A Analise do Motor da Hilux
Por: Andreyphilippe3 • 20/10/2022 • Dissertação • 1.259 Palavras (6 Páginas) • 121 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A prática adotada pelo Exército Brasileiro (EB) visa à preservação da vida do combatente em detrimento ao material, em especial em tempos de guerra, justificada pela ideia que a vida é de valor inestimável, enquanto os meios, viaturas, armamentos, podem ser substituídos. Assim, durante os tempos de paz, a vida útil do material é priorizada e, com isso, surge a preocupação da Instituição com os custos, tanto de manutenção, quanto de operação.
Delimitando o universo dessa pesquisa, hoje na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), encontramos alguns modelos de viaturas (VTR) utilizadas pelo Exército, dentre elas as classificadas como não especializadas ¾ t, Agrale Marruá e a Toyota Hilux. São estas os alvos deste estudo, não para qualificá-las, como melhor ou pior, mas sim quantifica-las, nos termos estabelecidos de custo de peças, e colocá-las num universo de utilização idêntica, em um ambiente favorável à pesquisa e que elimine variáveis, como, por exemplo, o uso severo do veículo e os diferentes modos de direção dos diversos motoristas que possam utilizar a viatura. Assim foi possível realizar o comparativo proposto pelo título do projeto e responder a pergunta: qual delas gera menos custo de manutenção à Instituição?
Para este trabalho, foram desconsideradas as diferenças de uso das viaturas dentro da AMAN, onde a viatura Hilux é utilizada apenas pelo comandante da AMAN, comandante do Corpo de Cadetes e o comandante do Batalhão Agulhas Negras (BAN), e a viatura Marruá é utilizada nas diversas atividades orgânicas diárias dos cursos, nos serviços de escala, exercícios no terreno, dentre outras.
Foram analisadas as manutenções preventivas, previstas em manual de cada viatura, como por exemplo, troca de óleo e filtros, e algumas manutenções corretivas mais comuns, como a substituição de disco de freio, verificando os custos para o Exército Brasileiro na aquisição dos materiais verificados.
Segundo o manual de Gerenciamento da Manutenção (2017), a manutenção de 1º Escalão é de dotação orgânica da Organização Militar (OM), sendo executada pelo usuário do Material de Emprego Militar (MEM), e, consequentemente, manutenção preventiva e de menor complexidade, sendo uma das manutenções abordadas por esta pesquisa. A manutenção de 2º Escalão é realizada nos Batalhões Logísticos (B Log) apoiadores das Organizações Militares. Esta, por ser de maior complexidade, envolve manutenções substitutivas e corretivas, e assim também se mostra alvo da pesquisa em questão, como, por exemplo, na substituição de pastilhas de freio.
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Tendo em vista o ciclo de vida dessas viaturas, o tema torna-se importante para a diminuição do orçamento despendido com motomecanizados, a médio e longo prazo.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Levantar e comparar os custos de manutenção das viaturas ¾ t Agrale Marruá e Toyota Hilux utilizadas pelo Exército Brasileiro
1.1.2 Objetivos específicos
Analisar as manutenções preventivas previstas em manual de utilização das viaturas, observando os itens que serão substituídos;
Verificar os valores pagos pela Diretoria de Material do Exército nos materiais catalogados; e
Estabelecer método comparativo, em universo idêntico de utilização de ambas as viaturas, num mesmo espaço de tempo, e determinar o gasto gerado a médio e longo prazo para o Exército Brasileiro, dentro do ciclo de vida dos materiais.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Primeiramente, devemos definir o termo manutenção. De acordo com manual T 5-505, manutenção “é o conjunto de operações destinadas a manter o material em condições de utilização. Compreende inspeção, verificação, teste, reparação e recuperação” (BRASIL, 2000). Este conceito é fundamental para entendermos o que é e para que serve o quesito manutenção, tão importante não somente para o Exército Brasileiro, mas podendo abranger para a sociedade, como um todo.
Dentro deste conceito de manutenção, a categoria que se enquadra no projeto pesquisa é a de manutenção orgânica. Novamente, segundo o manual T 5-505, temos o seguinte conceito de manutenção orgânica:
É a manutenção executada pela OM que possui ou tem sob seus cuidados o material. Compreende operação correta, inspeção, limpeza, assistência, guarda adequada, lubrificação, como também reapertos e substituições de peças que não exijam mão-de-obra muito especializada (BRASIL, 2000, 1-3p).
Como os itens pesquisados são basicamente de substituição ou responsabilidade das OM detentoras, vemos o porquê do conhecimento deste item. Tendo ciência das responsabilidades, precisamos verificar quais níveis de manutenção serão alvo da pesquisa. Assim chegamos a outros itens de elevada relevância para o entendimento dos processos analisados.
Segundo o manual de Gerenciamento da Manutenção do Exército Brasileiro, a manutenção preventiva “é a base do sistema de manutenção da Força Terrestre (F Ter), englobando procedimentos periódicos, normalmente, de pouca complexidade técnica, destinados a reduzir ou evitar a queda no desempenho, degradação ou avaria dos materiais”, (BRASIL, 2017). Ou seja, basicamente, no escopo da pesquisa abordada, temos as manutenções regulares estabelecidas em
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