ
OUTUBRO/2017
1. INTRODUÇÃO
O policloreto de vinila (PVC) é o segundo termoplástico mais consumido em todo o mundo possuindo uma demanda mundial de resina superior a 29 milhões de toneladas por ano, sendo a capacidade mundial de produção de resinas de PVC estimada em cerca de 31 milhões.
Desta demanda total, 22% consumidos nos Estados Unidos, 22% nos países da Europa Ocidental e 7% no Japão. O Brasil é responsável pelo consumo de cerca de 2,5% da demanda mundial de resinas de PVC. Estes dados mostram o potencial de crescimento da demanda de resinas de PVC no Brasil, uma vez que o consumo per capita, na faixa de 4,5 kg/habitante por ano, ainda é baixo comparado com outros países.
O PVC pode ser considerado o mais versátil dentre os plásticos, devido à necessidade da resina ser formulada mediante a incorporação de aditivos, o PVC pode ter suas características alteradas dentro de suas propriedades em função da aplicação final, variando desde o rígido ao extremamente flexível, passando por aplicações que vão desde tubos e perfis rígidos para uso na construção civil, agricultura e até brinquedos e laminados flexíveis para acondicionamento de sangue e plasma. Essa grande versatilidade do PVC deve-se em parte também à sua adequação aos mais variados processos de moldagem, podendo o mesmo ser injetado, extrusão, calandrado, espalmado.
Na agricultura, as tubulações de PVC tem grande utilização em vários propósitos dentre eles em sistemas de irrigação, condução de água, drenagens e transportes de dejetos e outros líquidos, nos quais em sua maioria são utilizados tubos para que sejam transportados.
As tubulações em PVC utilizados na agricultura são fabricados a partir de moléculas de dicloreto e etileno por uma reação química, o etileno e o cloro combinam-se formando o dicloreto de etileno, que por sua vez é transformado em um gás denominado cloreto de vinila. O passo final é a polimerização, que converte o monômero num polímero de vinil, que é o próprio PVC.
Possui algumas características que beneficiam a sua utilização em relação aos outros materiais como: facilidade de instalação; resistência; durabilidade; versatilidade; baixo custo e grande eficiência.
2. ORIGEM DO PVC
O plástico PVC, sigla para policloreto de vinila é um dos materiais mais utilizados nos no momento. O cloreto de vinila, matéria-prima base da produção do PVC, é um produto avançado e foi sintetizado pela primeira vez em 1835, no laboratório do cientista alemão, Justus Von Liebig e sua descoberta foi por meio da reação em solução alcoólica do dicloroetileno com hidróxido de potássio.
Os primeiros trabalhos do cientista Victor Regnault em 1839 mencionavam a aparição de um pó branco após exposição ao sol do gás Cloreto de Vinila. Foi constatado que se tratava de policloreto de vinilideno.
Em 1860, o cientista A. W. Hoffman publica suas descobertas de polibrometo de vinila. Em 1872, através de E. Baumann detalhou a mudança do MVC induzida pela luz para um produto sólido branco, que imaginou ser um isômero do monômero. As propriedades dessa substância coincidem com as propriedades dadas pelo PVC e surgem as primeiras utilizações da polimerização do cloreto de vinila na obtenção do PVC.
Em 1912, Fritz Klatte descobriu como produzir em maior escala o PVC através do surgimento da extrusão e da utilização da rota do acetileno. Entretanto, a produção comercial não estava viabilizada, devido à falta de o material possuir estabilidade térmica. O fato levou à paralisação de várias patentes, fazendo com que varias empresas investissem em pesquisas para a produção do PVC.
O PVC teve de esperar até o final da década de 1920 para ser produzido em escala comercial. Na Inglaterra a produção começou em 1940 e no EUA surgiu o primeiro produto comercial em PVC em 1929.
O PVC chega à América do Sul somente na década de 50. A Argentina inicia nessa época a fabricação e a comercialização de produtos feitos em PVC. No Brasil em 1956, com a Eletrocloro inicia a produção de PVC.
Hoje conhecidos como plastificantes, é possível processá-lo e torná-lo altamente flexível, com aspecto indo do borrachoso até mesmo os mais sofisticados como condutos de água de grande calibre e durabilidade. Desse modo, inventou-se o primeiro elastômero termoplástico, de extrema importância para o recobrimento de fios e cabos elétricos durante a crise da borracha que ocorreu ao longo da Segunda Guerra Mundial, com aplicação nesse segmento até os dias de hoje.
O problema da baixa estabilidade ao calor foi superado com o desenvolvimento de uma série de compostos organometálicos e sais baseados principalmente em chumbo, cádmio, bário, zinco, cálcio e estanho, que possuem propriedades de estabilização dos intermediários responsáveis pelas reações de degradação térmica do PVC.
3. MATÉRIAS-PRIMAS E PROCESSOS DE OBTENÇÃO DO MONÔMERO CLORETO DE VINILA
3.1. CLORO
A produção do cloro é feita por meio da eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso, ou seja, na forma de salmoura altamente saturada. Nesse processo, o gás cloro é liberado no anodo da célula eletrolítica, enquanto o hidróxido de sódio e o gás hidrogênio são produzidos no catodo.
A matéria-prima básica desse processo é o sal comum ou cloreto de sódio, cujas reservas mundiais são estimadas em cerca de 37 quatrilhões de toneladas, essas reservas seriam suficientes para mais de 200 milhões de anos de produção. Existem hoje três processos comerciais de eletrólise:
O processo do amálgama
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