A ENERGIA RENOVÁVEL, QUAL A MELHOR?

ENERGIA RENOVÁVEL, QUAL A MELHOR?

LOPES, Christopher Gomes¹

Graduando em Engenharia Civil – IFPA / Santarém

SILVA, João Victor Lemos²

Graduando em Engenharia Civil – IFPA / Santarém

RESUMO

Este trabalho apresenta um questionamento sobre as energias renováveis, trazendo em questão duas propostas para debate sendo estas: As Hidrelétricas e o Biogás. Analisando – os com base em pesquisas bibliográficas seus prós e contras, levantando a questão, é uma energia totalmente limpa? Sustentável? Destarte apresentando em seus critérios (custo e benefício), qual é a melhor.

Palavras-chave: Energia Renovável, Hidrelétricas, Biogás.

ABSTRACT

This paper presents a question about renewable energies, bringing into question two proposals for debate: Hydroelectric and Biogas. Analyzing them based on bibliographic researches its pros and cons, raising the question, is a totally clean energy? Sustainable? In this way, presenting in your criteria (cost and benefit), which is the best.

Keywords: Renewable Energy, Hydroelectric, Biogas.

 

1. Introdução –

A energia é um assunto bem relatado pela humanidade ao longo dos séculos, sendo umas das principais descobertas do ser humano, a qual fornece conforto, proporcionando assim uma vida melhor e mais prática, buscando hodiernamente meios melhores e baratos de fornecê-la. Desta forma, o homem chegou a dois tipos de energias as renováveis e as não renováveis, porém devido a muitos acordos entre os países decidiu optar pelas renováveis a fim de que as novas gerações tenham a mesma possibilidade de aproveitar do meio ambiente tanto quanto a atual faz uso.

Neste sentido, este trabalho tem como perspectiva gerenciar um debate em relação às energias renováveis, mais especificamente sobre as Hidrelétricas e o Biogás, duas fontes equiparáveis, sendo que uma utiliza a força da água para gerar energia e a outra de aterros sanitários, suinocultura, bovinocultura, material orgânico entre outros materiais considerados dejetos. Abordando assim, seus prós, contras e levantando os seguintes questionamentos: Quais problemas cada uma traz consigo? São totalmente limpas e sustentáveis? Qual tem melhor custo-benefício e seria mais indicada para a produção de energia?

Desta maneira, olhando nosso país em questão para falar sobre esse tema, podemos afirmar que o Brasil apresenta grande diferencial diante aos outros países do globo terrestre, visto que apresenta uma imensa diversidade, podendo fazer jus dos dois meios citados como fontes de energias alternativas a meios mais degradantes como termelétricas, queimas de combustíveis, entre outros. Assim, nos dando a possibilidade de ver mais próximo de nós os resultados das duas fontes renováveis, tanto positivos quanto negativos, proporcionando destarte, uma análise crítica para alcançar o objetivo de dizer qual a melhor fonte de energia para ser utilizada na sociedade atual, a fim de trazer benefícios às gerações futuras.

2. Desenvolvimento –

Hoje, segundo dados do Ministério de Minas e Energia, no Brasil, cerca de 45% da sua matriz energética é renovável, considerando as grandes hidrelétricas, o que deixa o País, em que a média mundial é de 14%, e nos países desenvolvidos não passa de 6%. Porém, quando se trata de energias alternativas, como a biomassa gerada a partir de matérias orgânicas, este percentual cai para 3,1%. O contrassenso é que o Brasil tem grande potencial para elevar esse percentual e investir mais em energias alternativas, pois possui características bastante favoráveis, como a extensão territorial, a mão-de-obra e o desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram tanto complementar o abastecimento das tradicionais redes elétricas como produzir combustíveis (MATRIZ..., 2006). Já a matriz elétrica brasileira é ainda mais renovável, pois cerca de 75% da eletricidade e proveniente das hidrelétricas, além de outras fontes renováveis que estão sendo aprimoradas, para futuramente ter maior participação na produção brasileira.  

No brasil a matriz hídrica constitui grande parcela da produção elétrica renovável, sendo considerada a principal matriz do Brasil, devido a vasta quantidade de rios que se estendem por todas as regiões do país, a mesma é baseada na energia cinética provocada pela correnteza d’água passando pelas turbinas das hidrelétricas, as quais por meio de um gerador convertem de cinética para uma corrente elétrica, assim distribuindo para as indústrias, comerciais, residências e entre outros. De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), atualmente o brasil possui cerca de 1338 hidrelétricas atuantes (somando as Centrais Geradoras Hidrelétricas, Pequenas Centrais Hidrelétricas e Usinas Hidrelétricas), totalizando 64,13% do potencial de geração elétrica, tanto para seu próprio benefício quanto para exportar para outros países circunvizinhos.

No entanto, a instalação de uma hidrelétrica traz consigo problemas complexos, por se tratar de uma obra de grande amplitude e por conta disso necessitando de uma grande área de implantação. Para formar a represa, principal componente de uma hidrelétrica, é preciso desviar o curso do rio e que por  consequência acaba afetando a biodiversidade local, proporcionando uma extinção em massa tanto de espécimes de animais, quanto de árvores que existem somente naquela região e que ao serem  submersas começam a apodrecer, gerando assim o metano (um gás poluente que contribui para o efeito estufa, impede a reprodução de alguns peixes e permite a proliferação de algas, causando desequilíbrio aquático) e a privação de terras férteis localizadas nas proximidades dos reservatórios. Além do mais, ocasiona problemas de cunho social, pois alaga grande parte da área ao seu redor e assim obrigando as populações ribeirinhas e indígenas a deixarem seu local de vivência, trazendo grandes dificuldades em sua maioria para esses povos, devido muitos fazerem do rio meio de vida ou por se encontrarem na região de alagamento e terem de ser realocados para uma nova área sem saber se terão trabalho e condições boas para viver.

Outros fatores que futuramente poderão vir a afetar as cidades que ficam próximas aos reservatórios, após o término da construção da hidrelétrica, são o possível rompimento da barragem e se eventualmente, devido a uma grande quantidade de chuvas, as comportas do reservatório precisem serem abertas, causando assim a inundação das localidades ao seu redor e ao longo do rio.

Nos últimos anos com o avanço tecnológico na produção do biogás, fonte de energia renovável, levou-o a ganhar destaque e podendo ser comparável com a capacidade geradora das grandes hidrelétricas. O biogás é uma das fontes de energia que mais cresceram no brasil, representando 0,1053% da matriz elétrica segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), sua fabricação consiste na digestão anaeróbica (ausência de oxigênio) de matéria orgânica pela ação de bactérias, possuindo quatro etapas (hidrólise, fermentação, oxidação anaeróbica e formação de metano) feitas dentro de um biorreator e tendo em sua composição final 60% de gás metano, 35% de dióxido de carbono e 5% de outros compostos. No total são 29 usinas atuantes, 15 usinas operam em aterros sanitários a partir de resíduos sólidos provenientes de centros urbanos, 11 usinas operam com resíduos animais e 3 usinas a partir de fontes agroindustriais.