Modelagem Gravitação
Por: Alê Rodrigues • 13/5/2015 • Artigo • 1.123 Palavras (5 Páginas) • 303 Visualizações
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA[pic 1]
METODOLOGIA DO ENSINO DE FÍSICA
Nome: Alexandre Rodrigues Barbosa
Marcos Santos
- O Uso da Modelagem e de mapas conceituais no Ensino de Gravitação Universal
O método da modelagem busca desmistificar as fórmulas, que na maioria das vezes são encaradas como inimigas dos alunos. Essa rivalidade criada nos leva até os livros didáticos, onde essas fórmulas são colocadas como uma informação que surgiu de uma mente brilhante e que apenas um gênio seria capaz de deduzi-las. O método da modelagem visa, portanto, a construção dos modelos em parceria com os alunos, fornecendo o subsídio necessário para que o aluno possa ter uma compreensão integral do assunto abordado.
Desse modo é interessante, no contexto escolar, que sejam realizadas atividades que visem o domínio do aluno, de modo a fornecer a ele um modelo explicativo do conteúdo proposto. Para isso é preciso que haja uma evolução gradual dos conceitos; os modelos não podem ser jogados ou desenhados no quadro negro sem que dê tempo dos alunos digerirem todos os conceitos ali colocados.
A modelagem no ensino da Gravitação exerce importante papel, uma vez que os corpos celestes trabalhados em sala de aula estão a quilômetros de distâncias ou a milhões de anos-luz; ou seja, estão distantes dos alunos, estando próximas apenas nas imagens, nos livros e filmes. Nesse contexto, o ensino de Gravitação é desafiador, pois lida com a imaginação e abstração dos alunos.
Através da História da Física somos capazes de propor um ensino em que os modelos da gravitação são construídos de maneira sólida e gradativa. Em muitos livros didáticos do ensino médio, o tema Gravitação Universal tem como primeiro tópico as “Leis de Keppler”, contudo eles não explicam como chegaram àquele modelo; muitos alunos, inclusive, chegam com a ideia de que os planetas giram em órbitas circulares em torno do Sol e não elípticas como propôs o Keppler e isso não é trabalhado em sala de aula.
A utilização da História da Física é, então, uma grande aliada para a aprendizagem significativa dos alunos:
Busca-se, na História da Física, o “como” e o “porquê” um dado tema e seus conceitos pertinentes foram propostos; esse tipo de História da Física mostra o quê é preciso saber para fundamentar um tema e seus conceitos. A ênfase em problemas, no modo como foram colocados e como vieram a ser solucionados é o diferencial que torna a História adequada como organizador prévio potencial. (DIAS, Penha Maria Cardoso; SANTOS, Wilma Machado Soares; SOUZA, Mariana Thomé Marques; A Gravitação Universal (Um texto para o Ensino Médio), Rio de Janeiro, 2004, p. 258)
Nessa perspectiva, trabalharemos com a modelagem através da história, pois ela é ferramenta eficaz para a formação de conceitos prévios, que fornecerão os subsídios necessários para melhor compreensão dos modelos de Gravitação quando estes trabalhados conforme o currículo tradicional. A ideia, portanto, é fazer uma viagem no tempo para mostrar como os estudos sobre Gravitação evoluíram até os dias de hoje; nessa perspectiva, as aulas seguirão uma sequência de seis dias. Para isso, um texto de História é preparado, no qual conceitos subsunçores dos aprendizes dão sequência à formação do conceito correto. Uma aula com base no texto é ministrada podendo ser utilizada alguma ferramenta didática como Datashow, por exemplo, para facilitar a visualização dos modelos estudados.
O material de História da Gravitação que será utilizado foi desenvolvido por Penha Maria Cardoso Dias, Wilma Machado Soares Santos e Mariana Thomé Marques Souza, do Instituto de Física da UFRJ, no artigo cujo título é “A Gravitacão Universal (Um texto para o Ensino Medio)”, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 26, n. 3, p. 257 - 271, em 2004.
O título geral do material a ser utilizado tem tema designado como “Da queda dos corpos à Gravitação Universal” e é dividido segundo algumas personalidades do estudo da Gravitação: Aristóteles, Galileu Galilei, Johann Keppler, Isaac Newton e Christiaan Huygens; restando no final apenas uma parte sobre força centrípeta. A relação abaixo mostra como esses temas serão subdivididos:
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