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A DETERMINAÇÃO DE LIMITES DE ATTERBERG EM SOLOS NO ESTADO DO AMAZONAS

Por:   •  5/5/2019  •  Artigo  •  1.099 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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DETERMINAÇÃO DE LIMITES DE ATTERBERG EM SOLOS NO ESTADO DO AMAZONAS

FONTES, Andreza de Souza1; OLIVEIRA, Mateus Ferreira (Colaborador)2; LOPES, Messias de Oliveira (Colaborador)3; COSTA, Stefanny di Samuel (Colaborador)2; SANTANA, Sabrina da Silva (Colaborador) 2

1Universidade do Estado do Amazonas, Graduada em Engenharia Civil, Manaus/AM, Brasil; 2Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), Manaus/AM, Brasil; 3Universidade Federal do Amazonas, Técnico de Laboratório/Edificações, Manaus/AM, Brasil. 

andrezaafontes@gmail.com

RESUMO: Neste trabalho desenvolveu-se um estudo sobre a determinação dos limites de consistência em cinco tipos de solo do estado do Amazonas, um com textura argilosa, proveniente do setor norte do Campus Manaus da UFAM, um com textura argilo-arenosa proveniente do município de Rio Preto da Eva, um com textura argilosa proveniente do município de Iranduba e dois provenientes da Escola Superior de Tecnologia da UEA, sendo o primeiro localizado na camada superficial e o segundo localizado em um talude distante 3,0 m do ponto de coleta da crista. Para esta determinação analisou-se o limite de plasticidade e o limite de liquidez de todos os solos.  De acordo com os resultados verificou-se que os solos da UFAM, UEA 1 e Iranduba apresentaram alta plasticidade, dando indícios de solos com alto teor de finos. Com relação ao solo RPEV este apresentou como material predominante areia fina, sendo não plástico. Por fim, com relação ao solo UEA 2 verificou-se que este apresentou índice de plasticidade mediano. Concluiu-se que todos os solos possuem características ideais para serem aplicados como subleito em construções rodoviárias.

Palavras-chave: Solos. Limites de Atterberg. Limite de Liquidez. Limite de Plasticidade.

1. INTRODUÇÃO

Identificar e classificar os solos possibilita ao engenheiro civil a oportunidade de conceber projetos geotécnicos confiáveis e de soluções técnicas viáveis. Em estudos geotécnicos, a correlação entre o limite de liquidez (LL) e o limite de plasticidade (LP) tem importante aplicação em avaliações de solo para uso em fundações, estradas e estruturas para armazenamento e retenção de água (Mbagwu & Abeh, 1998).

A consistência do solo é uma das características que determina o comportamento do solo ante determinadas tensões e deformações, e define os estados possíveis que o mesmo possa apresentar em função da umidade. A mudança de um estado para outro é marcado pelos limites de consistência, conhecidos como LL e LP (Carvalho, 2004), empiricamente estabelecidos por Albert Mauritz Atterberg. Sendo a transição de um estado para outro um evento que ocorre de forma gradual, e não repentina (Bueno; Vilar, 1980).

Quanto à classificação dos solos do estado do Amazonas existem poucos trabalhos publicados ou de difícil acesso às informações geotécnicas existentes, mas sabe-se, de modo geral, que o município de Manaus está inserido na bacia sedimentar do Amazonas, composta por rochas de dureza menor, se comparadas à dureza do granito (SANTOS et. al., 2006), e que essa formação geológica apresenta um solo com características argilosas em superfície.

Assim, o presente trabalho delimitou-se em estudar cinco solos distintos coletados nos municípios de Manaus, Iranduba (IDBA) e Rio Preto da Eva (RPEV), com o objetivo de fazer um estudo comparativo de seus limites de consistência, em laboratório.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A princípio, coletou-se material natural na Universidade do Estado do Amazonas (UEA/EST): (i) solo 1, localizado na camada superficial, a 1,50 m de profundidade; e (ii) solo 2, coletado de um talude distante 3,0 m do ponto de coleta a crista. No município de Rio Preto da Eva (RPEV), coletou-se a amostra de solo deformada de um talude situado na entrada da cidade. No município de Iranduba o material foi coletado em um talude localizado na margem esquerda da rodovia AM-070 e, por fim, coletou-se uma amostra de solo no setor norte do Campus Manaus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Seguindo as recomendações da NBR 6457/2016, os solos coletados foram expostos ao ar livre no Laboratório de Mecânica dos Solos da UFAM e UEA, a fim de atingir a umidade higroscópica, a uma temperatura abaixo de 60° C. Após a secagem, as amostras foram destorroadas de forma manual e peneirada, no qual utilizou-se o material passante nas peneiras de acordo com cada ensaio proposto.

Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Materiais da UEA, sendo realizados os ensaios para determinação dos Limites de Liquidez e de Plasticidade, de acordo com a NBR 6459/2016 e a NBR 7180/2016, respectivamente.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 apresentam-se os resultados obtidos para os Limites de Atterberg, e, através dos resultados do LL e LP obtém-se o Índice de Plasticidade (IP) do material, de acordo com a Equação IP = LL- LP.

Tabela 1: Resultados dos Limites de Consistência e Índices de Plasticidade já calculados

Solo

LL (%)

LP (%)

IP (%)

UFAM

68

39

29

UEA 1

61

35

26

UEA 2

21

13

8

IRANDUBA

69

36

33

RPEV

17

NP

-

De acordo com as classificações do sistema proposto por Jenkins (CAPUTO, 1987), os solos são classificados em: fracamente plásticos (1 < IP < 7), medianamente plásticos (7 < IP < 15) e altamente plásticos (IP > 15), sendo assim, os solos UFAM, UEA 1 e Iranduba apresentam alta plasticidade, enquanto que UEA 2 mostra-se medianamente plástico e RPEV não possui plasticidade.

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