A Corrosão dos Solos
Por: Izabelle Barbosa dos Santos • 17/3/2023 • Trabalho acadêmico • 1.264 Palavras (6 Páginas) • 83 Visualizações
- RESUMO
- INTRODUÇÃO
Atualmente, em todo o mundo, são utilizados milhares de quilômetros de tubulações de aços enterrados, para transportar gás natural, combustíveis em geral, produtos químicos, e água. E, devido a complexidade e heterogeneidade dos solos, é fundamental avaliar as propriedades típicas de cada região, as quais podem apresentar significância no processo corrosivo do solo, o que exige o constante monitoramento dos materiais envolvidos além da adoção de medidas adequadas para evitar tanto a perda de produtos quanto a ocorrência de desastres ecológicos (MAGALHÃES et al., 2002).
O solo pode ser definido como a camada superficial da crosta terrestre, basicamente constituído por compostos orgânicos e minerais (MORAES et al, 2007). Já a corrosão está relacionada a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação física, química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços mecânicos (GENTIL, 1996).
Diversos fatores podem contribuir para esta corrosividade. Dentre eles pode-se citar o tipo de solo, suas características texturais (composição granulométrica) e estruturais, permeabilidade, teor de umidade, grau de aeração, conteúdo de sais solúveis, acidez, presença de microorganismos, entre outros. Este tipo de corrosão, quando comparado a outros tipos, é um assunto menos investigado dado a sua complexidade. (NÓBREGA & CHANG, 2003).
O conhecimento dos processos corrosivos no solo é de extrema importância para o estudo adequado e perfeita aplicação de técnicas de combate à corrosão, tais como a aplicação de revestimentos protetores e a sua proteção catódica (YANG, 2008). O estudo do solo como meio corrosivo é considerado como sendo de grande importância, em função do elevado número de tubulações e reservatórios instalados sob o solo, além da preocupação com o meio ambiente, que torna de vital importância o estudo para melhor compreensão da atuação do solo como veículo para os agentes corrosivos e consequentemente da definição dos tipos mais adequados de proteção das estruturas enterradas, evitando que ocorram vazamentos e, posteriormente, contaminação do solo. (CASTRO, 2013).
- OBJETIVOS
- Objetivo Geral
Realizar um estudo sobre a influência da composição físico-química do solo no processo corrosivo de tubulações na região do Alto Paraopeba.
3.2 Objetivos Específicos
A fim de alcançar o objetivo proposto, o trabalho é dividido em várias etapas:
- Estudar o processo de corrosão e sua relação com as tubulações enterradas.
- Definir os ensaios físico-químicos a serem utilizados.
- Comparar os resultados obtidos com os dados bibliográficos e determinar se o solo da região tem comportamento corrosivo.
- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O solo se apresenta como sendo uma coleção de estruturas do meio natural, proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica.Geralmente, o solo aparece com características marcantes para a terra, fortalecendo fatores fundamentais, tais como: o meio ambiente, meio social e o setor econômico, essenciais a vida, normalmente sendo observado como a região interfásica entre a crosta terrestre, a atmosfera e a água (EMBRAPA, 1997).
A corrosão pode ser definida como a deterioração ou mesmo a destruição de um material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços mecânicos (GENTIL, 2007). A deterioração, causada por interações físico-químicas entre o material e o meio ao qual este se encontra exposto, pode levar a alterações prejudiciais ao seu desempenho, tornando-o inadequado para o uso, o que pode resultar em danos ao meio ambiente, por exemplo, em episódios de contaminação ocasionada pelo vazamento de substâncias de reservatórios que em sua manutenção preventiva não levou em conta as características corrosivas do solo (MACHADO, 2019).
As características do solo influenciam a corrosão de diversas maneiras, sendo assim, cada solo de acordo com suas particularidades, irá promover esse fenômeno físico químico com determinada intensidade. Sabe-se que traços como porosidade abundante e resistividade elevada propiciam baixa corrosão. Já quando existe alta humidade associada a baixa resistividade ou pH’s ácidos menores que cinco é favorecido processos de corrosão severa. Outro fator que deve ser analisado é se o solo apresenta condições de ausência de oxigênio ligada a pH’s na faixa de 6,5 e 7,5, pois essas são favoráveis à proliferação de bactérias redutoras de sulfato (BRS) que são microrganismos que favorecem a biocorrosão (SILVA et al., 2010).
O modelo de transporte – o dutoviário – vem se revelando como uma das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de óleo, gás natural e derivados, especialmente quando comparados com os modais rodoviário e ferroviário. Dutos enterrados passam por uma variedade de solos, texturas, profundidades, e em alguns casos, os íons agregam a corrosividade do solo. Assim, o tempo de vida da tubulação depende da espessura do metal, área exposta e técnicas de manutenção/reparo empregadas (OGUZIE et al., 2004).
Dessa forma, em função do elevado número de tubulações e reservatórios enterrados, o estudo do solo como agente corrosivo é de grande importância, visto que sua capacidade de deterioração pode representar um problema econômico e ambiental, com o passar dos anos (MACHADO, 2019).
Diversos fatores podem contribuir para esta corrosividade. Dentre eles pode-se citar o tipo de solo, suas características texturais (composição granulométrica) e estruturais, permeabilidade, teor de umidade, grau de aeração, conteúdo de sais solúveis, acidez, presença de microorganismos, entre outros (NÓBREGA & CHANG, 2003).
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