A Deterioração Prematura das Edificações

A deterioração prematura das edificações e redução de desempenho devido basicamente a fatores como: problemas de projeto, falta de manutenção e baixa qualidade de materiais empregados tem levado a comunidade de engenharia a debater e discutir a necessidade de se fazer projetos com maior qualidade e consequentemente maior desempenho e durabilidade. Tal necessidade se dá em virtude do alto custo que vem gerando na manutenção e reparação de obras já existente, outro fator até mais impactante do ponto de vista ético e social e que além de causar grandes prejuízos financeiros, basicamente toda vez que a o colapso de uma estrutura na engenharia civil a também perda de vidas humanas, caso mais recente além dos já citados no artigo temos a Explosão no Condômino Fazenda Botafogo no Rio de Janeiro em abril de 2016 com cinco vítimas fatais. Diante de todos estes fatores e buscando melhorar a qualidade das construções habitacional foi lançado a norma NBR 15575: 2013.

Quando ao conceito de desempenho este deverá ser considerado verificando o comportamento da edificação no seu uso, o desempenho varia de um indivíduo para outro, dependendo das exigências e necessidades do usuário. De qualquer forma a exigência mínima aceitável nos critérios de desempenho são; conforto térmico, higiene, segurança. Devemos considerar também que o ambiente da edificação e fator determinante para o desempenho, umidade, temperatura, solo entre outros exigira fatores maiores ou menores de desempenho dependendo da situação. Para o adequado desempenho de uma edificação e para que se possa ter paramento de avaliação, deverá ser estabelecido requisitos qualitativos e quantitativos os quais deverá ser o balizador de cumprimento. Para obter desempenho em uma edificação devera sem implantando os requisitos de qualidade como; segurança, resistência, conforto boa estica dentre outros, com critérios de desempenho estabelecidos especificamente pelas normas técnicas prescritivas de cada área.  Estes critérios serão avaliados por realização de testes específicos com critérios já estabelecidos na norma de qualidade NBR 15575-1, 2013.

A durabilidade de uma edificação e diretamente vinculada a sua vida útil, a questão está ligada a características dos materiais, as condições de exposição e utilização. A vida útil de uma edificação deve assegurar dentro de limites de utilização de seu ciclo de vida a não necessidade de reparos ou manutenções que não estão previstas.  As manutenções previstas são aquelas informada pelo fabricante/construtora de que deverão ser feitas regularmente em ações de manutenção periódicas para garantia da vida útil da edificação. O desempenho que se exige de uma edificação para que tenha uma vida útil com qualidade e necessário que toda a cadeia envolvida no projeto, passando por fornecedores, construtores e usuários desenvolva seus trabalhos com responsabilidade.  Quando se define a vida útil de um projeto o custo total do mesmo tende a diminuir, porem na fase inicial o um custo maior, com isto as construtoras podem optar pelo emprego de materiais e alternativas que pode comprometer a vida útil de uma edificação.  

O artigo "Desempenho, durabilidade e vida útil das edificações: abordagem geral", mostra que a qualidade das obras precisa melhor com urgência, principalmente quando consideramos não só os acidentes em edifícios residências, já citados no texto acima, tivemos recentemente o acidente do viaduto em Belo horizonte, a ciclovia no Rio de Janeiro, rompimento das barragens em Mariana MG dentre outros todos com enormes custos financeiros e perdas humanas. Fica comprovado que o projeto, execução, qualidade de materiais, manutenções periódicas programadas são fundamentais para garantir a qualidade, durabilidade e vida útil de um projeto.